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Ciencia é Vida

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Por:   •  21/5/2013  •  800 Palavras (4 Páginas)  •  375 Visualizações

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O acelerado processo de urbanização, é o fator responsável pelo agravamento dos problemas relacionados as inundações nas cidades, aumentando a freqüência e os níveis de cheias. Isto ocorre devido a impermeabilização crescente das bacias hidrográficas, e a ocupação inadequada das regiões ribeirinhas aos cursos d’água.

Além disso, a inexistência de Planos Diretores de Drenagem Urbana, que procurem equacionar os problemas de drenagem scasos a modelos matemáticos, sem no entanto aconselharem a utilização de qualquer um

em particular.

5.4.2. Métodos de cálculo tradicionais em Portugal

A situação portuguesa, no que respeita a métodos de cálculo de caudais pluviais em

áreas urbanas, tem-se caracterizado, nos últimos vinte anos, pela utilização quase

generalizada do método racional e do método racional generalizado (Costa 1956 e

1983) e pela utilização mais restrita do método italiano ou método dos volumes de

armazenamento e método de Martino (Lencastre 1952 e Cary e Salsinha 1983).

Outros métodos ou procedimentos, como os procedimentos dos Serviços de

Conservação do Solo dos Estados Unidos da América (S.C.S.), terão tido aplicação

muito mais restrita em Portugal.

Em bacias rurais ou semi-rurais, e de média e grande extensão, a aplicação dos métodos

atrás referidos não é recomendável, dispondo a comunidade técnico-científica de

diversos modelos, mais complexos e mais apropriados. Entre esses inclui-se, por

exemplo, o modelo determinístico conceptual NWSIST, apresentado em Hipólito 1985.

Ao contrário das bacias rurais, as bacias urbanas são caracterizadas por uma

consideravelmente maior impermeabilização dos solos (afecta à construção dos

edifícios, vias de comunicação, parques de estacionamento, etc...), e à existência de

extensas redes de colectores, com o consequente aumento das velocidades de

escoamento e redução do tempo de resposta das bacias de drenagem. As bacias ou sub-

-bacias urbanas são, também, em regra, de pequena dimensão, raramente excedendo a

centena de hectares. 92

Embora estas folhas não tenham como objectivo principal a análise de métodos de

cálculo de caudais pluviais, entendeu-se recomendável relembrar e apreciar as

limitações do método racional e método racional generalizado, tendo em conta a sua

aplicação a bacias de drenagem urbanas.

MÉTODO RACIONAL - COEFICIENTE C

A origem e autoria dos princípios da fórmula racional (embora à data não intitulada

como tal) é atribuída a Mulvaney, engenheiro irlandês que em 1851 publicou o artigo

“On the use of the self-registering and flood gauges in making observations on the

relation of rainfall and flood discharges in a given catchment”. Esta publicação foi no

entanto completamente ignorada até 1889, altura em que Emil Kuickling, engenheiro

municipal de Rochester (estado de Nova York) introduziu a expressão nos Estados

Unidos da América intitulando-a de fórmula racional. Esta fórmula foi posteriormente

divulgada em Inglaterra por Lloyd-Davis, e a sua utilização generalizou-se a muitos

outros países, nas décadas que se seguiram.

O método racional, aplicado à determinação de caudais de ponta pluviais,

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