Assunto: Análise dos Textos Psicologia a Caminho do Novo Século
Por: Andressa Acorssi • 30/3/2020 • Trabalho acadêmico • 427 Palavras (2 Páginas) • 765 Visualizações
Assunto: Análise dos textos Psicologia a caminho do novo século: identidade profissional e compromisso social e a parábola O Homem que foi colocado numa gaiola.
Com a vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, médicos e sanitaristas passaram a refletir sobre os sucessivos surtos epidêmicos de algumas doenças que aumentavam as estatísticas de morte entre a população urbana. Esses acontecimentos chamaram atenção sobre as razões de sua ocorrência, originando-se uma linha de pensamento denominada de Higienismo, em que se defendia padrões sociais e de comportamento em nome da saúde. Sendo assim, como resultado de vários estudos e como estratégia para atingir um melhor nível de saúde e controle sanitarista, adotaram-se condutas higienistas nos espaços públicos e privados, porém, de certa forma, o Higienismo, buscando defender o que parecia ser uma ideia de ordem e higiene, tomou uma grande proporção polêmica, porque passou a ser visto por alguns como preconceito ou discriminação, pois acreditavam que no conceito de “higienizar”, haveria um sentido oculto de "descartar" o que na visão de alguns não servia para a cidade. Surgiram, então, os hospícios para “engaiolar”, de forma disciplinar, o doente mental. Com a referida questão, o que se pode levar em consideração é que o ser humano não pode viver muito tempo no vazio, ele precisa estar sempre evoluindo para não transformar suas qualidades em frustrações. Possivelmente, a tarefa mais difícil para o ser humano seja identificar as gaiolas ou as prisões que lhe são impostas. Muitos relutam, porém, no decorrer do tempo, acabam por se entregar e assim, como o protagonista do texto O homem que foi colocado numa gaiola, acreditam que é o destino, passando, então, para um estado de conformidade, acomodação e perdendo a consciência de si mesmo. Não que gostem dessa situação, mas muitas vezes pelo simples fato de cansarem de contestar. Talvez dar-se por conta da gaiola ou das gaiolas as quais estão submetidos seja o primeiro passo para poder se libertar. A ajuda de um psicólogo, que respeite a dignidade e integridade do ser humano, que busque desenvolver meios psíquicos para que possa interagir com o mundo, de modo mais saudável possível, é de grande valia nesse processo de libertação. No texto supracitado, pode-se perceber que diante da loucura e sentindo que algo se perdera, o psicólogo também vivencia o vazio e, para minimizar o medo do nada, utiliza-se de pensamentos tranquilizadores para orientar-se, com o objetivo de não perder os limites que o tornam consciente de si.
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