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Cultura etnocêntrica

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Por:   •  8/9/2014  •  Seminário  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  306 Visualizações

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O texto de Everardo Rocha é bem fluente, logo no primeiro capítulo ele mostra o que seria o significado da palavra “etnocentrismo”. (colocar sua cultura como centro, ou seja, utilizar critérios de um determinado grupo para tentar entender o outro).

A cultura etnocêntrica é uma cultura que considera que seus valores são naturais, que seus valores são o certo. E acha que só existe uma forma certa de fazer as coisas (a sua).

Ele tenta desenvolver essas idéias no primeiro capitulo (Pensando Em Partir) da forma mais obvia e clara possível, falando que o etnocentrismo nasce do choque cultural, das comparações entre as culturas.

Explica que o etnocentrismo surge no contexto da colonização da America, e usa como justificativa ideológica para muitas das atitudes formadas. Quando a civilização ocidental conheceu a “outra” cultura, conheceu de forma etnocêntrica.

Grandes partes das atitudes tiveram justificativas, como a idéia que era preciso levar a cultura européia para civilizações, para torná-las melhores.

Ele conta uma estória sobre o pastor que foi conhecer e conviver com os índios e comprou diversas coisas para levar para os integrantes da tribo. Para ele, comprou um relógio dos mais modernos e cheio de funções. Chegando à tribo ele distribuiu seus presentes, e durante alguns meses em que ele já estava lá convivendo, um índio se interessou pelo seu relógio. Após muita insistência o pastor acabou cedendo e dando o relógio para o índio.

Em um determinado momento o índio chamou o pastor e mostrou o relógio dele pendurado em um galho cheio de ornamentos, servindo de enfeite.

O pastor certo tempo depois, em seu escritório, olhou para parede de seu escritório que estava cheio de arcos, cocares etc. Nesse momento ele se lembra do índio e da um grande sorriso pelo que o índio tinha feito com o seu relógio, “que índio bobo” pensou.

Esse foi um tipo de etnocentrismo “leve”, o pastor riu do índio, e não percebeu que ele tinha feito a mesma coisa. O padre não percebe essa atitude, ou seja, para ele, o arco do índio pode ser deslocado da cultura dele e colocado com o enfeite, porem o relógio dele não, porque o relógio dele é “melhor”.

O que ele não percebeu, é que os objetos mudaram de sentido na cultura de ambos.

A nossa cultura além de ser etnocêntrica (como toda cultura), ela é colonizadora. Ela coloca o etnocentrismo como motivo para tomar/dominar as outras culturas, até mesmo usando a força para valer o nosso etnocentrismo.

O autor fala que essa visão etnocêntrica está no cotidiano e está nos livros didáticos, e isso tem um poder muito forte. A identidade “do outro” no livro, pode ser manipulada.

Ele cita exemplos em que o índio é “alugado” na História do Brasil para aparecer por três vezes em três papéis diferentes.

Primeiro ele era “selvagem” no descobrimento, “criança” na catequese e no final “herói” na ideologia nacional.

Assim são as sutilezas, violência, persistências do que chamamos de etnocentrismo. E esses exemplos se multiplicam no cotidiano, nos jornais, revistas, cinema, rádio

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