Desenvolvimento da linguagem
Artigo: Desenvolvimento da linguagem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: liane123 • 17/11/2014 • Artigo • 1.822 Palavras (8 Páginas) • 442 Visualizações
Desenvolvimento da Linguagem
A comunicação se estabelece de várias formas, como por meio de gestos, cores, símbolos e sinais. Portanto, não ocorre apenas por palavras faladas ou escritas. Há uma convenção entre as partes para que ela ocorra.
Para que a comunicação aconteça é necessário o emissor, a mensagem e o receptor. Esse sistema de comunicação permite a troca de informação pelo o grupo e a concretização da linguagem.
O sistema de signos que traduz o pensamento verbal e da linguagem foi considerável no desenvolvimento da espécie humana.
Compreender a comunicação humana é saber que a aquisição da linguagem tem vários níveis. Nos primeiros anos de vida a criança apresenta a fase pré-verbal no desenvolvimento do pensamento e uma fase pré-intelectual no desenvolvimento da linguagem.
O choro, o riso, o balbucio são uma das primeiras formas que a criança demonstra para solucionar problemas práticos, mesmo antes de dominar a linguagem. Demonstra uma comunicação ineficiente, mas é essa forma que utiliza como um meio de contato social e alívio emocional.
Muitas mães passam a decifrar o choro dos bebês com o transcorrer do tempo. Relatam que seus filhos choram de forma diferenciada quando sentem fome ou para trocar fraldas. O choro é uma forma óbvia de comunicação e que transmite o estado de desconforto do bebê.
Não é somente através do choro que os bebês se expressam. Diversos são os sons emitidos por eles, que aos poucos são identificados e assim transmitidas suas vontades.
Quando ocorre a junção dos processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem, acontece o pensamento verbal e a linguagem racional.
O ser humano passa a expor um funcionamento psicológico sofisticado quando mediado pelo sistema simbólico da linguagem.
Características da fala inicial
Existem diferentes tipos de linguagem: a corporal, a falada, a escrita e a gráfica. Para se comunicar a criança utiliza, tanto a linguagem corporal ( mímica, gestos, etc.) como a linguagem falada. Lógico que ela ainda não fala, mas já produz linguagem. Vamos ver como!
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – lingüístico, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o lingüístico, quando usa palavras.
No estádio pré – lingüístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu choro.
Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma idéia de referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam dele.
O estádio lingüístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa a dizer suas primeiras palavras.
A fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já esta falando por meio de palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – lingüística e não revela frustração se não for compreendida.
Na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de frases são chama das holófrases.
Teorias clássicas de aquisição da linguagem: O debate genética-ambiente
As primeiras palavras proferidas por um bebê – ou os primeiros gestos, no caso dos bebês
surdos –, quando este aprende a falar, são normalmente motivo de muito orgulho para pais e avós, que
reconhecem o importante evento como um marco fundamental no desenvolvimento cognitivo e social
da criança. Ao proferir sua primeira palavra com significado, seja ela “mama”, “papa” ou “au-au”, a
criança dá os primeiros passos no sentido de se tornar membro ativo de uma sociedade que atribui
enorme valor à linguagem como instrumento de expressão do pensamento e de comunicação.
A natureza do desenvolvimento lingüístico da criança tem sido motivo de interesse dos
estudiosos da linguagem e da cognição humana há bastante tempo. Os primeiros estudos realizados de
forma mais sistemática de que se tem notícia – os chamados “estudos de diários” ou “biografias de
bebês” – caracterizavam-se por registros detalhados em diários, normalmente feitos pelos pais, de
modificações na fala da criança ao longo de um determinado período de tempo (cf. INGRAM, 1989).
Embora tivessem como foco central a análise do desenvolvimento cognitivo geral – e não
lingüístico – da criança1, os estudos de diários representam uma grande contribuição para as pesquisas
em aquisição da linguagem, pois formam um banco de dados do desenvolvimento da linguagem em
crianças em períodos longitudinais, podendo, ainda hoje, servir para orientar estudos, bem como
complementar pesquisas na área. No entanto, é importante notar que, com poucas exceções (por
...