EMPREGOS
Tese: EMPREGOS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 23/4/2014 • Tese • 721 Palavras (3 Páginas) • 195 Visualizações
Um Emprego é essencial para a formação do indivíduo, enobrece o homem e o torna parte da sociedade. “Mentira!” Um emprego nada mais é que a manipulação consciente da sociedade e faz com que o homem seja simplesmente uma engrenagem de um sistema de controle a muito tempo desenvolvida e organizada por indivíduos que perceberam que o ato de mandar e obedecer, sempre fez parte da natureza humana, sendo a diferença daqueles que mandaram daqueles que obedeceram, simplesmente a rapidez que entenderam esse conceito.
Já um trabalho, presumiria um ato de se fazer algo que se tem prazer, que irá modificar o meio em que se vive, e escolher o trabalho correto é garantir um emprego que lhe proporcionará prazer. “ Verdade”, mesmo continuando ser mentira.
Bertrand escreveu em seu elogio ao ócio:
“ Antes de tudo: o que é trabalho? Existem dois tipos de trabalho: primeiro, o que modifica a posição dos corpos na superfície da Terra ou perto dela, relativamente a outros corpos; segundo, o que manda que outras pessoas o façam primeiro. O Primeiro tipo é desagradável e mal pago, o segundo é agradável e muito bem pago. O segundo tipo pode ser estendido indefinidamente: além daqueles que dão ordens, há os que dão conselhos a respeito das ordens que devem ser dadas.”
RUSSELL, Bertrand. O elogio ao ócio. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.
Quando o ser humano começou a se associar em pequenos grupos, mesmo sem o discernimento e inteligência que sempre o diferenciou dos outros animais, houve diferenciações no que diz respeito às formas de se privilegiar certos indivíduos. Inicialmente a força predominava, e os mais fracos faziam certos trabalhos mais desagradáveis, ou tinham que, por exemplo, esperar e serem os últimos a se alimentarem.
Também as mulheres nos primórdios de nossa civilização, por serem estruturalmente mais fracas, eram destinadas a certos trabalhos que os homens não desempenhavam. Se considerarmos que toda a história da humanidade, sempre existiram poucos que mandavam e muitos que obedeciam, não podemos deixar de associar tantas similaridades aos dias de hoje.
Saindo da pré história e analisando as principais civilizações, pode-se destacar como uma bem sucedida empresa os Egípcios. Utilizando-se de manipulações religiosas, através do medo e crença de seu povo, organizaram-se e construíram um império. Fazendo uma analogia, possuíam os antigos farós, departamento pessoal, engenharia, área produtiva e uma vasta empresa que eram suas próprias terras. Assim a história continuou por um longo tempo, trocando o nome de seus empresários, isto é, homens visionários que sabiam como manipular o trabalho para seus próprios ganhos, utilizando durante longos séculos a religião como pano de fundo para convencer os trabalhadores a continuarem em seus postos de trabalho, pois essa era a única opção que possuíam para ter uma vida digna e não tão miserável.
Aos poucos, a humanidade começa a evoluir cientificamente, fato que pode ser comprovado, por exemplo, Júpiter não era um Deus, apenas um planeta, a Terra era apenas um corpo celeste girando como tudo no universo. Questionamentos começam a surgir, comparações entre as pessoas normais e os ditos representantes de Deus na terra. Era preciso uma nova forma de controle, era preciso uma nova forma de necessidade.
Durante muito tempo o homem teve a falsa idéia que precisava lutar em guerras, servir, obedecer para poder ter sua salvação ou a simples gratidão de seus senhores. Mas paralelamente a tudo isso, uma nova geração de homens surge. Homens que já possuiam a lucidez que seu soberano era uma pessoal comum, e que só diferenciava-se deles pela quantia de bens que possuía. Desta forma surge a burguesia, alicerce da futura industrialização. Infelizmente o ser humano não aprende com seus erros, e continuam a manipular da forma que for possível os demais. O advento da indústria surge como nova forma de controle, o pão já não é mais jogado dos cestos, e muitos não tem mais como sustentar suas famílias, sendo que a agricultura era a base do trabalho e sustento por muitos séculos para as pessoas menos favorecidas. A indústria vem para “ajudar essas pessoas,” para lhes dar uma oportunidade de trabalho e ganhos, mas o que ocorre é simplesmente uma remodelação da exploração, continua o trabalhador necessitando e submetendo-se ao que for preciso, a um novo governante, que saiu da divindade, do trono soberano e sentou-se atrás de uma mesa de escritório.
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