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Carl Rogers: psicoterapeuta

Por:   •  16/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.091 Palavras (5 Páginas)  •  652 Visualizações

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        Carl Rogers (1902-1987) psicoterapeuta e pai da psicologia humanista, usava a abordagem centrada na pessoa, não diretiva. A psicologia humanista  entende o ser humano como responsável pelo seu crescimento pessoal, capaz de se desenvolver e se aceitar. Assim, o terapeuta tem que desenvolver uma relação de confiança com o cliente  para poder fazer com que ele encontre sozinho suas próprias soluções de problemas.  

        Em entrevista com a revista Veja  Carl Rogers deixa claro que  a questão principal para a psicologia humanista é acreditar que o ser humano tem um organismo positivo e construtivo e tendem a crescer e se atualizar por mais que os fatores sociais, econômicos e familiares possam prejudicar esse desenvolvimento. E que também, essa psicologia pretende solucionar os problemas psicológicos e sociais, sendo assim, usar seus instrumentos para reconciliação das diferenças com o intuito das pessoas enxergarem pontos de vistas dos outros indivíduos.

        Rogers diz que por mais de não haver possibilidades de um governo humanista esse seria capaz de juntar os cidadãos mais harmoniosamente em relação ao crescimento e o trabalho, havendo mais respostas às suas necessidades. A psicologia humanista seria uma ótima conselheira à uma forma de governo democrático, tornando-a mais democrática, compreensível em relação às capacidades, direitos e habilidades do cidadão.

        Um dos aspectos importante da psicologia humanista que ficou bem clara na entrevista foi o encontro de grupo, que nele não há um tópico a ser discutido e nem problemas imediatos, quando os clientes começam a falar sobre si mesmos torna o encontro mais profundo. O grupo como um todo, consegue agir mais sabiamente do que uma pessoa só.  Ele tem maior efeito no indivíduo do que na terapia individual, pois no grupo não é apenas uma pessoa que o aceita e o compreende, e sim vários indivíduos, assim faz com que ele se sinta mais aceitável ao redor de todos.

        Na terapia ou no encontro de grupo o individuo acaba se conscientizando de que ele é mais do que pensa ser, de que há sentimentos que ele nunca havia percebido. Assim, esse sentimento não será esquecido e ira reconhecer que não pode mais esconder, tendo assim, condições de lidar com ele.

        Como a maioria dos encontros de grupo há os responsáveis, podendo chamá-los de líderes, mas não para Carl Rogers, que os considera como facilitadores que tem o propósito de deixarem as pessoas se expressarem sem saber onde isso as levará. O facilitador não é um líder pois ele não direciona para onde a pessoa deve ir, mas facilita as expressões delas, ele não sabe o que acontecerá nas terapias e nem o que o cliente ira escolher para si mesma. De três qualidades essenciais para ser um facilitador, duas vem com experiência de vida: a primeira é que a pessoa tem que estar ligada a outra, como pessoa, genuína e real, e a segunda é a pessoa sentir uma importância real pela outra, tendo assim um desenvolvimento e crescimento melhor na terapia. A terceira qualidade é a empatia, que pode ser facilmente treinada, e  é importante para o crescimento construtivo, a pessoa deve se pôr no lugar do outro, deve entender como a pessoa realmente é e não o que se realmente pensa sobre ela, assim deve se aprender a ouvir e compreender melhor.

        Para Carl Rogers as pessoas que o procuram não são doentes, e sim pessoas em dificuldade, então o certo seria chamá-las de clientes e não pacientes. Ele afirma que a maior fonte de aprendizagem para ele são as pessoas e os estudantes com quem convive e trabalha.

        Em relação ao sistema escolar, Rogers diz que a educação nas escolas é de um modo mecânico para uma sociedade mecanicamente orientada, em que é necessário um diploma universitário, mas de uns tempos para cá houve uma aprendizagem autodirigida em que os estudantes tem o entusiasmo e a vontade de aprender, satisfazendo suas necessidades, escolhendo aquilo que mais precisa estudar. Os estudantes de escolas que são de um modo mecânico acabam, por não terem o interesse, esquecendo aquilo que aprenderam logo em seguida, os estudantes autodirigidos conhecem mais suas fraquezas e suas forças são automotivados e autodisciplinados.

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