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Consumismo Infantil

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Por:   •  21/2/2014  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  549 Visualizações

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CONSUMISMO INFANTIL ¹

RESUMO

O presente trabalho evidencia e estuda questões referentes ao consumismo infantil e tem por objetivo analisar a sua problemática e suas motivações, além de relatar as influências do círculo social, dos pais e da mídia.

PALAVRAS-CHAVE:

Consumismo, Mídia, Infância, Formação do cidadão.

INTRODUÇÃO

Consumismo é o ato de comprar produtos ou serviços. Pode ser utilizado sem necessidade e consciência podendo se transformar em compulsivo e descontrolado.

A Revolução Industrial foi um marco para o surgimento do consumismo. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Além disso, trouxe também várias conseqüências negativas por não se ter preocupado com o meio ambiente.

O tema foi escolhido por ser um problema atual e pertinente, que reflete não apenas na família, mas também no desenvolvimento psicológico e na formação da criança. Nos estágios realizados durante o curso presenciei diversas situações onde alunos disputavam quem tinha o melhor tênis ou a melhor mochila. Crianças de apenas 8 anos levando para a escola celulares e ipods.

Para Montessori (1970), o desenvolvimento da criança acontece em períodos sensíveis, em que se formam as suas delicadas estruturas psíquicas. Esses períodos sensíveis são caracterizados por um maior interesse expresso pela criança, que revela uma carga de energia potencial que faz com que ela procure satisfazer suas necessidades latentes.

As crianças tem emoções e desejos que manipulam suas vontades e fazem do consumo uma regra de sobrevivência; seus desejos são atendidos pelos pais como se fossem ordens que deve ser cumpridas sem questionamento.

As brincadeiras nas ruas deixaram de existir e a tecnologia proporciona agora a diversão dentro de casa. Os pais, cada vez mais ausentes, perderam a autoridade sobre seus filhos, não conseguindo controlar as informações que eles tem acessos.

DESENVOLVIMENTO

Diversos são os caminhos que podem influenciar uma criança a ter determinados hábitos. A criança não nasce consumidora, ela simplesmente vai adquirindo hábitos através das informações obtidas pela mídia e acatada pela família.

Apesar de não ser a única, a mídia é responsável por boa parte das decisões das crianças. Ela se favorece da ausência dos pais, investe em personagens famosos, embalagens chamativas e brindes. Os comerciais são rápidos, dinâmicos e transmitem mensagens curtas e fortes que permanecem na memória por muito tempo.

O interesse da publicidade e da mídia sobre a criança e o adolescente surge no Brasil entre as décadas de 70 e 80. Com o surgimento desse segmento a publicidade procura usar ações diretas e indiretas para seduzir a criança e torná-la consumidora de bens e serviços. Este fenômeno surge ao mesmo tempo em que a televisão destaca a programação infantil em sua grade. Logo, a criança deixa de ser interesse exclusivo dos pais e educadores, passando a alvo do interesse da mídia, da propaganda e do marketing, conforme Sampaio (2000).

Vivenciamos hoje crianças que conhecem mais do que qualquer adulto as melhores marcas, que brigam,choram e fazem chantagem emocional com seus pais para conseguir o que querem. A mídia entra em nossa casa sem pedir licença e bastam apenas trinta segundos para uma marca influenciar uma criança. É exatamente por conta dessa facilidade, que a publicidade vem caprichando para acertar o público infantil.

Alguns pais colaboram com o consumismo, adquirindo os produtos sem necessidade real, fazendo com que seus filhos cresçam percebendo que o certo é ter uma roupa de marca e estar sempre fazendo parte da moda. A família que não sabe dizer não mediante a influência da propaganda, está diante de um grande problema. O consumo está se tornando uma doença a ponto de presenciarmos famílias que não tem o que comer, mas tem telefone celular, computador, carro.

Segundo Santos (2000, p.63-64):

“A criança passa por três etapas associadas a faixas de idade. De zero a dois anos, dá-se a fase do Universo das Observações, na qual a criança descobre as compras acompanhadas pelos pais, sem conseguir distinguir marcas de produtos. O universo das indagações (dos três aos cinco anos) é a fase do “eu quero”, em que a criança inicia a manifestação de seus desejos de compra e fazem suas solicitações aos pais. Elas já são capazes de reconhecer marcas, distinguir entre embalagens e localizar produtos em prateleiras”.

Nos trabalhos de estágio realizados anteriormente, observei meninas que agem como adolescentes, usando batom, salto alto e roupas que reforçam a sensualidade. Da mesma forma, meninos agressivos e que sentem vontade de beijar, de abraçar a todo momento e com muita naturalidade. Além da televisão e internet, outro fator é a influência dos amigos, principalmente no âmbito escolar.

A TV faz um apelo muito grande ao público infantil, há propagandas que incentivam precocemente as crianças à vaidade, à erotização, à má alimentação e ao egoísmo.

Assisti a programas infantis nos canais “SBT” e “GLOBO”. Analisei os intervalos comerciais durante os horários das 8h às 12h. Os intervalos tem em média 5 minutos de duração,

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