Caso Clínico Transtorno Distímico
Por: Nathy Ferraz • 15/10/2015 • Trabalho acadêmico • 778 Palavras (4 Páginas) • 260 Visualizações
Q. T. R. C., 19 anos, solteira, estudante. Q. T. R. C., relata que há 2 anos os sintomas começaram a parecer: se sentira triste quase todos os dias e a maior parte do dia, não tinha vontade de fazer nada, perdeu o ânimo para fazer as coisas que antes lhe davam prazer, tinha pensamentos de morte e chegou a tentar o suicídio por meio de cortes nos pulsos e tomando remédios.
Q. T. R. C., relatou que aos 5 anos os pais se separaram, e que marcou bastante a sua vida. Ela citou que presenciava as brigas dos pais o que acabou acarretou a separação, sua mãe ficou sozinha para cuidar de 2 filhas, e sua mãe acabou perdendo o emprego, tendo que ser ajudadas pelos vizinhos. Se sentia excluída da família, achava que seus pais tratavam melhor sua irmã.
No ensino médio começou a ter problemas com enxaqueca e por conta disso não saia e nem ia para o colégio, e isso acabou isolando-a. Em outro momento acabou tento problemas na coluna, quase perdendo o movimento as pernas, fez cirurgia e conseguiu superar. Por conta desse problema na coluna, a entrevistada não pode prestar o vestibular o que fez a sua autoestima ficar baixa.
Depois disso começou a se isolar, perdeu o apetite, e quando comia acabava vomitando, essa fase durou mais ou menos 4 meses. Ficava isolada no quarto, não se comunicava com a família. A entrevistada relatou que tinha consciência da sua situação, mas não tinha forças para mudar. Aos poucos foi perdendo a vontade de fazer as coisas. Se cortava na intenção de aliviar as suas dores. Logo depois começou a usar drogas (maconnha, bad, lsd e cocaína), no início se sentia muito bem, mas logo depois de começar a usar drogas as coisas pioraram, e por si mesma parou de usar as drogas. Todo quadro de tristeza, solidão, se agravou, ficava muito irritada e só queria chorar. Se isolou e não quis mais sair de casa.
Não aguentando mais a situação, começou a se cortar no intuito de se matar, mas certa noite acabou s sentindo culpada e arrependida, que resolveu mostrar a sua mãe, que logo começou a procurar ajuda. Foi diagnosticada com transtorno distímico pelo psiquiatra do CAPS 2, e logo começou a fazer terapia e a tomar remédios. Iniciou na terapia de grupos para tentar se enturmar, mas não foi muito eficaz. Até hoje faz as oficinas que o CAPS 2 oferece.
A entrevistada relata que agora sai mais, ainda tem dificuldades em se relacionar, mas que não se isola mais, e que o relacionamento em casa melhorou. Não soube informar se a sua família tem histórico de doenças psicológicas.
Q. T. R. C., ressalta que após o tratamento, não apresentou mais sintomas depressivos e sua vida voltou à normalidade. Já se relaciona normalmente com as outras pessoas, tem vontade de realizar suas atividades e que melhorou o relacionamento com sua família.
Anexo
Entrevista psiquiátrica:
- Queixa principal: Eu sentia uma tristeza, o dia todo e quase os dias, não tinha mais ânimo para fazer as coisas que antes me davam prazer, tinha apenas vontade de chorar. Tive perca de peso, muita insônia, problemas de concentração, pensava constantemente na minha morte e como iria me matar, acabei cortando meus pulsos e tomando muitos remédios de uma só vez.
Motivo do Atendimento: Meu relacionamento com meus familiares, e a preocupação da minha mãe comigo, e logo tive a consciência que isso seria o certo a se fazer no momento.
História Clínica: Consultei médicos psiquiátricos, onde fui diagnosticada com Transtorno Distímico, logo me receitaram antidepressivos e terapia. Não tive recaídas e hoje vivo normalmente, sem nenhum problema psicológico. Nunca fui internada em hospitais psiquiátricos.
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