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Alzheimer

Por:   •  22/3/2016  •  Dissertação  •  955 Palavras (4 Páginas)  •  288 Visualizações

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DESCRIÇÃO CLÍNICA

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença cerebral degenerativa, caracterizada por perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas, que prejudicam o paciente em suas atividades de vida diária e em seu desempenho social e ocupacional. A DA pode ser divida em três fases – leve, moderada e grave – de acordo com o nível de comprometimento cognitivo e o grau de dependência do indivíduo. Na fase leve da doença, o paciente mostra queda significativa no desempenho de tarefas instrumentais da vida diária, mas ainda é capaz de executar as atividades básicas do dia a dia, mantendo-se independente.

Na fase moderada, o comprometimento intelectual é maior e o paciente passa a necessitar de assistência para realizar tanto as atividades instrumentais como as atividades básicas do dia a dia. Na fase grave da DA, o paciente geralmente fica acamado, necessitando de assistência integral. Nessa fase, o paciente pode apresentar dificuldades de deglutição, sinais neurológicos (p.ex: mioclonias e crises convulsivas), incontinência urinária e fecal.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Ainda não existe tratamento estabelecido que possa curar ou reverter a deterioração causada pela DA. As opções disponíveis visam aliviar os déficits cognitivos e as alterações de comportamento, através do uso de medicamentos, e melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família, com uma abordagem multidisciplinar. Com relação à farmacoterapia, o tratamento da DA recebeu grande impulso nos últimos anos, depois da introdução dos medicamentos anti-colinesterásicos. Apesar dessa abordagem ser considerada apenas ‘sintomática’ e das limitações de eficácia e tolerabilidade do primeiro medicamento (tacrina) aprovado nos EUA, em 1993, para uso no tratamento da DA, sua utilização tem se mostrado benéfica para uma parcela destes pacientes.

A segunda geração de anti-colinesterásicos, utilizada recentemente (donepezil, rivastigmina, epstatigmina, e galantamina), apresenta algumas vantagens em relação à tacrina, tais como, meia-vida mais prolongada, inibição relativamente seletiva da acetilcolinesterase e menos efeitos colaterais. Entre os fármacos disponíveis no Brasil, a Rivastigmina é um inibidor pseudo-irreversível seletivo da aceticolinesterase, que não é metabolisado pelo sistema microssomal hepático. Os resultados preliminares de 4 estudos multicêntricos (Fase III), envolvendo cerca de 3000 pacientes em 10 países, tratados por 6 meses, indicaram que as doses de 6 a 12 mg/dia estavam associadas a melhora na cognição e nas atividades da vida diária. De maneira similar aos outros anti-colinesterásicos, cerca de 65% dos pacientes conseguiram completar os ensaios (contra 85% dos pacientes tomando placebo), estando doses mais elevadas associadas a maior eficácia porém a efeitos colaterais colinérgicos2,3.

O tratamento multidisciplinar objetiva complementar o tratamento farmacológico na DA. A literatura descreve grande variedade de métodos de intervenção para melhorar ou manter o desempenho cognitivo na DA. Entre as principais técnicas que envolvem trabalho multidisciplinar destacam-se: treinamento cognitivo, técnica para melhor estruturação do ambiente, orientação nutricional, programas de exercícios físicos, orientação e suporte psicológico aos familiares e cuidadores.

RELATO DE PACIENTE PORTADOR DE ALZHEIMER

H.B. do sexo feminino, 85 anos possui três filhas, onde uma delas é sua cuidadora. A entrevista foi feita com a filha cuidadora N.B. devido a doente ter um declínio severo da memória.

Natural da cidade de Santa Rosa residiu à maior parte da vida em São Paulo. Após o diagnóstico de Alzheimer e a aposentadoria da filha cuidadora; a paciente, a filha e o esposo mudaram-se para a cidade de Três de Maio, buscando um estilo de vida mais tranqüilo. Pouco tempo depois do restabelecimento na cidade de Três de Maio, o marido de H.B. pediu o divórcio.

O DIAGNÓSTICO

Aos 75 anos após um episódio em que H.B. estava com fortes dificuldades de locomoção, foi feita consulta com cardiologista (consulta de rotina) e posterior encaminhamento para neurologista. Então, houve o diagnóstico de demência.

A família de início não quis aceitar, foi um choque, mas após a explicação médica, os dados foram integrados, e o tempo trouxe indícios da demência. H.B. estava apresentando comportamentos diferentes dos habituais, dificuldade de realizar tarefas rotineiras, como cozinhar, atividade que gostava tanto, estava com dificuldades de encontrar palavras para se comunicar.

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