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Analise do documentário Criança a alma do negócio

Por:   •  22/11/2015  •  Resenha  •  855 Palavras (4 Páginas)  •  450 Visualizações

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Criança – a alma do negócio

        

   O documentário aborda a temática publicidade e como ela interfere no desenvolvimento da criança. Atualmente a grande dificuldade que os pais estão enfrentando é como educar os filhos frente às investidas constantes da propaganda que convence o telespectador a consumir cada vez mais os produtos tentadores da mídia. O público atingido são as crianças que ocupam a maior parte do seu tempo assistindo as programações da TV e sendo induzidas ao desejo de ter os sapatos, celulares, eletrônicos, roupas que estão em evidências,  fazendo o maior sucesso nas telinhas. Verifica-se que a publicidade acertou ao descobrir o ponto fraco do público infantil, escravizados pelo que vê e deseja dolorosamente  (algumas vezes), ter sem poder. Diante desta realidade, os pais , vítimas do poder consumista, para não decepcionar os filhos, acabam por endividar, no  intuito de vê-los satisfeitos com o presente preferido. Segundo um teórico do documentário, a mídia tem a intenção de fazer o público consumir sempre mais com a intenção de apelar para a moda atual provocando (quem tem e pode) a fazer parte daqueles grupos privilegiados da comunidade, em contrapartida, aqueles que não têm condição financeira para entrar na moda, fica de fora da roda de amigos, gerando uma divisão social. Tal situação é preocupante, visto que as crianças estão deixando a infância e amadurecendo precocemente. Percebemos através do documentário as angústias, ansiedades, frustações e intenções das crianças em estarem sempre com roupas de  marcas, em ter o maior número de sapatos e a trocar seu celular frequentemente. A beleza agora é percebida como vaidade e o cuidar do corpo tornou-se motivo de disputa, sensualidade e obsessão cuja intenção é ficar bonitinho ou bonitinha para o outro. O uso constante de produtos de beleza está crescendo entre o público infantil e a mídia induz sempre mais para o consumo excessivo a qualquer custo. Hoje as crianças perdem maior parte do seu tempo conectados à internet, a TV e no salão de beleza. A passividade e a preocupação em manter sempre elegante, faz com que elas percam o interesse pelo brincar, pelo construir raciocínios lógicos, em trabalhar em equipe, em gastar energias com brincadeiras saudáveis como o caminhar, correr, pular corda, faz de conta enfim, atividades de construção sócio – moral.

A infância está deixando de existir. Ficar somente na teoria de nada vai adiantar. É necessário começar desde já a perceber a gravidade da situação à qual estamos atravessando. Em décadas passadas, era comum os alunos das escolas públicas e privadas estudarem a matéria Ecologia, cujos assuntos abordados se referiam à camada de ozônio, desmatamento, efeito estufa, meio ambiente, gases poluentes e água e não eram tratados com tanta relevância. Hoje a população consegue sentir a consequência disso tudo. A situação ambiental virou assunto comentado no mundo todo e a preocupação em fazer alguma coisa começou a surgir. Infelizmente tarde demais, estamos à beira de um colapso ambiental: calor, falta d’agua, escassez de chuva, desespero, mortes, enfim. O mesmo problema certamente acontecerá com as nossas crianças que hoje estão no palco à mercê da publicidade, da precocidade, do individualismo, da tecnologia de ponta, praticamente donas de seus próprios narizes. Uma infância que precocemente já se depara com os conflitos, falta de planejamento , orientação, educação, compromisso e desarranjo familiar, crise financeira, vícios, fobias, evidentemente, futuros adolescentes doentes, desanimados, despreparados, sem conteúdos familiares, sem conteúdo moral, sem conteúdo afetivo, sem tradição familiar, sem histórias para contar. Observa-se que a adolescência caminha para o colapso e será profundamente prejudicada e aqui não se fala da fase adulta, visto que corre o risco de nunca existir, pois, diante da situação, o risco de suicídio, pânico, morte é eminente: quem não tem propósitos ou que sofre decepções, não tem mais esperança de melhora e a única saída poderá ser o fim de tudo, por não encontrar utilidade e expectativa de vida. Uma adolescência saudável é aquela onde o limite se fez presente na infância,  onde os pais possuem o pulso firme e a firmeza de sua afirmação: sim, sim, não, não, onde a correção consciente se faz presente, onde a educação e os costumes familiares são repassados de geração em geração ( hoje com grande escassez), onde o termo família é tratado com prioridade e responsabilidade. O problema está à frente do profissional da Psicologia. Caberá ao profissional, colaborar com a redução desta triste realidade, buscando alternativas, terapias e criatividade para, como a publicidade, achar o ponto fraco das crianças e adolescentes para reverter este quadro que poderá surgir como aconteceu com a ecologia, citada acima. Afinal que tipo de adulto teremos daqui vinte anos?  Mãos a obra – serviços pela frente.

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