As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: Uma estrutura para a terapia familiar
Por: Gislana Amaro • 24/10/2019 • Resenha • 884 Palavras (4 Páginas) • 476 Visualizações
Carter, B.; Mcgoldrick, M. (1995). As mulheres e o ciclo de vida familiar. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: Uma estrutura para a terapia familiar (2ª ed., Cap. 2, pp. 29-61). Porto Alegre: Artmed.
Caro leitor, o presente artigo prevê uma resenha crítica do capítulo As mulheres e o ciclo de vida familiar presente no livro Mudanças no Ciclo de Vida Familiar. Expõe uma reflexão sobre o papel das mulheres nas relações familiares estando além do status definido em seu relacionamento pelo homem, considerando o direito que elas têm uma vida própria. Consiste para além de ser filhas, esposas e mães, papel central nas famílias, dispondo um ciclo de vida que ainda não ocorre abertamente em nossa cultura.
As autoras têm em vista apresentar outra perspectiva para os terapeutas, uma terapia mais sensível ao gênero. Propõe um reconhecimento, de modo que garanta fortalecer o desenvolvimento de estruturas e teorias renovadas fundamentada em prol da mulher. Além disto, almejam a produção de pesquisas sobre as distinções de gêneros dos terapeutas nas diversas fases do ciclo de vida, a fim de que evidencie as diferenças das relações terapeuta-paciente e vice versa em cada estágio.
Este capítulo foi fragmentado em diferentes tópicos para que o leitor compreendesse o mais nítido possível a mulher em seus diversos papéis e seu universo de possibilidades. Dentre estes podemos citar o desenvolvimento, o trabalho, estrutura doméstica, entre as famílias: idade adulta e jovem, união de famílias no casamento: o jovem casal, família com filhos pequenos, famílias com adolescentes, lançando os filhos e seguindo em frente, famílias mais velhas, divórcio e casamento, as mulheres e suas redes de amizade, lésbicas, saúde e doença.
As mulheres em sua idade jovem passam pela transição da sua família de origem para a sua família de reprodução, a pressão em relação a sua carreira são colocadas em segundo plano em comparação a busca pelo marido. As adolescentes tendem a inibir a construção da identidade para dedicar-se a encontrar um parceiro, podendo acarretar na carência na autoestima e como consequência prejudicar sua saúde mental. Já a amizade tem um valor fundamental durante a vida das mulheres sendo mais validadas na adolescência, tendo uma pausa para a busca do parceiro retornando assim na fase adulta.
O desenvolvimento feminino categorizou-se na perspectiva de ter a capacidade de cuidar do outro, uma companheira em favor do desenvolvimento masculino, vistas como dependentes e menos competentes que os homens. No contexto do trabalho, apesar de ser um fator significativo para o seu bem estar psicológico, a cultura dominante afirma que o lugar das mulheres é no lar. A estrutura doméstica está em constantes modificações, possuindo uma
vasta redução na quantidade de casais casados, casais com filhos e o crescente número de lares com mães solteiras.
Cada vez mais as mulheres decidem se casarem mais velhas ou nem casar, pois o casamento configura-se diferentemente o seu valor para cada gênero. Tendo em vista casais com filhos pequenos mesmo que os dois possuam carreiras, a mulher torna- se responsável pela manutenção doméstica e o cuidado com as crianças. Pelo fato de existir muitas situações insatisfatórias no casamento há um aumento nos índices de divórcio. Já nas famílias recém casadas, o papel da madrasta possui uma grande expectativa,
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