Além do Principio de Prazer -Freud Resumo
Por: Karol_jesus01 • 5/9/2019 • Trabalho acadêmico • 783 Palavras (4 Páginas) • 299 Visualizações
No artigo Além do Princípio do Prazer, escrito por Freud, mostra que o aparelho psíquico é regido pelo princípio de prazer, tentando sempre evitar o desprazer,
“ Diminuição da tensão, evitando desprazer e produzindo prazer” (Pág 135)
Freud faz referências aos princípios de prazer e de constância, que tem a função de manter em baixa a quantidade de excitação de energia, toda via tudo aquilo que é demandado ou propício ao aumento de energia se torna disfuncional sendo reconheci do como de prazer. Esta descrição apresentada toma a designação de metapsicologia.
A partir de relatos e observações das neuroses de guerra (neuroses traumáticas), aos sonhos que na verdade são repetições do trauma da guerra, Freud se questiona sobre o papel exercido pelo princípio de prazer nessas situações. Freud se questiona sobre o que faz com que o sujeito repita o que te causou desprazer, fugindo do princípio do prazer. E essa questão foi o que determinou esta obra de Freud, de que mesmo que o aparelho psíquico esteja sobre a influência do princípio de prazer, existem situações para além dele, e estes são mais originais e independentes. Neste ponto mostra o conceito da compulsão a repetição do desprazer mostrado pelas neuroses de guerra,
“Na medida em que os impulsos conscientes sempre se acham em relação com o prazer ou desprazer, pode -se também pensar o prazer ou desprazer em relação psicofísica com situações de estabilidade e instabilidade [...] ”
Ao observar a brincadeira de um garotinho, com um carretel, onde a criança lançava o brinquedo para longe de si fazendo-o desaparecer e depois o puxava trazendo-o para si, ao jogar entoava um sonoro o-o-o-o-o , que tinha o significado de “fort” [“foi embora”] e a o retorno do brinquedo saudava-o com alegria com um “da” [“está aqui ”], “FORTDA” Freud confirma sua opinião sobre aquela criança, em estar encenando sua renúncia pulsional pela ausência da mãe através do objeto, o que lhe permitia uma precondição para que o retorno dela fosse agradável, com isso a criança assumia um papel ativo atribuindo a si uma pulsão de apoderamento.
“O lançamento do objeto, de modo que desapareça, poderia constituir a satisfação de uma pulsão, suprimido na vida, de vingar-se da mãe por ter desaparecido para ele, [...]”
Ao que se refere às neuroses traumática, onde os sonhos dos pacientes os remetem a reviver as cenas do trauma, Freud se questiona quanto sua teoria sabendo se que o sonho neste caso não desempenha sua função que seria estar a serviço da realização do desejo. Neste caso se encontram a favor de outra tarefa, lidando com a retrospecção de estímulos que servirão ao desenvolvimento da angústia.
[.. .] Torna-se claro que a compulsão de repetir na transferência episódios da sua infância desconsidera de todo modo o princípio do prazer. ”
Com estes questionamentos surge a relação entre o caráter compulsivo e a compulsão à repetição, que ampliou o conceito de pulsão. “Uma pulsão seria um impulso presente em todo o organismo vivo, tendente à restauração de um estado anterior, que esse ser vivo teve que abandonar por influência de perturbadoras forças externas, uma espécie de elasticidade orgânica ou, se quiserem, a expressão de inércia da vida orgânica. ”
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