COMO PIAGET VÊ O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

INTRODUÇÃO:

O desenvolvimento infantil é a parte mais importante do desenvolvimento

cognitivo e social de uma pessoa, essa fase é marcada por aprendizado imenso,

de diversas formas de conhecimento, sejam esses científicos ou socioafetivos,

tanto que alguns “problemas” que uma criança venha a ter pode influenciar

diretamente no resto da sua vida. Quais são as capacidades de aprendizado de

uma criança baseada na sua idade? qual a influência do meio nesse processo?

Qual a ordem de reação da criança em relação as habilidades desenvolvidas?

Responderemos essas e outras perguntas que nos foram apresentadas

por Piaget ao publicar sua teoria sobre desenvolvimento cognitivo em 1952.

ESTRUTURA DAS FASES:

Assim como tudo na vida, o desenvolvimento também é composto

por fases. O período da infância é composto por 4 fases;

*sensório-motora (0 a 2 anos):Durante este estágio, as crianças

aprendem a estruturar o conceito de permanência do objeto; saber que mesmo

que não possa ver o objeto ele ainda existe, aprendem representação mental

dos objetos; estrutura de memória. Essa memória é desenvolvida através dos

sentidos e manipulação dos objetos ao seu redor. (primeiro resquício de

estrutura de memória)

*pré-operacional (2 a 7 anos): estruturação da interpretação metafórica e

noção de tempo. Desenvolvimento da imaginação e memória. Comportamento

egocêntrico; dificuldade de entender o ponto de vista dos outros.

*operacional concreto (7 a 11 anos):momento de grande importância do

desenvolvimento humano; considerado a grande virada do de desenvolvimento

cognitivo já que a criança começa a ter consciência dos sentimentos alheios a

ela, mesmo que agora sua interpretação seja para descobrir suas funções

sociais e vontades perante o mundo.

*operacional formal (11 anos ou mais): até o final da vida adulta. Uso da

lógica para a vida, planejar a vida e controlar sua influência no mundo.

ONDE ESTÃO ESSAS CRIANÇAS:

Onde estão essas crianças nessas fases que vão do nascimento até o fim

da vida? A maioria de nós, devido as convenções sociais as quais todos estamos

inclusos, estão na escola, desenvolvendo nosso intelecto científico e as relações

sociais secundárias (fora da família).

Tendo isso em vista, a parte mais importante do nosso

desenvolvimento tem um acompanhamento familiar reduzido, sendo por falta de

tempo dos pais, desinteresse, ou até mesmos desequilíbrios emocionais

recorrentes de aspectos alheios a vida da criança exclusivamente. Esse

desafeto, mesmo que não proposital pode e vai influenciar de maneira negativa

na criança, podendo até desenvolver depressão ou uma necessidade extrema

de atenção, por falta da mesma.

Geralmente a identificação de tais aspectos é feita por profissionais

da educação, como: professores, pedagogos, psicólogos escolares, entre

outros. O que torna esse problema ainda mais frequente e não tratado, não pela

inexperiência ou imperícia desse corpo escolar, mas sim pela demanda de

alunos que as salas de aula vêm a ter, ainda é uma proporção muito alta de

alunos para de educadores.

Tal fato deixa claro que mesmo se quisessem realizar esse trabalho de

“manutenção” psicológica dos alunos, a equipe ainda assim teria algumas

questões