Behaviorismo como objeto de pesquisa científica

O “Behaviorismo” ordinariamente apresenta-se como a ciência do comportamento, porém, de fato, o Behaviorismo não é uma ciência psicológica, mas uma concepção da Psicologia como ciência. Assim, ele propõe que a Psicologia, para ser uma ciência incontestada, tal como a Física ou a Fisiologia, não pode e não deve ter outro objeto de estudo senão o comportamento (Behavior) do homem e do animal.

O Behaviorismo é, ao mesmo tempo, destrutivo e construtivo, pois, como a Psicologia busca por seu reconhecimento científico, ele exclui desta o objeto travestido de diversos nomes de alma: consciência, espírito, estados, funções, fatos, fenômenos psíquicos, etc, substituindo-o pelo comportamento único, capaz de atuar como objeto de um estudo científico. Essa substituição não significou apenas a contribuição de um novo método mais científico para a Psicologia, mas sim, a base para a Revolução Behaviorista.

A Psicologia Clássica não fracassou por não ter testado todos os métodos científicos, uma vez que houve, sim, o emprego de todos (dedução, indução, observação, descrição, análise, experimentação). Seu fracasso proveio, então, da incapacidade de justificar suas pretensões científicas e do objeto estudado, o qual, mesmo variando-se o nome referido, permanecia o mesmo: a Alma. Assim, a substituição de Alma pela nomenclatura “estado de consciência” não diz respeito a retirada da Alma da condição de objeto, mas sim à passagem de uma substância (Alma) a suas manifestações (o Estado de Consciência).

A Alma, então, representa uma entidade imaterial que não está no espaço, que escapa de qualquer medida (o que a impossibilita de ser objeto científico) e que o Psicólogo só é capaz de apreender por meio da Introspecção, em que os fatos são dados e observados, de modo bastante subjetivo.