Analise do Filme Um golpe do Destino
Por: luendalinda • 7/3/2016 • Dissertação • 1.432 Palavras (6 Páginas) • 608 Visualizações
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
FACULDADE DE PSICOLOGIA – FAPSI
Aluna: Luenda Lira de Freitas
Desenvolvimento – Erik Erickson
1 - Confiança x Desconfiança
Esta fase é designada como sensório-oral, que acontece aproximadamente até um ano de idade. Onde a acriança é completamente dependente dos cuidadores, e depende deles para que haja conforto, satisfaçam suas necessidades dentro de um espaço e tempo “aceitável”. Assim se estabelece a primeira relação social do bebê. E o bebê terá o apoio da mãe, perceberá que há esperanças dela voltar quando “some” e desenvolve a confiança, caso isso não se elabore, surge a desconfiança da criança, como se o mundo não respondesse e que ela não pode confiar nas pessoas. A partir daí, já podemos perceber alguns traços da personalidade se formando. Entretanto, é importante que a criança conviva com pequenas frustrações, pois é daí que ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis de serem realizadas, dando a noção do que Erikson chamou de ordem cósmica, ou seja, as regras que regem o mundo. Nesta fase também o bebê tem a ideia de sua mãe como um ser supremo. Nesta mesma época, começam as identificações com a mãe, que é por enquanto, a única referência social que a criança tem. Se esta identificação for positiva, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela mãe). Se a identificação for negativa, o bebê acha que nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim. Inicialmente, a criança vai se tornar agressiva e desconfiada.
2 - Autonomia x Vergonha e Dúvida
A criança tem alguns movimentos musculares, entre eles o muscular anal, por isso controla suas necessidades fisiológicas, o que leva ela à conquista da autonomia. Entre 1 a 3 anos, a criança começa a compreender que não pode fazer tudo de sua vontade, pois tem que respeitar certas regras sociais e incorporá-las ao seu ser. Isto implica esperar dela, que saiba aos poucos suas obrigações e limitações. A criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e corre o risco dos pais envergonha-la diante as situações, e gera vergonha e duvida quanto a capacidade da criança em ser autônoma, provocando um “atraso”, e fazendo a criança regredir para fase de dependência. Enquanto a autonomia, se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua autoestima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida de suas capacidades. Se a criança é amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades. Vemos portanto que os pais tem que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxilia-la nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
3 - Iniciativa x Culpa
Nesta fase, as crianças obtém a “responsabilidade”. Pois está mais organizada tanto a nível físico como mental. Aos 4 a 5 anos, é também onde a criança passa a perceber diferenças nos sexos feminino e masculino e entendendo o mundo que o cerca. Se esta curiosidade for reprimida poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas circunstâncias. Querem também que os adultos lhes dêem responsabilidades, como arrumar a casa, lavar louças, etc. É muito importante que os adultos lhes mostrem também que há certas coisas que ainda não podem fazer, embora possam permitir ajudas em algumas atividades. Esta fase tem como característica genital-locomotor.
4 - Construtividade x Inferioridade
Aos 6 aos 11 anos, é o período inicial escolar, onde começa também a socialização, o trabalho em equipe, a convivência com outras pessoas e desempenho de habilidades necessárias. Agora a criança vai fazer os primeiros grupos de inserção através da socialização, e caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la , passando a viver a inferioridade ao contrario da construtividade. Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois trabalho remete à questão da competência. A criança nesta idade sente que adquiriu competência ao dedicar-se e concluir uma tarefa, e sente que adquiriu habilidade se tal tarefa foi realizada satisfatoriamente.
5 - Identidade x Confusão de Identidade
Visto que aos 12 a 18 anos, a criança não é mais criança e sim um adolescente, o mesmo passa por diversas transformações – físicas e psicológicas. O adolescente vai adquirir uma identidade psicossocial, isto é, compreende a sua singularidade, o seu papel no mundo. Esse sentimento de identidade se expressa onde pretende se encaixar em algum papel na sociedade. Daí vem a questão da escolha vocacional, dos grupos que freqüenta, de suas metas para o futuro, da escolha do par, etc. Toda a preocupação do adolescente em encontrar um papel social provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião alheia faz com que o adolescente modifique o tempo todo suas atitudes, em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com ele. Nesta confusão de identidade, o adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de se encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão. Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por ele mesmo não suportar sua identidade. Em meio á crise, quanto melhor o adolescente tiver resolvido suas crises anteriores.
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