Dependência Química e Reforço

A dependência química e o reforço

A toxicomania pode ser entendida como um estado de intoxicação periódica ou crônica, nocivo ao indivíduo ou à sociedade, causada pelo uso repetido de uma droga, sendo essa qualquer substância que, quando introduzida no organismo, modifica alguma função, além de causar dependência física e psicológica (OMS, 1999). Pessoas depressivas, indecisas e com doenças graves como o câncer e a AIDS, tendem a buscar formas de amenizar suas dores e problemas do dia a dia, podendo recorrer ao uso de drogas.

De acordo com Menezes (2011), muitos conflitos levam o adolescente ou jovem a buscar algo que ele considere capaz de resolver os seus problemas, achando, muitas vezes, no álcool e outras drogas o refúgio, sem contar com tantos outros fatores, que os influenciam: os amigos, curiosidade, diversão, problemas na família, falta de informação, entre outros. Adolescentes vivem uma fase de transição para a vida adulta e são mais susceptíveis a sofrer pressão social, além de lidar com as transformações em seus corpos e sua sexualidade. Muitos não sabem como lidar com isso e podem ser influenciados a experimentar drogas e, com a dependência química, podem se tornar toxicômanos.

A dependência, o abuso, a intoxicação e abstinência por determinadas substâncias químicas, transforma a vida dos toxicômanos radicalmente para pior pois, ao tentar diminuir seus sofrimentos, medos e angústias, acabam ficando cada vez mais dependentes. Começam a sofrer alterações em seu comportamento, tendo o desejo de consumir as drogas e aumentando progressivamente as doses para conseguir sentir seus efeitos com mais intensidade, ficando cada vez mais dependentes e podendo até desenvolver problemas comportamentais mais sérios, como tornarem-se agressivos e/ou depressivos.

Segundo Rachlin (1997), uma situação de escolha pode ser definida como uma situação ambiental na qual mais de uma alternativa de resposta está disponível, o que corresponde a qualquer situação em que o comportamento possa variar. Considerando que em uma situação de escolha um comportamento é emitido em detrimento de outro, e que os organismos estão continuamente se comportando, então "não é exagero dizer que todo comportamento envolve uma escolha" (Villiers & Herrnstein, 1976).

Levando isso em consideração, o estudo de um comportamento não se trata apenas dos reforçadores e/ou estímulos associados a ele, mas também dos comportamentos que concorrem com ele e seus reforçadores.

Bibliografia

MENEZES, Sueli. Adolescência X Droga. Revista Catharsis – Ponto de Vista. 2011.

RACHLIN, H. Behavior and learning. San Francisco, CA: W.H. Freeman and Company. 1976.

VILLIERS, P. A.; HERRNSTEIN, R. J. Toward a law of response strength. Rev Psychological Bulletin, 83(6), 1131-1153. 1976.