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Atps Psicologia

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.028 Palavras (5 Páginas)  •  294 Visualizações

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A inclusão da subjetividade no Ensino..

  Ela entende que as entidades clínicas/ categorias diagnósticas com as quais lidamos são como representações mentais de espécies naturais existentes de modo objetivo no mundo externo. Uma categoria diagnóstica, de acordo com esse entendimento, que representam o mundo objetivo, e são expressas nas linguagens. A forma em que a linguagem é implicitamente, aqui supõe que se relaciona com o mundo de forma literal. Essa abordagem em psicopatologia caracteriza-se pelo seu operacionalismo (Parnas & Bovet, 1995; Bovet & Parnas, 1993), se referindo a organização daquele vocabulário em regras operacionais, ou critérios diagnósticos. Tal tipo de procedimento conduz a uma seleção das manifestações clínicas de modo que aquelas que possuem um caráter mais experiencial, subjetivo-como alterações na consciência de si e da sintonização afetiva como entorno.

                                       Psicopatologia da primeira e segunda pessoa

    Em contraposição à Psicopatologia Sintomatológica-Critériológica, Kraus (2003, 1994) descreve o que chama de Psicopatologia Antropológica-Fenomenológica, a qual sobrevive em uma condição de relativa marginalidade no cenário atual do estudo e ensino da Psicopatologia, pois não lida com sintomas, ma com fenômenos (Kraus, 2003; 1994; Tatossian, 1979). Os fenômenos manifestam uma forma experiencial global do paciente, entendida como expressão de um tipo particular de relação consigo mesmo, com a alteridade e com o mundo. Os fenômenos remetem uma totalidade, uma estrutura, para ganhar sentidos, e os sintomas que podem ser tomados um a um, isolados do conjunto ou apenas em justaposição com outros sintomas. Lidamos aqui com modos particulares de ser-no-mundo. Tomando a dimensão subjetiva como eixo, propomos redescrever os modelos propostos por Kraus (2003, 1994) em outros termos. Chamaremos a sua Psicopatologia Sintomatológica-Criteriológica de Psicopatologia da terceira pessoa e a sua Psicopatologia Fenomenológica-Antropológica de Psicopatologia da primeira e da segunda pessoa.

                                      Perspectiva da terceira pessoa

  A Psicopatologia da terceira pessoa adota, como pressuposto epistemológico,a perspectiva da terceira pessoa (Northoff &Heinzel, 2003). Nela não encontramos lugar para a experiência, apenas para o comportamento tomado objetivamente. Subjetividade e intersubjetividade estão completamente fora de questão. Se busca é a certeza atual. Os fatos trabalhados nessa perspectiva podem ser considerados atemporais e fora de qualquer contexto. Esses fatos podem ser tomados uma um, destacados de suas condições de surgimento e do conjunto de outros fatos que lhes são simultâneos, produzindo, assim, uma fragmentação, atomização do objeto de conhecimento. O tipo que interessa nessas perspectiva é a do corpo objetivo, a qual Husserl identificou como Körper.

                                     Perspectiva da primeira e segunda pessoa.

  A psicopatologia da primeira e da segunda pessoa adota, como pressuposto epistemológico, as perspectivas da primeira e da segunda pessoa (Northoff & Heinzel, 2003). A perspectiva da primeira diz respeito á experiência pré-reflexiva dos próprios estados mentais e corporais: Sentimentos Crus, pura experiência, sem reconhecimento ou reflexão. Estes dois últimos, já pertencem a perspectiva da segunda pessoa. Aqui a certeza fenomênica toma lutar da certeza factual, cabendo diferenciar a acessibilidade imediata da incorrigibilidade. Lidamos nesta perspectiva, com a totalidade da experiência. Essa totalidade é experienciado no ciclo ação/ percepção da exploração do meio do organismo vivo. Esta totalidade do organismo vivo é que assegura de centralização, do pólo noético do cargo internacional que caracteriza esta perspectiva. Na segunda da segunda pessoa, o reconhecimento proposicional da experiência é necessariamente reflexiva e intersubjetiva. Não temos mais aqui a transparência e a presença da experiência pura, mas, em vez disso, uma semipresença e a translucidez da mediação reflexiva, uma espécie de intersubjetividade intra-subjetiva.

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