CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL- CAPS: REFLEXÕES SOBRE O SERVIÇO E SOBRE O TRABALHO DO PSICÓLOGO

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Prof. Gilmario Rebouças

Disc. Estágio Básico I

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL- CAPS: REFLEXÕES SOBRE O SERVIÇO E SOBRE O TRABALHO DO PSICÓLOGO

Sofia Martins de Brito

Santa Quitéria – CE

2018

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL- CAPS: REFLEXÕES SOBRE O SERVIÇO E SOBRE O TRABALHO DO PSICÓLOGO

                                                     

                                                                                              Sofia Martins de Brito

  1.  Caracterização do local visitado

  1.1 Histórico de Criação

O Caps, centro de atenção psicossocial foi criado a partir da reforma psiquiátrica que aconteceu na década de 70. Com o intuito de melhorar o tratamento dos ditos como loucos que existiam na época, eles eram muito mal tratados nos manicômios da época, e esses manicomios tinham a missão de acolher e envolver tudo que era expulso pela sociedade  ou que se auto excluia, com isso não possui muito serviço de manicômios. A Reforma Psiquiátrica reside no progressivo deslocamento do centro do cuidado para fora do hospital, em direção à comunidade, e eles são os dispositivos planejados desse movimento. O primeiro CAPS (centro de atenção psicossocial) surgiu no Brasil em 1987 na cidade de São Paulo.

A criação dele fez parte de um forte movimento social, primeiramente de trabalhadores de saúde mental que procuravam o avanço da assistência no Brasil e acusavam a situação instaval dos hospitais psiquiátricos, que ainda eram o único recurso determinado aos usuários que tinham transtornos mentais. Tem um grande fluxo de atendimento para poder prestar assistência de qualidade para as pessoas que precisam. Foram criados a partir da Portaria GM 224/92 que seriam estabelecidos como “unidades de saúde locais/regionalizadas.

É um serviço substitutivo de atenção de saúde mental que tem comprovado efetividade na mudança da internação de longos períodos, por um tratamento que não afasta os pacientes de suas famílias e da comunidade, mas que abrange os familiares no atendimento com a atenção necessária, colaborando na recuperação e na reintegração social do indivíduo com sofrimento psíquico. Ele substitui as internações em hospitais psiquiatricos. Os Caps podem se estabelecer em cinco modalidades: Caps I, Caps II e Caps III, CapsI (Criança e Adolescente) e CapsAD (Álcool e outras Drogas). A Reforma Psiquiátrica consiste no progressivo deslocamento do centro do cuidado para fora do hospital, em direção à comunidade, e os CAPS são os dispositivos estratégicos desse movimento.

1.2 Estrutura Física

É um serviço aberto à comunidade que trabalha através da atenção secundária ligado ao Sistema Único de Saúde que engloba a Rede de Atenção Integral à Saúde Mental (RAISM) que seria o lugar de referência e tratamento para pessoas com transtornos mentais como: psicose, neurose e demais quadros. Funciona semanalmente de Segunda a Sexta-feira, das 8 horas as 12, das 14 horas as 18 e foi pautado pelo Ministério da Saúde com isso o Caps obteve a classificação tipo II no ano de 2002.

 O Caps tem seus princípios que seria o acolhimento com ele visa a recepção de forma integral e humanizada, a responsabilidade possibilita ações preventivas, curativas e reabilitadoras, o vínculo que é a troca de afetos positivos usados como ações terapêuticas e o contrato de cuidados seriam o direito e deveres dos usuarios na vinculação com a equipe de saúde mental.

1.3 Composição da Equipe

 

A equipe formada para coordenar e trabalhar é constituída por um psiquiatra, psicólogo, médico, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, educador físico, artesão, auxiliar de serviço social, motorista, pedagogo, estes profissionais são capacitados para promover um serviço com comprometimento com os propósitos da Instituição.

1.4 Acolhimento/Triagem

* Quem e como são recebidos os usuários?

 Os usuários são recebidos na recepção pela coordenadora e assistente social do Caps Rosiane Rocha Araújo e feito uma ficha ou aberto um prontuário. O paciente tem que possuir receita médica ou encaminhamento médico, trazer documentos pessoais. Caso a pessoa seja atendida no Caps ela primeiro deve passar pelo o Posto de Saúde para depois ser encaminhada pelo o Caps. O Caps recebe pessoas com transtornos graves e severos.

   

* Como é feita a triagem?

 De acordo com assistente social do Caps Rosiane Rocha Araújo, a pessoa é acolhida, com isso é feita uma escuta com os pacientes e uma avaliação também, dessa maneira vendo a necessidade do sujeito se ele precisar ficar dentro do serviço especializado ou não ou então seria um caso de caps, um caso grave porque a proposta seria que a pessoa fosse avaliada e seja acompanhado e tem essa proposta a atenção primaria da longitudinalidade de perparçar em toda a vida daquele sujeito dando essa continualidade do cuidado e tem a integralidade também que seria  dentro do território.

* Como se dá o atendimento, encaminhamento e a resolutividade nestes locais?

         Segundo o Manual do Caps sobre a saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial no ano de 2004 o atendimento acontece no período diuturno para as pessoas que sofrem com transtornos mentais persistentes e severos, no seu território próprio, com isso trazendo cuidados clínicos e de reabilitação psicossocial, com o propósito de suspender as internações e proporcionar o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários.

Já o encaminhamento se faz através da pessoa com transtorno mental e com sofrimento psíquico, ela deve ser orientada a buscar atendimento na unidade de saúde do seu bairro, onde a equipe de saúde vai avaliar o caso e dependendo da dificuldade, poderá então receber assistência na unidade de saúde ou em tal caso ser encaminhado para o CAPS, às vezes também o usuário pode vim por demanda espontânea.

Para saber se o paciente se adapta no atendimento do Caps é necessário fazer uma inscrição e depois uma avaliação, caso o paciente não se adapte ele será encaminhado para outro setor.