Terapia Familiar Das Divergências às Possibilidades De Articulação Dos Diferentes Enfoques Escrito Por Terezinha Feres Carneiro, Professora Associada Do Departamento De Psicologia Da PUC/RJ E Publicado Na Revista Psicologia: Ciência E Profissão, Vol

Artigo: Terapia familiar das divergências às possibilidades de articulação dos diferentes enfoques escrito por Terezinha Feres Carneiro, Professora Associada do Departamento de Psicologia da PUC/RJ e publicado na Revista Psicologia: Ciência e Profissão, volume 16, número 1, no ano de 1999 disponível on-line http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-98931996000100007&script=sci_arttext.

A autora coloca em foco a discussão por meio da elucidação de diferentes abordagens teórico-práticas tangíveis a terapia familiar, percorrendo os caminhos do surgimento e da organização do campo das mesmas, bem como seus principais precursores no propósito de iluminar as articulações, os enclaves e as possíveis convergências.

Refletir além do conteúdo programático da grade curricular do curso de Psicologia é o propósito essencial para enriquecer a bagagem do futuro terapeuta familiar quando o texto elencou as possibilidades de articulação das diferentes abordagens fez pensar nas peculiaridades de cada família e suas necessidades individuais de intervenção, nas minúcias psicológicas estratégicas e de entendimento diversas, tal qual a pluralidade de mudanças pós-modernas no contexto global, dessa forma evocou a necessidade de ampliação e aprimoramento do conhecimento a respeito do tema, bem como instigou a urgência de atualizações e aprofundamentos objetivando o remanejamento constante de atuações na área familiar.

Um terapeuta familiar comprometido com seu papel, não deve restringir sua visão, sua técnica, sua compreensão sob múltiplas realidades pautado rigidamente numa única epistemologia, dado que contribuições dos diferentes enfoques familiares ampliam a gama de possibilidades de atuar positivamente nas questões, nos problemas familiares.

O campo da terapia familiar pode ser dividido em pode ser dividido em terapia familiar sistêmica e terapia familiar psicanalítica, esta divisão tomada rigidamente por autores puristas prejudica a produção teórica a respeito criando impasses teórico-praticos a partir de uma polêmica muitas vezes falsa.

A partir de uma multiplicidade de influencias evoluiu a terapia familiar e recebeu contribuição de diferentes áreas do conhecimento. Freud desde o inicio da formulação da psicanálise considerou e ressaltou em seus estudos as relações familiares. Todavia apesar da preocupação com as relações familiares e da importância que atribuiu a elas, ele não desenvolveu uma teoria da família nem tampouco uma técnica de atendimento familiar.

No final da primeira metade do século XX, varias ciências começam a enfatizar os sistemas homeostáticos com processos de retroalimentação que tornam os sistemas autocorretivos. A família é vista como um sistema equilibrado e o que o mantêm são as regras de funcionamento familiar. A terapia desenvolvida a partir deste enfoque enfatiza a mudança no sistema familiar, sobretudo pela reorganização da comunicação entre os membros da família. Várias escolas se desenvolveram baseadas no enfoque sistêmico entre elas:

Escola estrutural: Minuchin é o principal teórico e para ele a família é um sistema que se define em função dos limites de uma organização hierárquica. Escola estratégica: Haley é o principal autor na visão estratégica o sintoma é a expressão de um problema representando uma forma de solução insatisfatória para os