Cancer
Artigo: Cancer. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marrianny • 30/4/2014 • 523 Palavras (3 Páginas) • 631 Visualizações
Conheça os aspectos psicológicos relacionados ao diagnóstico de câncer
A incerteza de um futuro e alteração do cotidiano torna os pacientes fragilizados
O diagnóstico de câncer continua se constituindo em um momento particularmente difícil e gerador de intensa angústia na vida de uma pessoa em função de uma série de aspectos que são mobilizados. A ruptura na forma habitual de vida, a incerteza e a insegurança de futuro, o caminho de um tratamento incerto, por vezes, doloroso e prolongado, associada ao estigma de uma época em que não havia tratamento disponível e a possibilidade da morte era iminente. Estes são aspectos determinantes na configuração de um estado de crise em que a fragilidade emocional torna-se uma esperada consequência.
Apesar dos importantes avanços na área da oncologia, particularmente no que se refere às possibilidades terapêuticas, o diagnóstico de câncer comumente ainda continua sendo uma doença bastante estigmatizada, carregada de preconceitos e mistérios e estimuladora de fantasias irracionais abalando a integridade psicológica dos pacientes, tornando-os fragilizados e vulneráveis, fazendo com que o paciente se volte para si mesmo ou utiliza mecanismos psicológicos de defesa.
Tais mecanismos de defesa têm dupla finalidade: lutar contra a angústia desencadeada diante da ameaça da doença e estabelecer uma nova maneira de relacionamento da pessoa doente com o meio e consigo mesma. Sendo que, estas formas de relacionamentos são as mais variadas possíveis, como agressividade, recusa ao tratamento, baixa auto-estima e etc., dificultando assim a relação do paciente com sua família e equipe de saúde.
O impacto do diagnóstico pode definir diversos sentimentos de difícil elaboração que variam de acordo com os recursos de cada paciente: a idade do paciente, dinâmica familiar, insegurança na relação médico-paciente, tipo de câncer, do momento de vida, de experiências anteriores e de informações que recebeu no convívio familiar, social e cultural que nasceu e desenvolveu.
Normalmente o paciente é acometido de raiva, medo, culpa, ressentimento e revolta, que são permeados pela incerteza e a insegurança do futuro, sendo estas, variáveis importantes para o desenvolvimento dos quadros de ansiedade e depressão.
Esta depressão pode estar relacionada também ao fato de o paciente não conseguir manter uma atitude de aceitação interior. Não conseguindo negar a doença, vê-se obrigado a novas readaptações, como a rotina dos tratamentos, internação hospitalar, sendo este, motivo de grande apreensão e sofrimento, pois exige um afastamento de tudo aquilo que lhe é familiar e conhecido, trazendo vivências de isolamento, abandono e rompimento de laços afetivos, sociais, profissionais, etc.
A família do paciente também vivencia este momento com incerteza e insegurança, impotência e culpa. Sofre se angustia, se desespera se anima, se deprime, sente pena, e pode funcionar tanto como um elemento de auxílio ou como um elemento que exacerba a condição de deficiência e dependência. Em geral, as famílias mais coesas renovam e tendem a unir-se para atender as necessidades imediatas, elaborar a aceitação da doença e enfrentar as dúvidas quanto ao futuro incerto. As mais vulneráveis costumam se fragmentar.
Os efeitos colaterais,
...