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Desenvolvimento Do Ballet E Da Música Clássica

Por:   •  1/9/2023  •  Resenha  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  42 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR

FACULDADE DE PSICOLOGIA DA UNIREDENTOR - AFYA

Aluna: Sarah Menezes P. Nunes e Thalia Pimentel D. P. Vasques

Resenha crítica sobre o desenvolvimento do balé clássico e da música clássica na Rússia que assim nos provocou a curiosidade para discutirmos e entendermos sobre a pluralidade cultural existente nesse país - sendo como objeto de interesse e de estudo, esse, a ferramenta de investigação da Antropologia.

O balé clássico russo é conhecido por sua elegância, técnica requintada e enredos elaborados. Desde o reinado de Luis XIV até a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) a França vivera a sua “Era de Ouro no Ballet”. Mas a Guerra destruiu a França e o ballet francês entra em crise a partir deste momento. Sem grandes bailarinos na Ópera de Paris, e sem recursos financeiros para mantê-la, o ballet francês não poderia ter outro rumo se não entrar em decadência. A imprensa nessa época chegou, inclusive, a comentar que parisienses e turistas preferiam aplaudir o cancã do Moulin Rouge do que as bailarinas da Ópera. Foi neste momento, então, que o ballet na Rússia ganhava um impulso cada vez maior, se transferindo de Paris para São Petersburgo, sendo agora a Rússia como o grande palco do ballet e da música.

No entando, o ballet na Rússia não começa só a partir desta data. A Rússia foi um país por um longo tempo governada por Czares (desde 1546 até a Revolução Russa em 1917). Até 1689, o ballet neste país era inexistente. O controle czarista e o isolacionismo na Rússia permitiram pouca influência do ocidente. Então, no século XVII, o Czar Pedro, o Grande decidiu mudar os rumos da corte e conferir aos russos a sofisticação experimentada no resto da Europa. Ele encontrou no balé um instrumento para iniciar a corte em noções de etiqueta, aproximando-a mais das culturas ocidentais como França, Itália, Alemanha e Inglaterra, a fim de que o balé servisse como uma ferramenta de propaganda e exibição do poder do Estado. Embora tenha permitido a sobrevivência e a evolução da forma de arte, também sujeitou os artistas a restrições criativas e expectativas ideológicas.  Mais tarde, o governo soviético, por exemplo, buscou controlar a música para servir aos propósitos do Estado, o que levou a períodos de censura e repressão criativa. A despeito disso, músicos e coreógrafos como Dmitri Shostakovich e Charles Didelot, respectivamente, conseguiram encontrar maneiras de expressar suas visões por meio de suas composições e coreografias muitas vezes de forma subversiva

O patrocínio imperial, então, incentivou a vinda do que a França e a Itália tinham de melhor em matéria de professores, coreógrafos e intérpretes que tiveram uma grande contribuição para o ballet russo. Houve a passagem de figuras como Marie Taglioni, Carlota Grisi, Saint-Leon, Jean-Baptiste Landé e Charles Le Picq, entre outras, que refinou o gosto do público, sendo determinante também para a formação de artistas russos.

Uma das sucessoras de Pedro, o Grande, a imperatriz Anna Ivanova fundou a primeira escola de ballet na Rússia em 1738, sob a direção de Landé. Com o patrocínio da coroa, nascia assim a Escola Imperial, berço de uma tradição que fez a glória do ballet russo. As primeiras turmas ocuparam salas vazias no Palácio de Inverno em São Petersburgo e os primeiros alunos foram doze meninos e doze meninas. O objetivo da escola era formar a primeira companhia de dança profissional da Rússia, que mais tarde essa escola de ballet mudaria seu nome para Academia Vaganova de Ballet, em homenagem à Agripina Vaganova.

Posteriormente, durante o século XIX, artistas como Marius Petipa desempenharam um papel crucial na criação de coreografias complexas e cheias de significado, impulsionando o gênero a novos patamares. A colaboração de Petipa com compositores notáveis, como Piotr Ilitch Tchaikovsky, resultou em obras-primas como "O Lago dos Cisnes", "A Bela Adormecida" e "O Quebra-Nozes". Essas produções transcenderam as fronteiras russas, deixando não só uma marca indelével no mundo do balé como também uma contribuição para o debate político. O expoente e prestigiado compositor, Piotr Ilitch Tchaikovsky, embora tenha sido mais influenciado pelas tendências musicais ocidentais, locou em suas obras muitas vezes emoções profundas e elementos de identidade russa. Outra produção que gerou um marco profunda na história do desenvolvimento das arte russas foi sua Sinfonia nº 6, "Patética", que logo após a estreia foi duramente interpretada por alguns como um reflexo das tensões sociais e políticas do momento, embora Tchaikovsky nunca tenha confirmado isso explicitamente.

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