Analise Do Filme O Labirinto Do Fauno
Casos: Analise Do Filme O Labirinto Do Fauno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jessipsi • 8/10/2013 • 1.600 Palavras (7 Páginas) • 1.068 Visualizações
1. Identifique nas cenas do filme “O Labirinto do Fauno”: persona, complexos, sombra, arquétipos, anima, animus... (2,0)
Ofélia se encontra no circo arquetípico paternal
A cena onde Ofélia está a caminho com sua mãe para encontrar com o capitão, e ela desce do carro e encontra um louva deus, que ao decorrer do filme se transforma em uma fada. Eles podem ser identificados como os Psicopompos, pois são eles que vão fazer o intermédio de Ofélia com seu inconsciente. São eles que a levarão ao labirinto.
O labirinto representa o inconsciente pessoal de Ofélia, pois a estrutura física do labirinto é real, mas tudo o que ela vivenciou lá não, tanto que quando o Capitão ao final do filme a segue até o centro do labirinto quando ela está conversando com o fauno, ele só a vê, mostrando que o Fauno na verdade era fruto da imaginação da menina.
Fauno no filme representa o arquétipo do inconsciente coletivo. Quando Ofélia o encontra dentro do labirinto ela pergunta que ele é, e ele reponde “eu, eu sou o que existo em todos os tempos”.
No momento em que Ofélia chega ao centro do labirinto podemos identificar que ali representa o arquétipo central o Self.
A personagem Mercedes pode ser identificada como uma mãe simbólica, e representa muito bem o animus, pois foi um referencial no filme.
Ela vivenciou a saga da heróina, pois conseguiu passar todas as fases e chegar à transformação, ao ápice, ou seja, ao rubedo.
O senhor que aparece no final pode ser um arquétipo de Zeus
Também foi possível identificar o deus Cromo (deus do tempo), na cena em que Ofélia entra pela porta para cumprir mais uma etapa do desafio e encontra o deus cromo.
No momento que Ofélia morre e seu sangue é derramado no meio do labirinto ela chega ao rubedo, ou seja, conseguiu passar por todas as fazer e chegou ao fim da transformação.
2. Descreva as cenas do filme, identificando as estruturas de personalidade, referenciando autores. (3,0)
Segundo Dutra e Santana (2010 p. 13) “Psicopompo é uma palavra de origem grega que surge na junção de psyché (alma) e pompós (guia) e que indica que alguém ou algo possuía a função, de guiar, conduzir a percepção de uma pessoa a algo relevante”. Assim, na cena onde Ofélia está a caminho com sua mãe para encontrar com o capitão, e ela desce do carro e encontra um louva deus, que ao decorrer do filme se transforma em uma fada. Eles podem ser identificados como os Psicopompos, pois são eles que vão fazer o intermédio de Ofélia com seu inconsciente. São eles que a levarão ao labirinto, a guiarão nessa aventura rumo ao seu inconsciente.
O labirinto representa o inconsciente pessoal de Ofélia, pois a estrutura física do labirinto é real, mas tudo o que ela vivenciou lá não, tanto que quando o Capitão ao final do filme a segue até o centro do labirinto quando ela está conversando com o fauno, ele só a vê, mostrando que o Fauno na verdade era fruto da imaginação da menina. Isso porque o inconsciente expressa-se por meio de símbolos, dos quais nosso mundo interior está repleto, e que se manifestam sob a forma de imagens, tendo a função de integrar conteúdos conscientes, vividos, com conteúdos inconscientes (HORCHUTZ,2010). Ofélia utilizou-se dos conhecimentos que adquiriu lendo seus livros de contos de fadas, para criar em seu inconsciente um mundo que a auxiliou a conseguir viver no meio do mundo real, cheio de repressão, violência e medo.
O Fauno no filme representa o arquétipo do inconsciente coletivo. Quando Ofélia o encontra dentro do labirinto ela pergunta que ele é, e ele reponde “eu, eu sou o que existo em todos os tempos”, ou seja, é como se ele fosse universal e atemporal.
Jung afirma:
Eu optei pelo termo "co-letivo" pelo fato de o inconsciente não ser de natureza individual, mas universal; isto é, contrariamente à psique pessoal ele possui conteúdos e modos de comportamento, os quais são 'cum grano salis' os mesmos em toda parte e em todos os indivíduos. Em outras palavras, são idênticos em todos os seres humanos, constituindo, portanto um substrato psíquico comum de natureza psíquica suprapessoal que existe em cada indivíduo (JUNG, 1954 p. 15).
Dentro do inconsciente coletivo existem vários arquétipos, dentre eles está o arquétipo central da psique humana o Si-mesmo. É o principio ordenador e unificador da totalidade da psique consciente e inconsciente, atrai para si e harmoniza os demais arquétipos e suas atuações nos complexos e na consciência (LEVY, 2013). No filme, uma cena que representa esse Self é no momento em que Ofélia chega ao centro do labirinto e aqui podemos identificar que esse centro representa o arquétipo central da menina.
A personagem Mercedes pode ser identificada como uma mãe simbólica, e representa muito bem o animus, pois foi um referencial no filme, além de ser uma cuidadora dos afazeres domésticos, ainda era revolucionaria e espiã.
Toda a trama envolvendo Ofélia, nos faz lembrar outro conceito desenvolvido por Jung, que é a Saga da Heróina. Segundo Jung “a mais fina expressão da capacidade de criação de símbolos do inconsciente coletivo é a figura do herói, os mitos do herói são comuns em muitas cultas culturas e tendem a partilhar as mesmas características (MONTE E SOLLOD, 2006 p. 87). A menina passou por diversas adversidades, sempre tendo que lutar para vencer obstáculos e chegar a transformação, ao ápice, ou seja, ao rubedo. E isso fica bem claro no momento de sua morte, em que seu sangue é derramado no meio do labirinto, aqui ela chega ao rubedo, ou seja, conseguiu passar por todas as fazer e chegou ao fim da transformação.
3. Estabeleça o pareamento entre as cenas do filme, as estruturas de personalidade e faça uma análise, referenciando autores, em relação à Ofélia, como se esta estivesse em processo de análise. (4,0)
Ofélia é uma menina órfã, seu pai era alfaiate e morreu
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