Câncer de mama
Por: nelia18 • 23/11/2015 • Resenha • 4.284 Palavras (18 Páginas) • 1.291 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O câncer é uma patologia considerada um importante problema de saúde. De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer (2015), o câncer é um conjunto de mais de cem doenças que se caracterizam pelo crescimento desordenado das células que invadem tecidos e órgãos. Essas células, agressivas e incontroláveis, podem causar formação de tumores ou neoplasias malignas.
De acordo com Inamaru, Silveira e Naves (2011), o câncer é uma doença crônica, caracterizada pelo crescimento celular desordenado, alterando o código genético. Estudos mostram, segundo os autores, que entre 5% e 10% das neoplasias são resultado direto da herança de genes relacionados ao câncer, podendo ser de origem física, química ou biológica, acumulados no decorrer da vida. A neoplasia maligna de mama é responsável por cerca de 20% da incidência de câncer entre as mulheres e por 14% do total de mortes associadas às neoplasias.
As causas do câncer podem ser internas, externas, ou até mesmo estarem inter-relacionadas; entende-se por causas internas as mutações nos genes o que, na maioria das vezes, pode estar geneticamente pré determinado, consistindo na capacidade do organismo de se defender das possíveis agressões externas, as quais estão relacionadas ao ambiente, hábitos e costumes de uma sociedade ou cultura, como por exemplo, o corpo exposto a agentes químicos tal como o tabagismo, alcoolismo entre outros fatores. Ainda de acordo com o INCA, embora o câncer possa ser hereditário, a maioria dos casos está mais relacionada ao meio ambiente, no qual encontram-se um número expressivo de fatores de risco.
Nos dias atuais, o câncer é uma das doenças que mais mata pessoas no mundo inteiro. Os meios de comunicação publicam com frequência reportagens que demonstram o interesse dos cientistas em encontrar a cura contra esse mal. Algumas estratégias importantes de ataque contra a doença e a favor da qualidade de vida dos pacientes já foram encontradas, o que sugere que o alcance da cura esteja próximo. Isso é um passo importante, mas não se pode deixar de salientar que é medida que a expectativa de vida da população como um todo aumenta, aumenta-se também o número de indivíduos acometidos por essa doença, e vê-se a crescente demanda pela melhoria na qualidade de vida desses pacientes (FRANKS, 1990; THOMAS, CUTRIM & LOPES, 2000; COSTA JUNIOR, 2001).
O câncer é um dos problemas de saúde pública mais complexos que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, uma porcentagem dos casos de câncer é inevitável. Conforme o Ministério da Saúde (2011), pelo menos um terço dos novos casos que ocorrem anualmente no mundo poderiam ser 15rótese15o, alguns tipos de câncer podem ser detectados precocemente, durante seu desenvolvimento, tratados e curados. Mesmo em pacientes com doença avançada, os sintomas podem ser minimizados, e, tanto os pacientes quanto os seus familiares, podem receber ajuda e cuidados.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde (2011), cada profissional, dentro de seu campo de atuação, deve, por meio de seu conhecimento teórico e prática individual, atuar de forma responsável e consciente no cuidado da população para o controle do câncer.
1.1Câncer de mama feminino
De acordo com Silva e Riul (2011), “o câncer de mama representa a principal causa de morte em mulheres brasileiras, e em nível mundial cede o lugar apenas para o câncer de pulmão, representando um grande problema de saúde pública em todo o mundo”. Os mesmos autores relatam que no Brasil as taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama tem sido elevadas se comparadas aos países desenvolvidos, portanto, a tornam-se imprescindíveis as medidas de prevenção, ao diagnóstico precoce e ao controle da doença. Realizou-se uma estimativa que, para o ano de 2010, aproximadamente 49.240 novos casos de câncer de mama seriam descobertos, com risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, onde estas teriam uma sobrevida de 61% após cinco anos, mundialmente.
Para detectar os principais sinais e sintomas de câncer de mama, de acordo com Silva e Riul (2011), aparecem como nódulo na mama e/ou axila, pode causar dor mamária, alterações da pele com abaulamentos ou retrações na mama, com aspecto semelhante à casca de laranja. Geralmente, esses cânceres de mama localizam-se, principalmente, no quadrante superior externo, não apresentam úlceras e não doem.
Ainda, Silva e Riul (2011) descrevem que os principais fatores de risco para o desenvolver o câncer de mama pode estar relacionado com a idade avançada, a vida reprodutiva da mulher, a história familiar e pessoal, os hábitos de vida e, ainda, as influências ambientais.
Apesar do avanço da medicina, o câncer de mama é a segunda neoplasia maligna com maior incidência entre as mulheres brasileiras (INCA, 2005). Sobre os fatores de risco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) postula que a história familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) foram acometidas antes dos 50 anos de idade (BRASIL, 2008). A idade constitui outro importante fator de risco, havendo um aumento significativo da incidência de câncer de mama associado ao aumento de idade. Também são fatores de risco para o câncer de mama: menarca precoce, ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade. Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais com o aumento do risco para o câncer de mama, apontando para certos subgrupos de mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição à radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
1.2 Prevenção do câncer de mama
Um dos fatores de prevenção do câncer de mama é evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.
1.3 Autoexame
Figura 1: Autoexame de mama
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