DA PERSONALIDADE AO DASEIN: PENSAMENTO HEIDEGERIANO E PRÁXIS CLÍNICA
Por: Lucas Faria • 8/9/2020 • Resenha • 410 Palavras (2 Páginas) • 191 Visualizações
Resenha: “ Da personalidade ao Dasein: pensamento heideggeriano e práxis clínica ”
Lucas Faria Pinheiro
Neste artigo é explorado os aspectos da psicologia e como é aborda o que seria personalidade em visões como psicanálise entre outras correntes teóricas que tem a percepção da personalidade como algo estático.
Heidegger e Rogers fazem crítica a esse modelo que engessa o sujeito em sua relação com o mundo, tipificando suas personalidades, modos de ser e seus sofrimentos psíquicos. Também é abordado aqui a importância da linguagem não como determinante de sentidos, mas sim como um instrumento social que nos permite entrar em contato com nossas percepções existenciais e expressar as mesmas.
Segundo Heidegger o homem está em constante movimento interno em sua relação com o mundo e os entes que esses pertencem. Portanto o ser humano é indissociável do mundo por fazer parte dele e ser o próprio mundo das significações e reflexões, só existe o ser-aí em relação a totalidade do mundo físico (histórico, social, cultural e temporal).
O ser humano faz parte do mundo dos entes (e também é um), porém ele é privilegiado pois possuí algo que é só dele: o fato de poder dar sentido aos entes em seu relacionamento com os mesmos conforme vai existindo e se modificando internamente. Por esse mesmo motivo uma visão de ser humano passivo e estático estaria sendo errônea e muito limitadora, excludente e tipificadora do ser humano, que está em constante movimento interno em relação com o mundo e consigo mesmo.
Com a leitura do texto podemos entender que o ser humano possuí uma alta complexidade e finitude da vida, essa finitude nós permite refletirmos sobre os entes que estão fora de nós, nossa relação de ser-aí ,ser-com-mundo e ser-com-o-outro, para chegarmos a uma significação das existências dadas ao ser.
Na prática da clínica ,possuindo esse olhar fenomenológico-existencial sobre o ser humano podemos realmente nos aproximar daquilo que se apresenta(que se dá), pois estando abertos a inconstância do ser, sua singularidade e pluralidades, possibilitamos a nós e aos nossos pacientes a expressarem seu ser-aí e seu estar-sendo em relação com o mundo e consigo ,ou seja não engessamos a personalidade, seu ser e suas vivencias.
Assim abrirmos um leque de possibilidades para o paciente sobre seu próprio ser, permitindo ao paciente que ele mesmo construa o seu próprio ser-aí por meio de reflexões, significações/ressignificações e interpretações de suas existências em sua totalidade.
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