Bolsa Família: Estimulo à educação ou à alienação?

Bolsa Família: Estimulo à educação ou à alienação?

Gabriela Moreira, Lirys Santiago

    Com o propósito de enfrentar a pobreza no brasil o governo decidiu criar um programa de transferência de dinheiro a famílias pobres, o chamado Bolsa Família, que teria o intuito de aliviar os efeitos imediatos da pobreza, proporcionando bens e serviços básicos para a sua subsistência.

Como todo cidadão brasileiro, temos a obrigação de nos preocupar com os projetos e investimentos do nosso governo. Por esta razão nos ocupamos em fazer a seguinte pergunta: Até que ponto o Bolsa Família tem o intuito de anular a pobreza extrema e incluir os indivíduos socialmente?

Em relação à educação, a exigência de frequência escolar mínima, para crianças e jovens de famílias atendidas pelo Programa, foi estabelecida com intuito de romper o chamado ciclo da pobreza. A frequência escolar de crianças e jovens de famílias pobres tem o objetivo de promover melhores condições para que essas pessoas ingressem no mercado de trabalho, quando adultas, aumentando a renda e, consequentemente, fazendo com que saiam da condição de pobreza em relação à geração de seus pais.

Porém o governo muitas vezes deixa de investir em outras áreas como educação, saúde e vigilância sanitária pois gastam milhões para sustentar pessoas que acabam se acomodando e entrando em um estado de alienação o que acaba favorecendo o governo para se manter no poder. Ocorrem também os casos de famílias que não necessitam desse auxilio porém se utilizam dele para satisfazer seus luxos, partindo desse pressuposto falta uma melhor seleção da parte do governo quanto as famílias que participam desse programa.

O programa deveria colaborar efetivamente para que cidadãos em situação de vulnerabilidade, após um período de tempo recebendo o repasse governamental, ultrapassem a linha da pobreza encontrando com esforços próprios, melhores trabalhos, rendimentos mais altos e, principalmente, recuperando a dignidade de cidadão, merecida por todos brasileiros sem distinção de raça, gênero, credo ou poder aquisitivo. Mas não é isso que acontece.

O governo diz que milhões saíram da pobreza extrema. Mas que paradoxo esses mesmos milhões ainda dependerem de ajudas sociais para sobreviver. Não há formula mágica para vencer a miséria. Não se sai da pobreza sem trabalho, sem salário, sem ganhar com o suor do rosto o pão de cada dia. A assistência tem que ser provisória senão vira dependência e gera parasitismo. Quem vive do Bolsa Família precisa subir a outro patamar, ganhar profissionalização e conquistar o emprego. Como diz um velho provérbio chinês: “Dê um peixe a um homem e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar e você o alimentará por toda a vida.”

REFERÊNCIAS:

http://www.mds.gov.br/brasilsemmiseria/Livro/artigo_20.pdf.pagespeed.ce.bDxO6wKLCg.pdf

http://www.mds.gov.br/bolsafamilia

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/118818/Cr%C3%ADticas-ao-Bolsa-Fam%C3%ADlia-desinforma%C3%A7%C3%A3o-ou-m%C3%A1-f%C3%A9.htm

https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/S1414-49802007000100013/7337