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Aprendizagem Na Visão De Carl Rogers

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Por:   •  25/10/2013  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  1.000 Visualizações

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APRENDIZAGEM SIGNIFICANTE

NA VISÃO DE CARL ROGERS

Clarice Salgueiro*

Liège Frainer Barbosa**

Rita de Cássia Pareja***

RESUMO

Este artigo aborda a teoria de Carl Rogers no que se refere ao papel do professor como agente facilitador da

aprendizagem significante, segundo os Princípios de Aprendizagem estabelecidos pelo autor, destacando,

sobretudo, o aspecto humano da atividade pedagógica: a autenticidade.

PALAVRAS-CHAVE: Teoria Humanista - Agente Facilitador - Autenticidade - Aprendizagem significante

*Jornalista - UCPEL. Aluna do Curso de Pós-Graduação “Docência Universitária” - ULBRA Torres.

E-mail: claricesalgueiro@hotmail.com.

**Licenciada em Letras PUCRS. Aluna do Curso de Pós-Graduação “Docência Universitária” - ULBRA Torres.

E-mail: lfrainerbar@yahoo.com.br.

***Licenciada em Letras ULBRA. Aluna do Curso de Pós-Graduação “Docência Universitária” - ULBRA Torres.

E-mail: cpareja@uol.com.br

Introdução

A ação educativa nos dias de hoje, mais do que em qualquer outra época, reveste-se de numerosos desafios

para todos aqueles envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Ensinar e aprender, aprender a aprender,

aprender a ensinar são palavras de ordem repetidas à exaustão por pedagogos e psicopedagogos que se debruçam

sobre as questões educacionais com o objetivo de apontar caminhos para a melhoria da prática pedagógica em

todos os níveis de ensino.

Assim, o entendimento das diversas teorias de aprendizagem assume um importante papel na formação do

professor, uma vez que lhe possibilita uma maior consciência sobre a complexidade dos fatores e das situações que

abrangem o ensino e a aprendizagem. As diferentes Escolas Psicológicas oferecem insumos para que o professor

do século XXI possa analisar, avaliar e compreender as necessidades e interesses de seus alunos, tornando-se

capaz de mais adequadamente orientá-los e ajudá-los a desenvolver suas potencialidades.

O presente trabalho teve origem em uma pesquisa bibliográfica da obra de Carl Rogers1, cuja abordagem

direcionada à pessoa e aplicada à educação leva-nos a entender o aluno como centro da aprendizagem. Pretendese

demonstrar a importância determinante da contribuição desse autor, de corrente humanista da Psicologia, para

uma maior eficácia no processo de aprendizagem.

Um Agente Facilitador

Pelo seu caráter essencial e naturalmente humano, a Teoria de Carl Rogers contém muitas das respostas

para os problemas que desafiam educadores em todos os níveis de ensino. Segundo o autor, o professor que

descobre, na sua autenticidade, um caminho facilitador para a “aprendizagem significante2”, propicia à sala de aula

um ambiente de liberdade, cooperação e questionamentos que conduz o aluno a ser o centro de todo esse

processo.

Carl R. Rogers enfatiza entre os seus “princípios de aprendizagem3”, baseados na própria experiência como

terapeuta, a importância de um educador consciente de suas atitudes e sua capacidade de compreender os

sentimentos e as reações do seu aluno, ou seja, a importância de ser uma pessoa real, “não a encarnação abstrata

de uma exigência curricular ou um canal estéril do qual o saber passa de geração em geração” (1991, p.265). Para

o autor, o objetivo maior da educação e, conseqüentemente, do educador é facilitar a aprendizagem, é proporcionar

as descobertas e o conhecimento com significação pessoal, uma vez que todo ser humano apresenta uma

tendência natural e particular para aprender.

Observa-se repetidamente nos meios acadêmicos, entre os docentes, posturas que se distanciam

enormemente do ideal pretendido por Rogers, no entanto, é preciso que se oportunize também o registro de atitudes

e práticas que vêm ao encontro da Teoria Rogeriana, demonstrando sua aplicabilidade.

Analisemos alguns depoimentos anônimos de alunos do Professor Marcos Tarciso Masetto4, que fazem parte

da sua Tese5 (e Prática) de Livre Docência:

Acredito que devido à espontaneidade, capacidade e simplicidade do professor e, sobretudo à sua

segurança e esperança em buscar modificações que venham a melhorar o processo de ensinoaprendizagem,

instalou-se gradativamente um clima de companheirismo entre os alunos, estes e o

professor, o que facilitou sobremaneira a aprendizagem do grupo. (1992, p.67)

O papel do professor é tido como fundamental: “... a postura, dedicação e objetividade com que trata os

assuntos, cativa o aluno e faz com que haja integração aluno-professor” (1992,p.66). Ressaltando ainda que o

professor foi capaz de promover um clima de descontração tal na sala de aula, que permitiu a participação de todos

sem medo de repreensões (1992, p.67), esses alunos vêm corroborar, involuntariamente, a associação feita por

Rogers entre a experiência do terapeuta e o desempenho do professor, no que diz

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