As Dificuldades da escolarização da criança com doença crônica no contexto hospitalar
Por: delasantos • 20/5/2018 • Resenha • 559 Palavras (3 Páginas) • 326 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - MATUTINO
FCH 096 – METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA
DOCENTE – Romari Martinez Montano
DISCENTE – Adelaide Elaine dos Santos Santana
Resenha 1
HOLANDA, E. R.; COLLET, N. As dificuldades da escolarização da criança com doença crônica no contexto hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 45(2): 381-389. 2011
Esta resenha versa sobre o artigo “As dificuldades da escolarização da criança com doença crônica no contexto hospitalar”, das autoras Eliane Rolim de Holanda e Neusa Collet, enfermeiras, com Doutorado em Enfermagem, docentes e atuantes em linhas de pesquisa referentes à criança hospitalizada, doença crônica na infância, classe hospitalar.
O presente artigo estuda a importância da implantação das classes hospitalares, assim como as dificuldades e o desconhecimento da obrigatoriedade das mesmas por parte dos profissionais envolvidos, e principalmente dos familiares. Com o intuito de perceber esse nível de conhecimento foi utilizada uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, através de entrevista semi-estruturada com uma questão estimulando o diálogo acerca da temática, com sujeitos acompanhantes de crianças ou adolescentes hospitalizados na instituição, com faixa etária escolar.
O artigo é embasado teoricamente em toda sua descrição. As autoras buscam perpassar com essa fundamentação a importância de ações pedagógicas e educacionais nesse ambiente hospitalar, como uma facilitação para o processo de reintegração escolar para essa criança, assim como para uma melhoria na auto estima do paciente e sua interação social. As autoras ainda se utilizam da demonstração das leis e definições que versam sobre essa obrigatoriedade da implantação das classes escolares.
Na análise dos dados, a falta de conhecimento acerca da temática por parte das famílias e dos profissionais envolvidos, a falta de incentivo por parte de órgãos públicos e o distanciamento entre profissionais de saúde e educação foi confirmado pelas autoras, demonstrando a necessidade de diálogos acerca do tema.
É exposto ainda todas as limitações que envolvem o paciente com o hospital e a escola, físicas decorrentes dos sintomas patológicos, emocionais, freqüência de internamentos, auto estima prejudicada, despreparo da escola, professores e gestores, no apoio à essas crianças em seus retornos, falta de interação hospital-escola na busca de conhecimentos acerca da patologia específica, assim como o preconceito vivenciado por parte dos colegas que são vistos pelas autoras como vítimas de uma sociedade preconceituosa.
Holanda e Collet concluem expondo novamente a necessidade de existência de parcerias entre educação e saúde, da formação de profissionais preparados para o atendimento nas classes hospitalares.
A pesquisa explorou com afinco a temática proposta, sem desvio, com necessária fundamentação teórica, porém utiliza-se de bastante repetições durante a sua descrição. Poderia ainda especificar algumas ações mais de curto prazo para a implantação dessas classes, com o apoio do pessoal já presente nas áreas envolvidas, além de ser realizada em outras instituições e com um público mais abrangente.
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