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Colagem: uma prática no psicodiagnóstico

Por:   •  3/4/2016  •  Resenha  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  4.869 Visualizações

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LOPES, L.C.P.; FERREIRA, M.F.M.; SANTIAGO, M.D.E. Colagem: uma prática no psicodiagnóstico. In______Psicodiagnóstico Interventivo. São Paulo, Ed. Cortez, 2013. Cap. VI

As autoras iniciam o texto esclarecendo que para que se possa fazer um psicodiagnóstico correto é necessário que o psicólogo domine a teoria e prática das ferramentas que pretende utilizar ao longo do processo.

Ressaltam que foi com o advento dos testes psicológicos que a psicologia se consolidou e ganhou autonomia. Porém, nos dias de hoje, existem muitas discussões a respeito da utilização de testes psicométricos, uma vez que o mau uso de seus resultados pode classificar e consequentemente causar exclusão social nos pacientes que se submeteram à eles. Além do mais, para que um psicodiagnóstico seja bem feito, é necessário considerar aspectos biológicos, psíquicos e sociais do indivíduo, sendo que o resultado do teste não pode ter o poder definitivo no final do processo.

Considerando a Resolução nº 002/2003 do Conselho Federal de Psicologia, que postula ser falta de ética do profissional psicólogo a utilização de testes psicológicos que não são aprovados pelo próprio CFP, fez com que testes anteriormente utilizados fossem descartados e como consequência disso houve uma diminuição nas opções a serem utilizadas. Foi como forma de obtenção de um novo recurso para o processo diagnóstico que Violet Oaklander (1980) desenvolveu, baseada na teoria da Gestalt, o recurso de colagem, que consiste em oferecer ao paciente figuras cortadas de revista, cartolina, cola, tesoura, lápis e canetas, para que ele possa colar da forma como quiser algumas figuras na cartolina de acordo com o tema proposto pelo psicólogo.

Esta técnica pode ser realizada em grupo, individualmente, com crianças e seus pais ou somente com os pais na presença dos filhos. As figuras são previamente recortadas pelos estagiários e supervisores, de forma a abordar temas diversos, com o cuidado de não utilizar imagens de figuras públicas para não limitar as associações do paciente e consequentemente a análise do material. Outro cuidado a ser tomado é de não oferecer somente figuras associadas a aspectos já revelados pelo paciente para que suas possibilidades não fiquem restritas ao que já foi apresentado ao psicólogo.

Para iniciar a colagem os estagiários e supervisores pedem ao paciente que faça colagens representando aquilo que gosta ou não gosta em si mesmo. Outros temas que também podem ser trabalhados são o ambiente familiar, percepção de situações internas, pensamentos e sentimentos, etc.

É importante observar as falas do paciente, sua forma de exploração, figuras que chamam sua atenção mas não são escolhidas, a qualidade da interação entre pais e filhos nos casos de colagem em que ambos participam juntos, como usam o espaço da cartolina, se as figuras estão invertidas, se se concentram na parte inferior, superior, esquerda ou direita da cartolina, se recortam parte da figura para excluir alguma parte, e que tipos de figura a criança tem preferência.

É comum que as crianças queiram mostrar suas produções aos pais ou responsáveis e nessas ocasiões propõem um jogo de adivinhação que consiste em apresentar aos pais cartolinas de todas as crianças a fim de que identifiquem qual é a sua. Esta situação permite uma aproximação afetiva bem como o reconhecimento

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