DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE: Desafios e intervenção do psicólogo no contexto hospitalar

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE: desafios e intervenção do psicólogo no contexto hospitalar

O presente estudo busca de forma integrada compreender e descrever aspectos  relacionados no processo doação-transplante, sendo o primeiro processo uma etapa essencial  para efetivação do segundo. Baseado nos registros da RBT (Registro Brasileiro de Transplantes) presentes na ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) divulga informações sobre as disparidades nas estatísticas, a lei que dispõe para fins da retirada de tecidos, órgãos e partes, os tipos e condições que envolvem diferencialmente os doadores e demais que favorecem a coleta de materiais que viabilizem a compreensão do estudo. Realizado por meio de pesquisa bibliográfica, considera-se como pesquisa de abordagem qualitativa e descritiva quanto aos fins, revisando-se publicações científicas ligadas ao tema, no período de 2007 a 2017. Objetivou-se neste trabalho discutir a relação existente entre doação e transplante, enfatizando a necessidade do trabalho do psicólogo hospitalar frente aos procedimentos que permeiam tal temática, bem como o papel da família diante desta conjuntura. Entende-se que o transplante é uma prática cirúrgica que consiste na transferência de um órgão ou tecido de determinado individuo (doador) que será inserido em outro individuo (receptor) acometido por um déficit funcional. A doação pode ser feita por pessoas vivas e pacientes diagnosticados com de morte cerebral.  Os órgãos doados em vida poderão ser permitidos se o doador for parente de até quarto grau do receptor e se não apresentarem nenhuma contra-indicação. Em casos de morte cerebral se aplica a família o poder de decisão, porém, este poderá ser uma escolha simples caso a pessoa, em vida, tenha comunicado o seu desejo de ser um doador. Observou-se que as taxas de doadores cresceram em comparação aos anos anteriores, colocando o Brasil no ranking de países que mais realizam transplante no mundo. Contudo, a recusa familiar é um dos principais obstáculos para a efetivação desse processo. Questão esta, que leva a necessidade de se falar sobre o assunto para conscientização da população sobre a relevância da doação, sendo o profissional de psicologia fundamental para o auxilio seja do receptor, doador ou familiar, esclarecendo suas fantasias e dúvidas sobre o procedimento e na elaboração do luto da família do paciente falecido que doaram os órgãos. Conclui-se que o transplante é o único tratamento que possibilita salvar vidas, com isso proporcionando a qualidade de vida para pacientes que necessitam do procedimento cirúrgico. No entanto, pela necessidade de superar os desafios encontrados na doação, é essencial a criação de ações que possam ajudar a obter resultados mais satisfatórios. Nesta perspectiva, considera-se de extrema importância um suporte psicológico, por possibilitar integração e apoio emocional aos envolvidos no processo.

Palavras-chave: Transplante; Doação de Órgãos; Psicólogo Hospitalar; desafios e intervenção.

¹ Acadêmicas do nono período de Psicologia FUPACTO

² Orientadora do trabalho, psicóloga, professora do curso de Psicologia FUPACTO

REFERENCIAS

Biblioteca Virtual em Saúde. Legislação Federal da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/legislacao/transplantes_outros_direitos.php. Acesso em: 27/05/17

Biblioteca Virtual em Saúde. Transplante de Órgãos.  Dicas em Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/142transplante_de_orgaos.html. Acesso em: 27/05/17

Martins, E. O.; Valente, H. S.; Calais, L. B. As possibilidades de intervenção do psicólogo em favor dos procedimentos de doação de órgãos e transplantes: um relato de experiência. Pesqui. prát. Psicossociais, vol.11, no.2. São João del-Rei, dez. 2016.

RBT.  Dados Numéricos da doação de órgãos e transplantes realizados por estado e instituição no período: JANEIRO / MARÇO – 2017. ABTO, São Paulo – SP. Disponível em: http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/RBT/2017/2017_leitura_1T.pdf. Acesso em: 26/05/17

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