Analise do filme Um golpe do destino
Por: luendalinda • 7/3/2016 • Resenha • 660 Palavras (3 Páginas) • 742 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Psicologia – FAPSI - Psicologia Social II - Aluna: Luenda Lira de Freitas Texto 2: Consciência/alienação: A ideologia no nível individual
“O homem como ser ativo e inteligente se insere historicamente em um grupo social através da aquisição da linguagem, condição básica para a comunicação, e o desenvolvimento de suas relações sociais e, consequentemente, de sua própria individualidade.
A linguagem, enquanto produto histórico traz representações, significados e valores existentes em um grupo social, e como tal é veículo de ideologia do grupo; Enquanto para o indivíduo é também condição necessária para o desenvolvimento de seu pensamento.” Pág. 41, 3° e 4° parágrafo.
Escolher um trecho deste texto é bem difícil, pois na minha opinião ele tem tudo a ver com minhas observações a respeito do documentário: Olhos azuis. Ele fala sobre consciência e alienação na ideologia de cada um. Entretanto, neste trecho mencionado, me faz recordar primeiramente, no início quando a Jane Elliott começou conversar com os participantes sobre o que seria feito ali, e através das informações que eram passadas, estavam sendo processadas por cada indivíduo uma assimilação particular. Ou seja, a linguagem era a mesma, mas o que ela representava, não. Para todos possuía um significado distinto. À medida que iam ouvindo as coisas que a Jane Elliott falava, as pessoas estavam estabelecendo representações, significados e valores diferentes para aquele grupo. E porque não dizer que aquele específico grupo já teria uma ideologia a partir de então? Pois, para que o “experimento” desse certo, as pessoas ali presente que participaram indiretamente, era preciso a aprovação, a permanência na sala, e que eles obedecessem ao papel posto pela professora. Contudo, tudo foi inserido em um contexto de justificativas que explicavam exatamente a ideologia apresentada. Tudo que seria feito, ela mostrava vários exemplos do dia a dia para que todos se sentissem do outro lado “da moeda”.
Posteriormente, observa-se uma das participantes questionando o comportamento de Jane Elliott, e a mesma mostra através do seu discurso novas justificativas para que a participante se sinta inserida na condição posta, e com o seu comportamento (de permanência na sala) justificado.
Em outras palavras, quero dizer que a experiência foi realizada através do acúmulo de informações que são vivenciadas por nós desde a infância, pois é difícil se portar de um papel que exercemos diariamente, para outro. São pessoas que são vitimas do preconceito e a partir de então, podem estar no inverso da situação. E aqueles que não são vítimas, conscientizar-se que muitas das vezes por ficarmos calados, também é atribuído culpa por não agir para que as circunstâncias se repitam.
No mundo todo, é visto aquele homem que sofre preconceito desde a infância, o qual está inserido em grupo social que não pode - de certa forma - escolher, pois já foram “pré-estabelecidos” por conta de alguma característica física ou por cor de pele. Um pré-conceito, que hoje, muitas vezes é disfarçado e passado despercebido. O que me fez concluir que somos praticantes indiretamente, pois não fazemos nada para intervir, melhorar ou mudar esta situação, como a própria Jane Elliott menciona - parte do documentário que também me tocou bastante, por eu me sentir parte desta estatística.
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