As Áreas Emergentes
Por: Ana Carolina Moda Nunes • 19/10/2021 • Seminário • 2.308 Palavras (10 Páginas) • 108 Visualizações
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES
ANA CAROLINA MODA NUNES DE CASTRO PEIXOTO
GRAZIELLY PATRICIA NIEL DOURADO SIQUEIRA
ZERIFE DIAS GONÇALVES HERINGER
PROFESSOR MARCELLO SANTOS
Macaé - RJ
2021
ANA CAROLINA MODA NUNES DE CASTRO PEIXOTO
ZERIFE DIAS GONÇALVES HERINGER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
A SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR E OS DESAFIOS NA PANDEMIA DO COVID-19
Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da Disciplina de Estágio Supervisionado Básico I: Psicologia Áreas Emergentes ministrada pelo Professor Marcello Santos no curso de graduação em Psicologia na Faculdade Católica Salesiana Maria Auxiliadora.
Macaé – RJ
2021
- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o intuito de apresentar uma reflexão sobre a atuação do psicólogo frente as emergências e desastres e alguns conceitos éticos, para que possamos entender a atuação do psicólogo frente as necessidades do sujeito como situações de emergência na sociedade, questões de desastres ambientais, questões que levam o psicólogo a sua atuação como um suporte em situações de vulnerabilidade psicológica.
No código de ética no artigo 1º onde podemos encontrar os deveres fundamentais do psicólogo, podemos compreender que faz parte da profissão do psicólogo prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal
A área de emergências e desastres vem se consolidando e se ampliando de acordo com as demandas sociais e com isso o psicólogo passa por várias transformações de conhecimento, pois cada vez mais podemos observar no Brasil e no mundo mudanças no clima, questões políticas como guerras, imigrações de populações, emergências ambientais que trazem sofrimentos de várias ordens ao sujeito.
Após os primeiros cuidados oferecidos à população, onde acontecerá verificação dos feridos, dos riscos de contaminação e das necessidades básicas, faz-se viável a organização das intervenções das psicológicas (SILVA,2013).
A atuação do psicólogo durante o desastre é de trabalhar com intervenções emergenciais, onde aqueles indivíduos que estão sofrendo necessitarão de intervenções diretivas e com a brevidade, direcionadas para o fato presente, porém o psicólogo terá um cuidado para não fazer interferências no processo de recuperação que deverá acontecer de forma natural, buscando sempre a saúde física e mental dos indivíduos, e este trabalho deverá ser através de uma óptica sistemática, através de uma avaliação de como o sujeito relaciona, com a família, escola, grupos da sociedade onde convive e como é a realidade, colhendo assim informações que possam abranger as dificuldades ao entorno da experiência de um desastre.
Diante do desafio de um desastre é de extrema importância as intervenções e técnicas pois elas não param na primeira fase, diante de novas emergências essas técnicas trarão um novo olhar, e uma população mais preparada.
Durante o desastre o psicólogo irá se deparar com pessoas que terão inúmeras reações diante do acontecido, como medo, ansiedade, desorientação, e neste primeiro momento é importante o psicólogo se atentar para as questões físicas, psicológicas e emocionais das pessoas que ali passaram pelo desastre, a assistência as vítimas segundo Baloian (2007) baseia-se nas seguintes questões, identificação dos psicólogos como redes de apoio à população para que se sintam assistidas e seguras.
Os graves problemas que o desastre traz, segundo os estudos de Ehrenreich (1999) são; depressão, ansiedade de separação, sintomas psicóticos como delírios e alucinações, discursos desorganizados, distúrbios do sono, isolamento, perda de memória, comportamentos impulsivos e destrutivos, ideação suicida, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada, luto inibido, destorcido ou crônico.
É importante salientar que o psicólogo encontrará também pessoas com comportamentos visíveis de negação, agressividade desesperança, sintomas dissociativos, desorganização mental e outras manifestações de comportamentos resultantes do desastre.
Na atuação pós-desastre o psicólogo irá analisar o sofrimento psíquico e também dar auxílio as vítimas, irá averiguar as consequências provocadas, irá também acolher e será a ponte de comunicação entre a família e a vítima, irá intervir nos hospitais, fará atendimentos domiciliares.
O psicólogo utilizará vários métodos e técnicas, entrevistas, questionários, inventários e outros.
Intervenções como o coping coletivo, que Suls et al. (1996 apud Krum; Bandeira, 2008) vem classificar como um quadro de estratégias aplicadas pelas pessoas para responderem as condições desastrosas e para que elas possam se adaptar.
Também é usado o defusing como intervenção depois do ocorrido em até 24 horas e este tem como intuito minimizar a gravidade de respostas diante da situação e também analisa as necessidades para continuação de tratamento, depois da intervenção defusing segue a execução do debriefing que consiste em uma entrevista mais aprofundada e tem como objetivo o ajustamento de experiencias traumáticas que são pertencentes ao evento, e a mesma poderá ser executada de forma individual ou grupal, e poderá ser feita a curto, médio e longo prazo.
Para tanto é importante salientar aqui a atuação do psicólogo junto as vítimas trará reestruturação cognitiva como mudança do nível de ansiedade, diminuição do envolvimento; ou com o ambiente, na solução de conflitos interpessoais e na busca de recursos.
2- DEFESA CIVIL: DEFESA CIVIL: CONSTRIBUIÇÕES EM SUA PRÁTICA JUNTO À PSICOLOGIA
O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC - é o responsável pela coordenação de capacitações para gerir riscos e desastres, focando em ações e planos preventivos (Secretaria de Governo, Defesa Civil,2021).
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