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Caracteristicas Dos Anos 80

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Por:   •  9/5/2014  •  1.813 Palavras (8 Páginas)  •  373 Visualizações

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Em 1979, iniciou-se o governo do general Figueiredo, tendo como ministro da Fazenda Karlos Rischbiter, como ministro da agricultura Delfim Netto e como ministro do planejamento Mario Henrique Simonsen. Este defendia um rigoroso ajuste fiscal, corte nos gastos e nos investimentos que não tinham prioridade, visando a melhoria das contas em transações correntes e o controle do processo de endividamento externo, optando por seguir uma política ortodoxa.

Por outro lado, figurava a oposição composta por Delfim, do Planejamento e por Andreazza, do Interior. Estes defendiam uma política heterodoxa, que era baseada no crescimento econômico a qualquer custo, tendo em vista um rápido desenvolvimento da economia no país. Logo, traçou-se uma disputa política relacionada aos rumos da economia brasileira, assim Delfim Netto acabou substituindo Simonsen no Ministério do Planejamento. Delfim queria reeditar o milagre econômico, mesmo sabendo que a situação externa estava desfavorável. Com o segundo choque do petróleo e a alta dos juros externos, ele não teve outra saída a não ser mudar a condução da politica econômica.

Dentre essas razões, este período ficou conhecido como a "década perdida", caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit publico, pelo crescimento da divida externa e interna e pela ascensão inflacionaria.

Devido ao agravamento da crise econômica e ao aumento das pressões sobre o governo militar, acabaram tornando inviável a continuação desse tipo de governo, e assim em 1985, iniciou uma nova forma de governar o paìs, um governo civil em que o presidente seria eleito de forma indireta através do Congresso Nacional.

Desenvolvimento

Embora seja um tema relativamente constante do noticiário econômico brasileiro dos últimos 40 anos, foi na década de 1980 que a inflação brasileira intensificou-se como nunca ocorreu antes. A alta dos juros internacionais, desde 1979, e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, e continuaram a crescer ano a ano. Em 1986, o governo tentou conter a inflação com o Plano Cruzado, mas conseguiu apenas baixá-la para 62% ao ano. Assim, após mais três planos econômicos de contenção, a década encerrou-se com o Brasil às portas da hiperinflação, com a marca de 1764% ao ano em 1989, chegando ao máximo de 6584% para o período dos últimos 12 meses, em abril de 1990

O Brasil é resultado de um amplo conjunto de causas entre as quais, o peso insustentável da dívida externa, o imobilismo gerado por uma excessiva proteção à indústria nacional, o fracasso dos programas de estabilização no combate à inflação e o esgotamento de um modelo desenvolvimentista, baseado fundamentalmente na intervenção generalizada do Estado na economia, esgotamento esse assente na crise do Estado brasileiro que diminuiu sensivelmente a sua capacidade de investimento, retirando-lhe grande papel de principal promotor do desenvolvimento.

Desde então, refletindo a crise econômica internacional (explosão dos preços do petróleo e problemas econômicos nos países industrializados), a inflação brasileira cresceu desde final de 73, chegando a 76% ao ano em 1979 assim nesse período, o padrão de crescimento baseado no financiamento externo ou estatal, através do investimento direto do Estado ou do investimento privado subsidiado, que tinha prevalecido durante a década de setenta. Nesse período o Brasil vivia alta dos juros internacionais, desde 1979, e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, que ultrapassaram a marca dos 100% (três dígitos) ao ano em 1981, e continuaram a crescer ano a ano sendo que em 1982 foi quando o fluxo de financiamento externo cessou devido a declaração de Moratória do México o que deixou o mercado apreensivo.

A crise nacional se acentua e o Brasil perde o controle do seu rumo devido a utilização de uma política equivoca. O mundo estava em recessão e a política defendida era a desenvolvimentista assim assume o cargo do Ministério do planejamento Delfin Netto que tinha em mente reeditar o milagre econômico que ocorreu na década anterior. A tentativa não obteve êxito contribuindo ainda mais para o aprofundamento da economia brasileira, pois era necessário capital estrangeiro para financiar o plano. Como a economia mundial estava em recessão e com as devidas crises do petróleo as taxas de juros estavam muito oscilantes e o úncio modo que o Brasil conseguiu financiar o planejamento foi adotando taxas de juros não fixas, deste modo, a dívida ficava muito vulnerável com a alta dos juros internacionais, desde 1979.

A política heterodoxa adotada por Delfin Netto não estava adequada ao momento econômico, o Brasil percebeu isto apenas em 1981 quando não teve outra saída a não ser pedir auxílio ao FMI que vem ao país com o intuito de controlar a economia interna e fazer com que o país quite suas dívidas. Assim Delfin concretiza-se que deveria adotar a política ortodoxa que antes havia sido defendida por Simonsen, já que e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, que ultrapassaram a marca dos 100% (três dígitos) ao ano em 1981, e continuaram a crescer ano a ano.

As políticas econômicas ortodoxas, em função dos desequilíbrios desta economia, como a inflação e o desequilíbrio externo, estavam geralmente contidas nas recomendações do Fundo Monetário Internacional e consistiam basicamente em:

Reduzir as despesas do Estado e equilibrar o orçamento público;

Reduzir e controlar a quantidade de moeda em circulação;

Liberalizar os preços de quaisquer tabelamentos;

Liberalizar a taxa de juros;

Liberalizar a taxa de câmbio;

Eliminar todos os subsídios;

Reduzir os salários dos setores público e privado.

È possível observar que a exceção da proposta para os salários, todas as demais são liberalizantes Aliás, uma constante das propostas ortodoxas de política econômica, sempre foi o arrocho salarial, adotado em nome do combate a inflação. Se a inflação e o desequilíbrio externo decorrem das distorções do mercado e do excesso de procura agregada, há que corrigir essas distorções

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