EBBINGHAUS, GALTON E ROMANES
Por: geuooo • 11/7/2016 • Trabalho acadêmico • 3.514 Palavras (15 Páginas) • 531 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE PSICOLOGIA
DAGMAR BAPTISTA DOS SANTOS
FRANCISCO KARYVALDO MAGALHÃES SECUNDINO
ISABELLY BRAGA DE MORAIS
JANE DA SILVA PAES
LAYZA KAMILA ALMEIDA MAR
MIRIAM REGINA CUNHA DUTRA
SAMANTHA CUNHA DE MESQUITA CRUZ
HERMANN EBBINGHAUS, FRANCIS GALTON E GEORGE JOHN ROMANES: CONTRUIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA.
MANAUS
2015
DAGMAR BAPTISTA DOS SANTOS
FRANCISCO KARYVALDO MAGALHÃES SECUNDINO
ISABELLY BRAGA DE MORAIS
JANE DA SILVA PAES
LAYZA KAMILA ALMEIDA MAR
MIRIAM REGINA CUNHA DUTRA
SAMANTHA CUNHA DE MESQUITA CRUZ
HERMANN EBBINGHAUS, FRANCIS GALTON E GEORGE JOHN ROMANES: CONTRUIBUIÇÕES PARA A PSICOLOGIA.
Trabalho entregue ao curso de Psicologia, como exercício avaliativo na disciplina de História da Psicologia, pela Universidade Federal do Amazonas.
Orientador: Prof. Luis Alberto Presas
MANAUS
2015
Introdução
A Psicologia, apesar de um passado recente se comparado ao das outras disciplinas, desenvolveu-se rapidamente, graças a contribuições dos mais diversos estudiosos de várias áreas. Muitos autores que empregaram esforços para o avanço e desenvolvimento da psicologia, não eram propriamente psicólogos, mas sim profissionais de outras disciplinas, que despertados por seu interesse na psicologia, procuraram aplicar métodos científicos próprios de suas ciências no campo da psique humana, a fim de torná-la mais precisa e, quem sabe, fortalecer seu postulado como ciência, fato que não se deu até o presente momento.
Contudo, destacamos inúmeros estudos e pesquisas que foram amplamente importantes para a caracterização e aplicação da psicologia como é hoje. Muitos cientistas desenvolveram testes e linhas de pensamento que perduram até os dias atuais, tendo sido apenas aperfeiçoados de acordo com a tecnologia empregada nos estudos contemporâneos para atender as necessidades dos pacientes da Psicologia moderna.
Entre eles, podemos citar três grandes nomes, que sobressaíram em meio a muitas pesquisas e deixaram seu legado na construção do nosso objeto de estudo: Hermann Ebbinghaus, Francis Galton e George John Romanes, ao quais buscaremos apresentar e explicitar a importância dos trabalhos, bem como apontar as contribuições que ainda se fazem muito presentes na aplicação da Psicologia pelos profissionais dos dias atuais.
Contexto Histórico
Pode-se dizer que no período onde se enquadram os pesquisadores citados nesse trabalho a ciência se desenvolvia na corrente teórica conhecida como positivismo. Essa corrente tinha como uma de suas leis que toda ciência para ser considerada válida deveria ser testada e comprovada. Veremos a seguir, no breve relato sobre Ebbinghaus, Galton e Romanes, que suas pesquisas seguiam essa lei. Até nossos dias atuais boa parte das pesquisas ainda segue o método positivista em seus estudos.
Outro ponto importante a ser apontado sobre esse período é a influência das teorias de Darwin nas pesquisas. Mesmo os pesquisadores que não eram darwinistas ficaram livres da influência de suas teorias nas ciências.
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
Herman Ebbinghaus nasceu nas proximidades de Bonn, na Alemanha, em 1850. Quando jovem, dividiu seu interesse entre história, literatura e filosofia, formando-se nesta em 1873. Serviu o exército na guerra Franco-Prussiana e depois dedicou sete anos de sua vida aos estudos independentes, com o interesse voltado para a ciência. Adquiriu um exemplar da obra de Fechner, Elements of pshycophysics, a qual influenciou todo o seu trabalho e, consequentemente, a direção da nova psicologia.
Ebbinghaus foi o primeiro a investigar experimentalmente as propriedades de memória humana. Influenciado pelos empiristas britânicos, ele assumiu que o processo de cometer algo à memória envolvia a formação de novas associações e que essas associações seriam reforçadas através da repetição. Para observar esse processo, ele desenvolveu um conjunto de itens a ser comprometido com a memória, o qual não teria associações anteriores, as chamadas sílabas sem sentido. Estes consistem de uma sequência de consoante, vogal, e consoante (CVC), que não especifica qualquer coisa em sua língua - em Inglês, CAJ seria um exemplo. Ebbinghaus construía listas de talvez 20 desses itens e, em seguida, procedia a memorizar estas listas de forma sistemática. Ele lia o primeiro item, dizendo a si mesmo, em seguida, ia para o próximo item, repetindo-o para si mesmo, e assim por diante, gastando a mesma quantidade de tempo em cada item. Uma série completa da lista era constituída de uma única repetição.
Depois de algum número de repetições, Ebbinghaus tentava recuperar os itens da lista. Descobriu-se que a sua capacidade de recordar os itens melhoravam à medida que o número de repetições subia rapidamente no início e depois mais lentamente, até que finalmente a lista foi dominada. Esta foi a primeira curva de aprendizagem do mundo.
Para testar a retenção, Ebbinghaus praticava uma lista até que ele fosse capaz de repetir os itens corretamente duas vezes seguidas. Ele então esperou diferentes espaços de tempo antes de se testar novamente. O esquecimento acabou por ocorrer mais rapidamente logo após o fim da prática, mas a taxa de esquecimento desacelerou com o passar do tempo.. Esta curva representou a primeira curva de esquecimento.
Um dos fenômenos de memória importantes descobertos por Ebbinghaus é o efeito da superaprendizagem. Continuou a praticar até conseguir memorizar uma lista além do que o necessário para produzir dois recalls perfeitos. Por exemplo, se exigido 10 repetições para memorizar a lista, então você pode continuar por mais dez repetições - isso seria 100%, chegando a “superaprendizagem". O efeito da superaprendizagem é tornar as informações mais resistentes à ruptura ou perda. Por exemplo, a curva de esquecimento para o material aprendido é menor, o que requer mais tempo para se esquecer duma determinada quantidade do material estudado.
...