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Behaviorismo: Definição e História

Por:   •  20/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.028 Palavras (17 Páginas)  •  287 Visualizações

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1 Behaviorismo: definição e história

De Filosofia a ciência

Houve um longo percurso para que cada ciência saísse do status de filosofia. Até mesmo Galileu teve dificuldade de tornar o movimento dos planetas em ciência, e isso era algo observável. A mente por sua vez, não é algo que pode ser diretamente observável, apenas pela introspecção. Por isso, é compreensível que a psicologia ainda tenha que se provar uma ciência de fato.

Psicologia Objetiva

Pela introspecção ser um método subjetivo, muitos psicólogos o consideravam pouco confiável. Então passaram a criar métodos objetivos que pudessem ser refeitos em laboratórios. O primeiro a fazer isso foi F.C. Donders, depois dele houve outros, um deles sendo Pavlov que media de forma precisa através de uma chapa de pressão sensível.

Psicologia Comparativa

Como havia a ideia de compartilharem a mesma história evolutiva, havia a ideia de que poderiam compartilhar traços mentais. Criando a ideia de comparar o comportamento humano com o animal, surgindo a psicologia comparativa.

Humanos e animais poderiam ter resultados similares, porém os animais não estariam sujeitos a introspecção, ficando a mercê apenas da introspecção humana, que como já vimos, pode ser atrapalhada pela subjetividade. Não servindo como método para uma ciência verdadeira.

A Primeira Versão do Behaviorismo

Dois defeitos do behaviorismo inicialmente:

1- A introspecção criava uma dependência com o indivíduo;

2- Como não havia uma forma de fazer uma introspecção animal, tinham de comparar com os humanos, criando algo ainda menos confiável.

Watson dizia que, ao se referir a psicologia como sendo a ciência da consciência, acabava por tirar a capacidade de torná-la uma ciência de fato. Afirmava ainda, que a psicologia deveria ser o estudo do comportamento, querendo tornar a psicologia como uma ciência geral do comportamento para todos os animais (o humano estando no meio), evitaria a subjetividade da introspecção e estudaria apenas aquilo que pudesse ser objetivamente estudado. Acreditava que da mesma forma que as ideias humanas pudessem ser aplicadas nos animais, poderiam as ideias animais serem aplicadas no humano.

Skinner veio com a preocupação não em métodos, e sim em explicações cientificas.

Livre-ArbítrioXDeterminismo

Definição

Há duas formas de se explicar o comportamento:

Determinismo: o comportamento seria determinado por hereditariedade e pelo ambiente. Pessoas passam a atribuir comportamentos rebeldes ao mau ambiente, e pessoas de sucesso passam a agradecer seus pais por terem fornecido uma boa hereditariedade;

Livre-arbítrio: dizia que além da hereditariedade e do ambiente, o individuo tinha a possibilidade de escolha fazer ou deixar de fazer.

Filósofos sempre tentaram unir ambas as explicações, porém sempre acabava sendo puxada mais para um lado.

Argumentos Pro e Contra o livre-arbítrio

É difícil provar o livre-arbítrio, pois deveria haver situações em que o determinismo afirmassem que determinada coisa iria acontecer, e no fim, graças a possibilidade de escolha, o individuo escolhesse justamente o oposto do que aconteceria.

O que torna difícil de acontecer é que o determinismo sempre achará uma forma de explicar o que ocorreu.

Argumentos Sociais

Ao falar sobre o determinismo, parece que se diz que tudo está determinado(sendo assim, como poderíamos julgar alguém por suas ações se isso já estava predestinado a ocorrer? Ou não teria sentido em dar o direito de escolha, já que está determinado), quando não é bem assim, certas coisas podem estar sim determinadas, porém ainda vale lembrar que cada um ainda tem o poder de escolha.

Argumentos Estéticos

Retoma a questão se tudo está determinado como pode haver o poder de escolha, e em como um evento não-natural (escolha, ou seja livre-arbítrio) pode levar um evento natural ("determinado"). Questiona-se também como um animal pouco evoluído pode ter a capacidade de escolha.

Cap 2 O Behaviorismo como Filosofia da Ciência

RealismoXPragmatismo

Se refere ao que está presente no mundo, árvores, muros, objetos em geral, sendo realismo ingênuo quando um objeto existe separadamente de nossa concepção dele. Enquanto o pragmatismo seria o conceito/visão que temos sobre determinada coisa.

O universo objetivo

O universo sempre irá permanecer sendo o que ele é, porém, quando mais se estuda sobre ele, menos misterioso ele se torna, se tornando cada vez mais objetivo.

Descoberta e Verdade

As descobertas levam a verdade sobre aquilo que se foi estudo, como o universo, quando mais se descobre sobre ele, mais se sabe suas verdades.

Dados Sensoriais e Subjetividade

Nunca temos uma visão cem por cento realista do mundo, apenas temos a percepção dele. Não haveria então uma objetividade plena, por isso foi criado os dados sensoriais que apesar de estarem por dentro do sujeito, constituem o meio para se entender o mundo real (se trabalha com o que tem).

Explicação

Vale ressaltar que a explicação é diferente de descrição, e o realismo busca explicar como e por que as coisas funcionam dessa forma, não meramente descrevê-las. Sabe-se que os eventos foram explicados quando a verdade de como funcionam é descoberta.

Pragmatismo

  • Sua noção seria o que as descobertas cientificas nos permitem fazer, ela torna a experiência compreensível;
  • William James propunha que ideias podem ser mais ou menos verdadeira, tudo depende se ela explica ou compreende melhor a nossa experiência;
  • James afirma ainda que as teorias são aproximações da verdade, pois dificilmente conseguem explicar todos os fatos da experiência, geralmente cada teoria explica um conjunto de fenômenos;
  • Para Kuhn, quando um paradigma não consegue mais explicar novos enigmas, surge um novo paradigma que ao mesmo tempo explica os enigmas do antigo, como também, criar novos enigmas.
  • A ciência progredindo diante dos novos paradigmas.

Ciência e a Experiência

  • O behaviorismo recebeu influência indireto do pragmatismo de William James;
  • A ciência tenta dar sentido a experiência. O acumulo de experiências é mais produtivo (imagine não termos conhecimentos de física e termos de começar do zero sem ter a possibilidade de passar para frente, mas com a possibilidade de acumular esse conhecimento, permite que a próxima geração não precise se questionar sobre o que já foi explicado), e é graças a ciência que podemos compreender o porquê ocorre e como ocorre.

Economia e Conceitual

a ciência cria conceitos que permitem uma pessoa dizer a outra como as coisas se relacionam e como vai acontecer, de acordo com as experiências adquiridas.

Explicação e Descrição

Para o realismo não basta apenas descrever, deve-se explicar se baseando na descoberta da realidade que existe além da nossa experiência;

March diz que o trabalho da ciência começa quando eventos parecem fora do comum e precisam ser explicados;

Behaviorismo e Pragmatismo

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