Conceitos psicologia

APOSTILA DE PISICOLOGIA JURÍDICA

PROFESSORA - CLÁUDIA

CONCEITO DE PSICOLOGIA JURÍDICA

     Para conhecermos por completo o homem criminoso, temos que estudar a sua vida psíquica, seus antecedentes
familiares, sua infância, adolescência, vida social, traumas, etc.

     A Psicologia Jurídica é a parte da Psicologia que, não só tem por objeto o estudo do estado mental que
são considerados perigosos para a sociedade, mas estuda também os fatores determinantes dos atos humanos e o
estado mental do criminoso.

- INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA DA PERSONALIDADE NA CONDUTA CRIMINOSA

O que deve ser investigado no comportamento anti-social. Numa conduta anti-social?

1- LOQUACIDADE/ CHARME SUPERCIAL
É dotado de fluência verbal, tem uma boa e divertida conversa, mas não é sincero. Está sempre pronto a dar
respostas rápidas e inteligentes, sendo capaz de contar improváveis, mas convincentes histórias que o colocam
em uma posição de evidência.

2- SUPERESTIMA
Impressiona com a sua arrogância. Mostra-se diante do advogado, do psicólogo, do juiz, como autoconfiante,
determinado e convencido, parece um ator representando seu papel.
Não se mostra constrangido ou sensibilizado pelos problemas legais que se encontra, está convencido de que as
circunstâncias são resultados de má-sorte, amigos infiéis ou de sistema de justiça criminal injusto e incompetente.

3- NECESSIDADE DE ESTIMULAÇÃO
Indivíduos que estão sempre á procura de uma situação nova e estímulos excitantes.
Caso contrário, se não alcançarem esta excitação eles tem tendência ao tédio.
Podem por exemplo, experimentar e usar drogas para ficar sempre estimulado.

4- MENTIRA PATOLÓGICA
A mentira e a fraude fazem parte da sua vida. Mesmo sabendo que pode ser desmascarado, ele simplesmente se
justifica emendando uma mentira na outra, mas não dá o braço a torcer.


5- VIGARICE OU MANIPULAÇÃO
Tem facilidade de manipular o outro.
Utiliza esquemas motivados pelo desejo de ganhos pessoais, tais como: dinheiro, sexo, status, poder, etc. e
fazem é claro sem pensar nas conseqüências.

6- AUSÊNCIA DE REMORSO OU CULPA
Demonstra tranqüilidade e frieza, não tem consideração nenhuma pelas conseqüências negativas de suas ações. Não
tem sentimento de culpa, não se arrepende do que fez e que agora não há razão para preocupações, pois o
problema está terminado.

7- DESCONTROLES COMPORTAMENTAIS
É descrito como "pavio curto" ou "cabeça quente". Ofende-se facilmente e se torna furioso e agressivo.

8- IMPULSIVIDADE
Geralmente faz as coisas "no calor do momento", é impulsivo.

9- IRRESPONSABILIDADE
Individuo que habitualmente não cumpre com obrigações e compromissos assumidos com os outros. Ele tem pouco ou
nenhum senso de obrigação ou lealdade para com a família, amigos, patrões, sociedade.

10- VERSATILIDADE CRIMINAL
Individuo adulto que se desenvolve em vários tipos de infrações. Está sempre metido em alguma encrenca.


     SUGESTÕES DE LIVROS:

- O ABUSADO - CACO BARCELOS
- COMANDO VERMELHO E PCC - CARLOS AMORIM



CRIMINOLOGIA

O OBJETO E O CONCEITO DE CRIMINOLOGIA

     É a ciência humano-social que estuda: o homem criminoso, a natureza de sua personalidade e os fatores
criminógenos.
     Estuda também a criminalidade, o grau de nocividade social, a insegurança, e a intranqüilidade que a
criminalidade é capaz de causar á sociedade.

     O objeto de estudo da criminologia é o homem criminoso.

        Quais são os fatores criminógenos, ou seja, os fatores que podem contribuir para que o homem se torne
um criminoso?

1- FATORES SÓCIO-FAMILIARES: a deterioração e o desajustamento da estrutura familiar. É onde está a raiz mais
profunda.

2- FATORES SÓCIO-ECONÔMICOS: de um lado a pobreza, a vadiagem, o desemprego. Do outro lado a riqueza, a
ganância descontrolada, a fraude, a falsificação.

3- FATORES SÓCIO-ÉTICO-PEDAGÓGICO; a ignorância, a falta de educação e a falta de formação moral.

4- FATORES SÓCIO-AMBIENTAIS: as más companhias, e más influências ambientais. Neste caso estão, por exemplo, os
menores carentes e abandonados, que são explorados e sofrem maus tratos, geralmente vivem em locais inadequados
e inconvenientes.
 "O fruto podre é capaz de contaminar e arruinar todos os outros que com ele tiverem contato".

5- FATORES GENÉTICOS: pesquisas mostram que existe uma elevada concordância entre comportamento criminoso dos
pais com comportamento criminoso de seus filhos.

6- FATORES ORGÂNICOS: são problemas de saúde tais como: problema relacionado ao cérebro ou qualquer outra
doença que venha desestruturar a pessoa. É uma condição patológica.

7- FATORES PSIQUICOS: quando a pessoa por algum motivo perde o senso moral.



VERIFICAÇÃO DE PERICULOSIDADE


     A Periculosidade é a capacidade potencial para o crime.

     A normalidade é quando o indivíduo respeita as normas e os padrões sociais do meio onde ele vive.

As características da periculosidade são:

- Falta de formação moral.
- Falta de senso de dever.
- De reprovabilidade de seus atos.
- Falta de piedade, de remorso ou vergonha.
- De refratariedade ao trabalho.
- Dificilmente se entrega à polícia.
- Dificilmente confessa seus crimes pacificamente.
- Não tem medo da pena e da prisão.
- Torna-se habitual ou profissional do crime.
- Pobreza geral de reações afetivas.
- Incapacidade de estabelecer vínculos afetivos.
- Irresponsabilidade, mentira e falta de sinceridade.
- Dificuldade em seguir qualquer plano de vida.
- Comportamento anti-social.

* O criminoso habitual é aquele que reincide pela 2ª vez na prática do crime da mesma natureza num período de
tempo inferior a 5 anos.

* A reincidência é um indicativo de periculosidade.



LINGUAGEM MÉDICA E LINGUAGEM JURÍDICA

No Direito Penal usa-se 4 termos para abranger toda a vasta nomenclatura médica psiquiátrica.

1-DOENÇA MENTAL: compreendem todas as demências que possuem um rebaixamento psíquico (falta de identidade pessoal).
EXEMPLOS:
- Psicoses (psicose epilética, psicose-maníaco-depressiva, psicose puerperal, esquizofrenia, psicose senil,
psicose por traumatismo craniano, etc).
-  Toxicomanias graves.
-  Alcoolismo crônico.

2-DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO: aqui estão classificados os indivíduos de inteligência baixa. São as
oligofrenias ou retardos mentais que se dividem em três:
 - Debilidade Mental Leve (corresponde a uma criança entre 7 e 10 anos)
                     - Debilidade Mental Moderada (corresponde a uma criança entre 3 e 7 anos) que seria a
imbecilidade.
                     - Debilidade Mental Grave (corresponde a uma criança de no máximo 3 anos) que seria a
Idiota (aqueles que só tem vida própria, mas não tem vida social).

3-DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO: entende-se:

- MENOR DE IDADE (menor de 18 anos).

- SILVÍCOLA: os índios considerados como incompletos são os aculturados, que carecem de identidade social, não
tem inscrição na FUNAI. Aqueles que são civilizados, que sabem ler e escrever, poderão ser julgados normalmente.

 -SURDO-MUDO: antigamente o surdo-mudo era visto como um inválido socialmente. Um isolado na vida. Hoje em dia
existem novas técnicas de cirurgias, aparelhos para surdo-mudez, tratamento de reeducação, etc., que mudaram
muito este quadro.
Mas acredita-se que as sensações auditivas são importantíssimas para colocar o indivíduo em contato com o mundo
exterior. E que devido a esta deficiência o indivíduo pode apresentar certa dificuldade de relacionamento com o
mundo, apresentar impulsividade, sentimento de inferioridade, agressividade, e até mesmo desenvolver uma doença
mental.
Assim como no caso do silvícola, é preciso avaliar muito bem o caso e saber o grau de discernimento deste
indivíduo.
Tanto o surdo-mudo como o cego não podem ser testemunhas.


4-PERTURBAÇÃO DA SAÚDE  MENTAL: são aquelas doenças que ficam entre a loucura e a normalidade, que ficam entre
a fronteira do normal e do patológico. São os indivíduos fronteiriços.
EXEMPLO: as neuroses, síndrome do pânico, transtornos de comportamento, alcoolismo moderado, toxicomania
moderada, estresse, alguns casos de epilepsia, etc.
O perito (psicólogo ou psiquiatra) após avaliação do individuo deverá encaixá-lo numa dessas 4 categorias no
Código Penal.

NO DIREITO CIVIL - a terminologia empregada sempre foi muito diferente do Direito Penal.

No Código Civil de 1916, existia apenas um único termo para englobar todas as patologias mentais: "loucos de
todo o gênero".

Loucos de todo o gênero - aqui compreendia os casos que no Direito Penal são os doentes mentais, as psicoses,
alcoolismo crônico, toxicomania grave e alguns casos de desenvolvimento mental retardado (moderado e o grave).

Estavam excluídos os casos de desenvolvimento mental incompleto e os casos de perturbação da saúde mental e o
desenvolvimento mental leve.

Já no Novo Código Civil, que entrou em vigor em 2003, "são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os
atos da vida civil - o que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos".

 Estes termos enfermidade ou deficiência mental são muito amplos.
Assim pelas várias carências e imprecisões do Código Civil, no que diz respeito à Psiquiatria Forense, o melhor
que o perito tem a fazer é adequar à linguagem do Código Penal, que engloba todas as patologias.




RESPONSABILIDADE PENAL E IMPUTABILIDADE

  Todo indivíduo que comete um delito, um crime, deve responder perante a justiça por aquilo que praticou.

  E a obrigação ou o direito de responder perante a lei por um fato cometido é chamado de responsabilidade
penal. Então aqueles que praticam algum delito, a justiça imputa o dever de responder por elas.

1- IMPUTABILIDADE PENAL: é a capacidade para ser culpável. É a possibilidade de se atribuir a alguém a
responsabilidade por algum fato. Art. 26.
Imputável é então, todo indivíduo mentalmente são  dotados da capacidade de sentir-se responsável pelo ato
praticado. Ele tem entendimento, consciência do crime que cometeu.

2- INIMPUTABILIDADE: é a incapacidade para ser culpável. Não tem consciência dos seus atos. Fica isento da pena.
Considera-se inimputável aquele que em razão de sua condição   mental era, ao tempo da ação totalmente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato.

3- SEMI-IMPUTABILIDADE: é quando o agente ao tempo da ação estava parcialmente privado de sua capacidade de
entender o caráter ilícito do fato. Ele perde apenas parcialmente a capacidade de entendimento e de
autodeterminação.  A pena será reduzida de 1/3 a 2/3.




SIMULAÇAO DE LOUCURA E MENTIRA

     Estatisticamente, a simulação se dá com maior freqüência em processos de verificação de dependência
toxicológica; depois, em ações trabalhistas e em último lugar em processos criminais de imputabilidade penal.

SIMULAR significa "fazer parecer real" - o que por si não é.

     A simulação é uma tentativa de criar um conjunto de sinais e sintomas que convença o médico, o perito, o
advogado ou outro profissional, cujo objetivo é simular uma doença mental ou uma situação que convença ou
engane o profissional.
     Nos processos criminais envolvendo drogas, via de regra, o traficante mente, pois, deseja passar por
viciado e todo viciado deseja minimizar o próprio vício. No primeiro caso, sendo dado como viciado, em vez de
pena corporal, pode pegar medida de segurança consistente em tratamento; no segundo caso, minimiza o vício
pretendendo com isso tratamento ambulatorial, em vez de internação em hospital.
     Outras situações muito freqüentes em simulação, são nos casos de aposentadoria, benefícios, indenização,
esquivar do serviço militar, fugir do trabalho, obter compensação financeira (aposentadoria por invalidez,
fugir de processos criminais).
     Nos processos de imputabilidade penal a maioria dos casos de simulação ocorre nos crimes de estelionato.
O estelionatário é bastante afeito a esse tipo ardil, enganando juizes, advogados, promotores e, ao chegar ao
perito, se esse não estiver bem preparado, acaba caindo na encenação do fraudador.
     A simulação pode apresentar vários tipos de queixas como, por exemplo, dor abdominal aguda, febre alta
(manipulam um termômetro para criar a impressão de febre), pressão alta (tornam todas para a pressão subir),
simulação de uma convulsão.
     Outros chegam ao extremo de se hospitalizarem e realizarem intervenções cirúrgicas geralmente em serviços
de emergência onde às vezes não há tempo ou interesse na análise do quadro do paciente.

MENTIRA

     A simulação e a mentira são "ramos nascidos do tronco comum do engano, da astúcia, em aberta oposição com
a violência".
A mentira é a falsificação proposital de fatos, informações e afirmações, com o objetivo de levar alguém a engano.
     A mentira também pode ser de natureza doentia, é assim chamada de mentira patológica.
     O mentiroso patológico é pouco reflexivo, e muito superficial e imprevidente, vai mentindo e dando asas à
sua rica fantasia, sem se preocupar em aprofundar e aquilatar o que diz, não se dando conta de que muitas vezes
esta caindo no ridículo.

MITOMANIA

     É quando o individuo mente e acredita na própria mentira, sem critica sobre esse estado patológico.
     Normalmente o paciente apresenta delírio de grandeza e, na maioria das vezes, delírio de enormidade.
     Pode ser encontrada nos psicopatas e nas histerias.

FABULAÇÃO

     O conteúdo da mentira é fantástico, são narrativas de fatos e de detalhes inverídicos, ditos com
segurança, como um recurso de momento, cuja improvisação precária e fragmentária não tem lógica nem
continuidade, o que torna o fabulador incapaz de contestar as objeções que se lhe fazem.

PSEUDOLOGIA FANTÁSTICA

     Consiste na narração de uma historia extraordinária e impossível, sem finalidade aparente, proveniente de
hiperatividade da imaginação.
     A pseudologia fantástica está no meio do caminho entre a mentira simples e o delírio, dando ao individuo
um estado de compreensão e expressão que consiste em miscelânea de fatos reais e irreais.



TRANSTORNOS SEXUAIS


Os transtornos sexuais podem ser divididos em:

1- Transtorno do Desejo Sexual
2- Parafilias
3- Transtornos de Identidade de Gênero

1- TRANSTORNOS DO DESEJO SEXUAL:

A- HIPOATIVIDADE SEXUAL: deficiência ou ausência de fantasias sexuais e de desejo de ter atividade sexual.

B- AVERSÃO SEXUAL: esquiva ativa ao contato sexual.

C- FRIGIDEZ: incapacidade de manter excitação adequada para o ato sexual.

D- IMPOTÊNCIA ERÉTIL: incapacidade de manter ereção adequada durante o ato sexual.

E- DISPAREUNIA: dor genital associada ao coito, que pode ocorrer antes, durante ou depois do ato sexual -
ocorre tanto em homens como em mulheres.

F- VAGINISMO: contração involuntária da musculatura perineal.

2- PARAFILIAS

     As parafilias são caracterizadas por fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que
envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo
no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

     Muitas parafilias são consideradas atos sexuais criminosos como, por exemplo, a pedofilia, exibicionismo,
o sadismo, etc.
     Esses indivíduos raramente buscam auxílio por conta própria e muitos possuem mais de uma parafilia.

     Para ser considerado parafilia, esse comportamento deverá ocorrer durante um período mínimo de 6 meses.

     Certas fantasias e comportamentos associados com as parafilias podem iniciar na infância ou na
adolescência e inicio da fase adulta e podem continuar ao longo de toda a vida, vai depender do envolvimento na
parafilia.
     Muitas vezes estão associadas às doenças mentais, ao retardo mental, a alterações de personalidade, a
toxicomania, ao alcoolismo, a esquizofrenia, etc.
     As parafilias são desvios e perversões sexuais.


A- HOMOSSEXUALISMO

 Muitos defendem o homossexualismo como conduta anormal pelo fato de que o natural é ter atração sexual pelo
sexo oposto.

B- EXIBICIONISMO

Tem desejo de expor seus órgãos genitais ou partes do corpo para pessoas em público.

C- VOYEURISMO

São pessoas que gostam de ver cenas eróticas. Só obtém prazer a partir da observação visual de uma pessoa com
outra pessoa e que não sabe que está sendo observada.
Muitos utilizam lunetas, binóculos sempre em lugares estratégicos.

D- FROTTEURISMO

Neste caso as mulheres geralmente é que são as vítimas. Quando o indivíduo esfrega os órgãos genitais no corpo
de outra pessoa, sem o consentimento dela. Muitos tocam o corpo da vítima disfarçadamente como se fosse sem querer.
Agem no meio da multidão, em transporte coletivo.

E- PEDOFILIA

É a atividade sexual com crianças, geralmente menor de 13 anos.
Para caracterizar pedofilia, o indivíduo deve ter mais de 16 anos e no mínimo 5 anos mais que a criança.
O pedófilo via de regra é adulto e revela preferência por uma determinada faixa etária.
 O pedófilo tem um alto grau de reincidência.

F- SADISMO E MASOQUISMO

Sadismo é quando as únicas formas de excitação e satisfação sexual são através de maus tratos, castigos,
humilhações, gostam de bater nos parceiros. A satisfação sexual está na dor do outro. Gostam de ter o completo
controle da situação.

Masoquismo é ao contrário. É quando a pessoa gosta de sofrer essa dor, essa humilhação.

G- SADOMASOQUISMO - quando as duas perversões acontecem ao mesmo tempo. Utilizam rituais próprios, roupas
específicas e instrumentos especiais (chicotes, cordas, algemas, correntes).

H- NECROFILIA

São indivíduos que mantém relação sexual com cadáveres. Tem prazer por aquilo que não tem vida, prazer pela morte.


I- ZOOFILIA

Forma de satisfação sexual com animais. É visto mais como uma depravação.

J- FETICHISMO

É o excitamento sexual provocado por partes do corpo (pés, mãos, cabelos, joelhos, etc.) ou por objetos de uso
pessoal (sapato, calcinha, cueca, sutiã).
O objeto tem mais importância que o sexo oposto.

L - ESTUPRO

É a conjunção carnal com mulheres cometida com violência, sem o consentimento da vítima. São indivíduos
desprovidos de senso moral.

M- TRIOLISMO ( SWING)

É a excitação na presença de uma terceira pessoa ou de um grupo. São as trocas de casais.

N- NARCISISMO

É o desvio sexual onde a pessoa tem admiração exagerada pelo próprio corpo. "É amar a si mesmo".

O- GERONTOFILIA

É a atração sexual de pessoas jovens por pessoas mais velhas. É a mocidade amando a velhice.

P - CROPROLALIA

A pessoa tem fixação na agressividade oral. Ele tem que durante o ato sexual dizer e ouvir palavras obscenas
para sentir prazer.

Q- PIGMALIONISMO

É o amor do artista por uma obra sua. É o amor exagerado e anormal por algum objeto criado por ele.

R- EDIPISMO

O Edipismo é a tendência ao incesto, é a atração sexual específica pela mãe.

S- ELETRISMO

É o contrário, é a atração sexual específica pelo pai.


T- RIPAROFILIA

Forte atração erótica por pessoas sujas, imundas, fedorentas. Tem atração por mendigos.

U- VAMPIRISMO

Gostam de sugar o sangue do parceiro. Estando à pessoa viva ou morta.

3-TRANSTORNOS DE IDENTIDADE DE GÊNERO

A identidade sexual começa a ser estruturada por volta dos 3, 4 anos de idade e a partir daí o masculino e o
feminino se desenvolvem.

Quando há um desvio podem acontecer:

A- TRANSEXUALISMO

É quando se tem um genital externo de um tipo e um psiquismo ao contrário, ou seja, é quando se tem um corpo de
mulher, mas órgão sexual de homem ou vice-versa.

Essa defasagem entre corpo e psique é o que define o transexual.

B- TRANSVESTISMO

Homens e mulheres que se vestem com roupas do sexo oposto. Geralmente exageram nas roupas (cílios postiços,
bijouterias, seios postiços, etc.)
Por causa dessa crise de identidade podem entrar em depressão muito fácil.
Geralmente começa na adolescência ou mais tarde.
Muitos caem na prostituição.

C- INTERSEXUALISMO

É um transtorno do desenvolvimento sexual onde o indivíduo apresenta-se com características masculinas e
femininas ao mesmo tempo.
Apresentam testículos e ovários (hermafroditas) ou genitais externos dos 2 sexos (pseudo-hermafroditas).

IMPLICAÇÕES FORENSES

CRIMINAL
     O grau de imputabilidade relacionado a essas parafilias tem mais a ver com a doença mental em si do que
com a parafilia que é apenas uma característica ou um sintoma, ou seja, se o transtorno sexual é grave, a
psicopatologia é grave,
     Dependendo da doença mental que está associado esta parafilia é que será avaliado o grau de
imputabilidade, ou semi-imputabilidade ou inimputabilidade.





CONDUTOPATIA - PSICOPATIA - SOCIOPATIA - DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO - DISTÚRBIO DE CONDUTA - PERVERSÃO

     A frase do psicopata é: "SATISFAZER O DESEJO É O QUE IMPORTA".

     No psicopata, não há rebaixamento da consciência, ou seja, o nível de consciência do psicopata está
normal, ele tem clareza de idéias e, portanto tem consciência do ato que praticou. Diferente das outras doenças
mentais.

     Ele está na zona fronteiriça. Estão entre a normalidade e a doença mental (perturbação da saúde mental).

-Apresentam-se como pessoas normais.
-A inteligência do psicopata também não está comprometida.
-São indivíduos que produzem raciocínios corretos, tem boa memória.
-São agradáveis e sedutores.
-Se comportam de forma cordial, se mostram educados e astutos.
-Quase em todos os casos os psicopatas têm trabalhos efetivos e se comportam neles de forma responsável, podem
ser pontuais e cumpridores.
-Na verdade os psicopatas apresentam uma dupla vida, entre a imagem social  e a deliquencial.

  São três estruturas psíquicas que estão comprometidas nos psicopatas:

A) Afetividade - falta de remorso e de arrependimento, não tem sentimento de angústia e nem ansiedade. É
insensível, indiferente e sem emoção.
B) Conação-volição - ele tem uma intenção mal dirigida, não consegue controlar seus impulsos e sua vontade.
O seu grau de prazer é muito maior que a própria razão, então em nome desse prazer ele mata. São impulsos
irresistíveis.
C) Capacidade crítica - está mal estruturada, o psicopata é amoral, sádico, não tem limite e nem barreira para
seus atos e muito menos valores éticos.

-Seu índice de periculosidade é muito alto. São na maioria das vezes reincidentes.
- É considerado um criminoso perigoso porque ele não sofre com a sua conduta patológica.

-Em geral é um sujeito que se esconde atrás de um comportamento pacato e simpático, bem diferente daquilo que
ele realmente é.
-Escolhem suas vítimas com algumas características em comum.
-Gostam de maltratar animais na infância.
-Por ele achar que de alguma forma foi excluído, por ele ser revoltado socialmente, ele desafia e enfrenta o
sistema. Ele ignora as regras sociais e as leis.
-Odeia ser diminuído e menosprezado.


CASOS QUE PODEMOS CONSIDERAR COMO PSICOPATAS:

SERIAL KILLER: Assassino em Série.

São aqueles que assassinam em série, de maneira semelhante, repetitiva e em verdade, podem ser indivíduos de
três tipos: normal mentalmente, doente mental e fronteiriço.

     Esses assassinos vêm de lares desfeitos, onde havia crueldade parental, molestamento sexual e o
testemunho repetido de cenas sexuais com traços de agressividade; provocação de incêndio durante a
adolescência, tortura de animas e comportamentos fetichistas foram observados em pesquisas.

     O crime muitas vezes é premeditado, de uma crueldade muito grande, porque sentem prazer na maldade em si,
na vingança e na desgraça alheia.

PARRICIDAS:

     São indivíduos que matam os pais, delito que, via de regra, associa-se aos psicopatas.
     O crime que horrorizou o mundo é o de  Suzane Louise Richthofen (19 anos) e seu namorado Daniel de Paula
e Silva (21 anos), que foram acusados de assassinar os pais dela, em outubro de 2002. Segundo a jovem, ela
matou os pais por eles não aprovarem seu namoro. "Matou por amor".

PIROMANÍACOS

     São indivíduos que tem mania incendiária, ou seja, impulsão mórbida para atear fogo em objetos inanimados
ou em seres vivos.
     O fogo simbolicamente é a personificação do amor e do ódio, de significado místico, em algumas religiões
significa o amor, o coração, o sol, o raio que pode iluminar e destruir. Se por um lado purifica, por outro
lado tem aspecto destruidor.
     Na piromania, os indivíduos sempre portam graves distúrbios mentais e os seus atos incendiários são
impulsões irresistíveis, primitivas, verdadeiras descargas psíquicas de agressividade.
     Quase sempre são pervertidos sexuais, a demonstrar que o simbolismo do fogo e do sexo origina-se
psiquicamente em arquétipos que, em certa dimensão, se misturam.
     Os psicopatas piromaníacos costumam apresentar a mania incendiária desde tenra idade, que vai se
acentuando na adolescência e primeiros anos de adultice.
     A periculosidade dos psicopatas criminosos, via de regra, não cessa nunca, pois são indivíduos
incorrigíveis e intimidáveis.

ASSASSINOS EM MASSA

     Nos assassinos em massa, ocorre o contrario do serial killer, eles podem matar várias pessoas em questão
de horas, ou mais que isso, minutos e mesmo segundos, e até suicidar-se.
     O caso mais conhecido é de Matheus Meira, ex-estudante de medicina, 24 anos, que em São Paulo, no dia
três de novembro de 1999, sob o efeito de cocaína, disparou uma submetralhadora numa sala de cinema num shopping,
matando três pessoas e ferindo cinco, é típico homicídio em massa.

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