Competência Interpessoal Em Ambiente De Trabalho

COMPETÊNCIA INTERPESSOAL EM AMBIENTE DE TRABALHO

O Homem carrega consigo uma bagagem de características que faz dele um ser singular. Cada ser humano é fruto da interação de uma carga genética e de influências ambientais que vão se cristalizando pela vida a fora, de acordo com as experiências vivenciadas.

Desde o seu nascimento, essas experiências vão marcando uma individualidade que confere, a cada um, o sentir próprio, o perceber particular, valores, ideais, que são características próprias e que norteiam seu posicionamento perante a sociedade.

Assim, ao se tornar um indivíduo, o homem percebe as coisas ao seu redor de uma maneira única e intransferível, assumindo uma posição existencial que tem a ver com preconceitos e valores cristalizados ao longo do tempo. Essa individualidade deve encontrar lugar na diversidade dos ambientes nos quais o homem se insere e precisa, ao mesmo tempo, acolher a individualidade dos que com ele privam de um núcleo social, sendo isso preponderante para uma convivência produtiva.

A preocupação com o relacionamento em situação de trabalho traduz o interesse dos membros de uma equipe pelo aprimoramento de seu desempenho, em um ambiente que privilegie a interdependência, sem, contudo, desfavorecer a manifestação adequada de sua individualidade.

O exercício desse aprimoramento exige do indivíduo que promova mudanças em seu comportamento, revise paradigmas e se disponha, muitas vezes, a modificar modelos mentais cristalizados ao longo de vivências significativas experimentadas até então.

REVISÃO DE PARADIGMAS

Paradigmas, ou modelos mentais, são idéias e princípios profundamente interiorizados, que influenciam o nosso comportamento e que direcionam os nossos passos.

Dentro das organizações, muitas vezes vemos grandes idéias, soluções criativas, sendo rejeitadas pela incompatibilidade com modelos mentais reacionários de quem detém o poder.

Quase sempre se pode concluir que a origem da estagnação organizacional está muito mais na posição existencial das pessoas do que nas características culturais de determinada organização.

A disposição para a mudança de paradigmas, muitas vezes, é a única saída saudável para o indivíduo que se propõe uma interação autêntica com o grupo do qual faz parte. Essa flexibilidade abre as portas para outras versões do mundo, nova percepção do outro, de si mesmo, predispondo para a criatividade e deixando espaço para novas possibilidades.

Entretanto, o ser humano somente se disponibiliza para a mudança quando a proposta é compatível com determinados estados psicológicos:

Consciência Crítica

O primeiro passo para um movimento de mudança é o reconhecimento de que ela é necessária; é fundamental uma análise da crítica do “status quo”.

Motivação

A motivação é como o propulsor, a mola que impulsiona o indivíduo para o processo de mudança. É o desejo, sem o qual, nada acontece. Se todas as outras variáveis forem favoráveis, mas não houver motivação, não