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As múltiplas facetas do fenômeno dentro da escola: Uma revisão bibliográfica sobre o fenômeno bullying

Por:   •  31/10/2018  •  Artigo  •  3.592 Palavras (15 Páginas)  •  333 Visualizações

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BULLYNG

As múltiplas facetas do fenômeno dentro da escola:

Uma revisão bibliográfica sobre o fenômeno bullying.

BULLING OR SUFFERING IS ALL: An analysis of Behavioral Cognitive Therapy on the bullying of phenomena.

        

Ronaldo Patinho da Silva[1]

Neuci Leme de Camargo[2]

RESUMO: O bullying escolar pode envolver crianças e adolescentes de diferentes maneiras, fazendo com que essas assumam papéis diferenciados dentre estes, têm-se vítimas, agressores e vítimas-agressoras o presente estudo busca discutir, por meio de uma revisão bibliográfica, as manifestações do fenômeno Bullying no cotidiano escolar dentro de uma abordagem Cognitiva Comportamental para buscar uma forma de compreender e buscar formas de prevenir, na medida que busca entender as causas e os motivos que levam os comportamentos antissociais relacionado ao bullying e o que leva a esse comportamento  será o estudo tratado no presente trabalho que terá como objetivo alertar  os professores sobre a alta prevalência da prática de bullying entre estudantes, conscientizando-os da importância de sua atuação na prevenção, diagnóstico e tratamento dos possíveis danos a  saúde e ao desenvolvimento das  crianças e adolescentes, além da necessidade em orientar as famílias e a sociedade para o enfrentamento da forma mais frequente da violência entre jovens, tratando como hipótese o desencadeamento desse fenômeno a partir de uma primeira  agressão sofrida pelo que depois se torna no futuro o agressor do bullying na escola tendo como metodologia para sua compreensão a Técnica cognitiva Comportamental, que buscara como resultado o  fortalecimento das relações entre escola e alunos, e um maior preparo dos professores e funcionários  para tentar minimizar os efeitos dos fatores de risco a que essas crianças e adolescentes estão expostas em casa e consequentemente a violência nas escola..

Palavras-chave: Bullying, Escola, Violência.

ABSTRACT: School bullying can involve children and adolescents in different ways, making them assume different roles among them, have victims, aggressors and victims-aggressors the present study seeks to discuss, through a bibliographic review, the manifestations of the Bullying phenomenon in the school every day within a Cognitive Behavioral approach to seek a way to understand and seek ways to prevent, insofar as it seeks to understand the causes and reasons that lead to antisocial behaviors related to bullying and what leads to this behavior will be the This study aims to alert teachers about the high prevalence of bullying among students, making them aware of the importance of their actions in the prevention, diagnosis and treatment of possible damages to their health and the development of children and adolescents , in addition to the need to guide families and the society to confront the most frequent form of violence among young people, treating as a hypothesis the triggering of this phenomenon from a first aggression suffered by what later on becomes in the future the aggressor of bullying in the school having as methodology for his understanding the Cognitive technique Behavior, which sought as a result the strengthening of relations between school and students, and greater preparation of teachers and staff to try to minimize the effects of risk factors that these children and adolescents are exposed at home and consequently violence in school.

Keywords: Bullying, School., Violence.

INTRODUÇÃO

         A violência é um problema de saúde pública importante e crescente no mundo, com sérias consequências individuais e sociais, particularmente para os jovens, que aparecem nas estatísticas como os que mais morrem e os que mais matam. Nos últimos tempos, uma nova forma de violência escolar vem ganhando espaço nos noticiários de jornais e revistas e causando preocupações aos pais, educadores e a sociedade em geral.  Esse tipo de violência, conhecido como fenômeno bullying, não é um acontecimento novo dentro das escolas, ele apenas tomou forma e ganhou nome específico a partir dos anos 80, quando o estudioso norueguês Olweus (1993) definiu como bullying os atos agressivos, antissociais e repetitivos que ocorrem entre estudantes no contexto escolar. Nesse sentido o bullying se tornou nos últimos anos objeto de preocupação de pesquisadores, educadores e profissionais da saúde do mundo inteiro, por ocorrer em qualquer tipo de escola primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana e independentemente das condições sociais e econômicas das pessoas envolvidas. A escola sendo o palco de contradição pois o fenômeno bullying ocorre justamente no lugar em que, em tese, as crianças e adolescentes deveriam aprender a conviver socialmente com respeito ao outro e a exercitar e desenvolver sua individualidade e subjetividade sem coerção (Duque, 2007).  A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também pode ser empregada como adjetivo, no sentido de valentão ou tirano (Weiszflog,2008). Emprega-se esta expressão para explicar um fenômeno relacional comumente observado em grupos, sobretudo em escolas, caracterizado pela presença de comportamentos agressivos, cruéis, intencionais e repetitivos adotados por uma ou mais pessoas contra outras, sem motivação evidente. Destaca-se a palavra repetitivo por ser a persistência do comportamento hostil, repulsivo e intimidador contra uma mesma pessoa ou grupo o que determina o bullying (Fante,2005; Almeida, 2008). O ambiente escolar se caracteriza como um local privilegiado para se refletir sobre as relações sociais que envolvem crianças e jovens, pais e filhos, educadores e educandos. É também no contexto escolar que fatores como a socialização, a promoção da cidadania e o desenvolvimento pessoal podem modificar-se tanto positiva quanto negativamente (Marriel, Assis, Avanci, & Oliveira, 2006). Apesar de o bullying ocorrer no contexto das instituições escolares, ele não é um problema da escola, mas de toda sociedade, visto ser um fenômeno que gera problemas a longo prazo, causando graves danos ao psiquismo e interferindo negativamente no desenvolvimento cognitivo, emocional e socio educacional dos envolvidos (Fante,2008). Dessa forma, qualquer tipo de intervenção ao bullying deve levar em consideração as dimensões sociais, educacionais, familiares e individuais, partindo do pressuposto de que elas vão se diferenciar dependendo do contexto em que estão inseridas. O bullying sempre tem como objetivo ferir e magoar a vítima, ocorrendo principalmente de três maneiras: agressões físicas diretas; agressões verbais diretas; e agressões indiretas (Pereira, 2002; Smith et al., 2008; Craig et al., 2009; Puhl; King, 2013). A agressão física direta engloba ataques abertos à vítima envolvendo ações individuais ou em grupo contra uma única pessoa, através de agressões com tapas, empurrões, pontapés, cuspes, roubos, estragos de objetos e a submissão do outro a atividades servis. A agressão verbal direta envolve ações de insultos em público, incluindo xingamentos, provocações, ameaças, apelidos maldosos, comentários racistas, ofensivos ou humilhantes. E a agressão indireta se dá pelo isolamento e exclusão social dentro do grupo de convivência, dificultando as relações da vítima com os pares ou prejudicando a sua posição social, por meio de boatos, ignorando a  presença da vítima ou ameaçando os outros para que não brinquem com a mesma (Osterman; Kaukainen, 1992; Pereira, 2002; Mcgrath, 2007; Antunes et al., 2008; Puhl; King, 2013). A escola é um contexto que propicia desenvolvimento de habilidades, competências, formação e desenvolvimento de conceitos, saberes e opiniões, por isso tem o papel fundamental de buscar alternativas para o enfrentamento e prevenção do bullying. Nessa perspectiva, aponta-se a importância da inserção do psicólogo escolar educacional, objetivando realizar um trabalho de prevenção e enfrentamento da violência no contexto em que ocorre. Hoje em dia, é consenso que a violência pode ser evitada, seu impacto minimizado e os fatores que contribuem para respostas violentas mudados. Segundo Debarbieux & Blaya, não se trata de uma questão de fé, mas de uma afirmação baseada em evidências. Exemplos bem-sucedidos podem ser encontrados em todo o mundo, desde trabalhos individuais e comunitários em pequena escala, até políticas nacionais e iniciativas legislativas.

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