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Apartheid Social Contemporâneo

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Por:   •  18/4/2013  •  867 Palavras (4 Páginas)  •  823 Visualizações

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“Apartheid social contemporâneo”

O texto presente tem como base artigo: Estado Democrático de Direitos e Políticas Públicas: Estatal é necessariamente Público? Escrito por Ana Monteiro, Cecília Coimbra, (Universidade Federal Fluminense) e Manoel Mendonça Filho,(Universidade Federal de Sergipe).

O mundo capitalista deixa existir verdadeiramente uma Política Estatal? “O presente texto tem como cenário o “apartheid social contemporâneo” que caracteriza a sociedade de controle globalizado onde, apesar da precarização do mercado de trabalho, difunde-se cada vez mais a subjetividade do trabalho formal como a verdadeira natureza do homem.”

O corre-corre da rotina de um presídio feminino destacado como questões e relações nesses estabelecimentos, que em sua maioria oriundas de localidades do interior recolhidas por crimes como furto de roupas em varal dos vizinhos, objetos pequenos em lojas de departamentos, julgadas e condenadas a pagar atrás das grades do Estado. Histórias parecidas de remuneração baixa, e baixos níveis de escolarização.

“É a memória de tempos não materialmente vividos que impõe uma imagem, tudo funciona como uma atualização das senzalas. Em contrapartida, na atualidade, as vidas aprisionadas se caracterizam pela dificuldade de conjunção e organização, tendendo, muitas vezes, a repetir a mesma lógica da organização social que as colocou ali.” Esse é o que o Estado tem a lhes oferecer. Vale pensar onde esta a responsabilidade de vidas vividas precariamente em que no desespero cometem erros por sua própria sobrevivência.

“Ainda que se diga que a finalidade de socialização pelo trabalho encontra-se presente nos presídios e em vários outros equipamentos sociais o cuidado com que são montados e divulgados como se tivessem uma abrangência, que de modo algum poderiam pleitear, faz pensar que as iniciativas de “re-socialização pelo trabalho” são “fachadas” destinadas a fazer crer nas boas intenções do Estado com suas políticas pretensamente públicas.” (...é uma sinuca de bico esse negócio de reabilitação pelo trabalho com tanto desemprego. Se dentro dos presídios a coisa funcionasse ia ter gente cometendo crime para ter chance de ingressar no programa.)

O que vale analisar ter ou não ter um emprego estará sempre vinculado a onda capitalística do mundo atual. Necessariamente a falta dele retarda o avanço capitalismo; ter um emprego se torna essencial e considerado como saúde mental. Como e onde trabalhar garantindo o sustento e a saúde familiar? Alguém necessita de boa escolaridade para atingir um cargo em que possa garantir saúde, alimentação, moradia, e educação. O Estado é capaz de oferecer um acesso de desenvolvimento a população?

Creio que ainda estamos longe de enxergar este potencial, mesmo com todas as revindicações sindicalizantes. Ainda havemos de pagar muito por um posto de trabalho nessa luta contemporânea de sobrevivência.

Temos, assim, para grande parte dos movimentos sociais no Brasil, uma configuração onde persiste a lógica dos lugares de poder e dos detentores de poder, como se com o desenvolvimento do capitalismo o poder não se exercesse em qualquer lugar, em todos os lugares cada vez mais de forma imanente, tendo no capital a expressão de força auto-produtiva dispersa por todo o tecido social. A hegemonia que produz efeitos de dominação provém desta lógica. Nesse funcionamento imanente da máquina capitalística, pautado pela lógica dominado/dominador, disseminam-se

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