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Crença no Mundo Justo e Direitos Humanos

Por:   •  8/5/2018  •  Dissertação  •  778 Palavras (4 Páginas)  •  268 Visualizações

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Crença no Mundo Justo e Direitos Humanos

  • Lerner(1965) –trabalhava em um hospital psiquiátrico e observou o comportamento agressivo dos atendentes;
  • Lerner observou o sorteio de cidadãos recrutados para a guerra do Vietnã;
  • Rubin e Peplau (1975) Ilustra A CMJ através da história Bíblica de Jó;
  • Amigos de Jó: alta CMJ.
  • A CMJ é uma consequência natural do desenvolvimento infantil;
  • A CMJ passa a ser uma necessidade pois traz uma certa segurança e previsibilidade que está na gênese da motivação de todos os comportamentos do indivíduo;
  • Se faço o bem                              recebo o bem;
  • “Eu planto o que eu colhí”.
  • A CMJ é ameaçada quando nos deparamos com uma INJUSTIÇA;
  • “A injustiça é um acontecimento ruim sem causa aparente tais como uma doença, um acidente, uma perda...”p. 45.

Conseqüências Nefastas da CMJ

  1. Forte CMJ desencoraja o ativismo social que pode corrigir injustiças reais.O ativismo político serve para corrigir grandes injustiças como a escravatura, o voto feminino, o trabalho infantil etc;
  2. Tendência de desvalorizar e/ou culpabilizar as vítimas de injustiça.

  • Lerner afirma que desvalorizar as vítimas é uma forma de proteger a CMJ;
  • A convivência com o sofrimento (ainda mais acentuada pela mídia) traz a noção de um mundo inseguro e imprevisível;
  • Neste sentido a CMJ é uma ilusão fundamental para a sanidade mental;
  • Paradoxo:   desvalorizamos as vitimas de injustiça para nos sentir bem e assim cometemos uma injustiça.

CMJ e Direitos Humanos

  • A CMJ é um grande obstáculo para a propagação de uma cultura em Direitos Humanos, como prevê o PNDH-3;
  • Pois a CMJ leva as pessoas a considerarem que as pessoas que fazem parte dos grupos minoritários menos favorecidos merecem a sorte que têm.Ex: índios, negros, população carente...
  • Eixo Orientador III intitulado Universalizar Direitos num Contexto de Igualdades( PNDH-3, p.21).
  • A CMJ é um grande obstáculo para a propagação de uma cultura em Direitos Humanos, como prevê o PNDH-3;
  • Pois a CMJ leva as pessoas a considerarem que as pessoas que fazem parte dos grupos minoritários menos favorecidos merecem a sorte que têm.Ex: índios, negros, população carente...
  • Eixo Orientador III intitulado Universalizar Direitos num Contexto de Igualdades( PNDH-3, p.21).

  • Direitos Humanos e CMJ
  • Mas o que é dignidade humana?
  • Dignidade Humana é difícil de definir, mas sabemos dizer quando a dignidade humana é ferida.
  • Dignidade- qualidade de digno.
  • Digno- que merece respeito (Aurélio, 2009).

Níveis de Análise (Doise, 2002)

Primeiro Nível

Segundo Nível

Explicações intraindividuais

Explicações interindividuais

O que é dignidade para aquela pessoa (trabalhar, se sustentar, comer, vestir...)

O que é dignidade para aquela pessoa

nos relacionamentos com outras

pessoas (não apanhar, ser ouvida,

assédio moral e sexual...)

CMJ como necessidade individual

de sanidade mental

A desvalorização das vítimas para

 restabelecer a CMJ

Primeiro Nível

Segundo Nível

Explicações intraindividuais

Explicações interindividuais

O que é dignidade para aquela pessoa (trabalhar, se sustentar, comer, vestir...)

O que é dignidade para aquela pessoa nos relacionamentos com outras pessoas (não apanhar, ser ouvida, assédio moral e sexual...)

CMJ como necessidade individual

de sanidade mental

A desvalorização das vítimas para restabelecer a CMJ

Correlatos da CMJ

  • A partir de 1980 os psicólogos começaram a procurar variáveis correlacionais;
  • A influencia B e vice versa
  • Correlações positivas:
  1. Atitudes sociais e políticas conservadoras, resistências as mudanças sociais
  2. Atitude favoráveis as armas nucleares
  3. Locus de controle externo e interno

  • Correlatos negativos:
  1. Atitudes sociais diante da pobreza
  2. Assuntos feministas e benefícios sociais
  3. Experiência com a injustiça ? Negros possuem menor CMJ que brancos

As Críticas de Tajfel(1984,1982)

  • Primeira crítica:As teorias de justiça permanecem no nível interindividual;
  • Elas deveriam “traduzir em larga escala o fenômeno social que se torna realidade psicológica para cada indivíduo dentro de um determinado sistema;
  • Rouquette (2004) explica que indivíduos de uma mesma cultura herdam noções, atitudes, opiniões, crenças, valores e esquemas de ação semelhantes.
  • Essa herança é fruto de uma história que ultrapassa a singularidade pessoal;
  • Diariamente o indivíduo trabalha para harmonizar suas experiências atuais com sua herança histórico-cultural;
  • Ex: avanços tecnológicos
  • As idéias novas enfrentam a oposição do pensamento social que age através da pressão grupal a fim de manter uma determinada estabilidade como ponto de referencia.
  • Segunda crítica: o reducionismo psicológico em considerar como se cada indivíduo adquirisse suas concepções de justiça à partir do zero.
  • As concepções de justiça são construídas socialmente, num contexto grupal e histórico, levando a marca da socialização.

Conclusão

  • As concepções de justiça das pessoas contém a história cultural de seu grupo;
  • Mas existem concepções de justiça, valores principalmente, que são universais. Ex: a dignidade humana dos DH;
  • Mesmo nas concepções universais de justiça, existem diferenças intergrupais. Ex: o significado de dignidade varia segundo grupos, mas o valor é importante para qualquer cultura.

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