Avaliação Psicológica Prisional
Por: Nátaly Brunnquell • 2/6/2021 • Relatório de pesquisa • 597 Palavras (3 Páginas) • 141 Visualizações
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
Autor: Psicóloga
Solicitante: 3ª Vara Criminal
Apenado:
2. Descrição da demanda
Avaliação psicológica realizada em 21/12/2020, tendo em vista a instrução do processo para saídas temporárias, observando-se o caráter psicossocial e histórico de sua trajetória de vida.
3. Procedimentos
Optou-se por avaliação a partir do seguinte método: entrevista semiestruturada, análise do prontuário jurídico e coleta de dados subsidiada pelos demais setores técnicos desta unidade.
4. Análise
R, trinta e dois anos, cursando o ensino fundamental, natural de, solteiro, não possui filhos. Relata que foi criado por pais adotivos, possui uma irmã e conta que quando tinha quatro anos de idade chegou a essa família. Relatou que lembra que passou por diversas necessidades (socioeconômicas, afetivas, entre outros) na primeira infância. Relembrou também dificuldade de aprendizagem quando estudava, tendo completado a quarta série e que reprovou por diversas vezes. Refere que na infância fez acompanhamento pelo CAPS do município e que era muito agitado. Fazia uso de medicação psicotrópica na infância e adolescência.
Iniciou sua vida laborativa formal aos dezoito anos e possui vínculos comprovados em Carteira de Trabalho até vinte e cinco anos de idade. Trabalhou como açougueiro e identificou-se com a profissão, também fez curso de vigilante, mas não chegou a trabalhar como tal.
Sobre sua situação processual cumpre pena pelo artigo réu primário e condenado a oito anos e quatro meses de reclusão. Sobre a prisão referiu que exerceu atividades laborais e educacionais que a penitenciária proporcionou
Em relação a sua vida extra-muros relata que está ansioso para saídas temporárias, pois pretende mudança de vida, formar uma família e cuidar de sua mãe.
5. Considerações Finais
O interno manteve com atitude pró ativa, não oferecendo objeções às perguntas que lhe foram dirigidas, sendo cooperativo e participativo na entrevista psicológica realizada. Indicou atenção vigiada, orientação no tempo-espaço, lúcido, funções mentais e afetivas aparentemente preservadas, com capacidade de raciocínio e coordenação motora sem alteração.
Com relação ao delito pelo qual cumpre pena, após a Comissão Técnica de Classificação se apresentar como desfavorável em julho de 2020, R começa um processo de responsabilização nos atendimentos psicológicos oferecidos. O apenado assume o delito, demonstrando entendimento quanto às necessidades de mudanças pessoais e interpessoais. Assume o ato e demonstra estratégias para enfrentar os desafios que lhe serão impostos.
Em relação a vítima, Segundo FRANÇA (2010) “Transformada em objeto de prazer, a criança silencia, se esconde daquilo que não entende, daquilo que se impõe como mistério:
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