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ESTRUTURAS PSICOMOTEIS

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Por:   •  22/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.313 Palavras (14 Páginas)  •  298 Visualizações

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA: PSICOMOTRICIDADE

ESTRUTURAS PSICOMOTORAS

Prof. Ricardo C. S. Alves

1- INTRODUÇÃO

• Os Fundamentos da Psicomotricidade são as estruturas psicomotoras que evoluem ao longo do tempo, no e com o sujeito, proporcionando seu desenvolvimento e estruturação.

• Essas estruturas ou funções psicomotoras são usadas na prática psicomotora, como objetivo primordial no que diz respeito a evolução do sujeito de acordo com as situações vivenciadas nessa prática e os objetivos do trabalho.

• O Psicomotricista precisará, para uma atuação coerente, conhecer não só os fundamentos, mas também os níveis de desenvolvimento do sujeito, obedecendo a evolução dessas funções em cada indivíduo, seus processos e seu amadurecimento.

• Cada sujeito tem seu próprio tempo, suas características e sua forma particular de desenvolver, que deverá ser observada atentamente. Para o Psicomotricista, ao contrário de tendências profissionais de outras áreas, não basta desenvolver o sujeito, estruturá-lo é o essencial.

• O amadurecimento das funções psicomotoras está intimamente ligado ao desenvolvimento das funções neurológicas.

2- ESTRUTURAS OU FUNÇÕES PSICOMOTORAS

2.1 - IMAGEM CORPORAL

O ser humano é o único ser que consegue diferenciar-se e numa imagem especular, diferenciar o real do especular. No início, ao olhar no espelho, a criança fica confusa sem saber explicar essa imagem, só com o tempo é que a noção de imagem real ficará mais clara para ela.

A fala é um símbolo, assim como a escrita, a linguagem e a imagem corporal gravada no córtex.

Os amputados, devido a essa interiorização, esses engramas corticais, são capazes de sentir dor em membro fantasma, quando a imagem especular, a imagem simbólica está preservada apesar da amputação.

A afetividade, o afeto, é muito importante no trabalho com a imagem corporal.

Para Freud “o desejo é do sujeito”, para Lacan, “o desejo é sempre o desejo do outro”. A mãe (ou quem cuida, quem assume esse papel de mãe) vai mapeando a criança com seu desejo, no seu toque, nas suas leituras, dando significados aos significantes do cotidiano desse desenvolvimento.

Ao nascer, a criança tem movimentos involuntários, sem organização, sem significados e devido ao desejo da mãe, na maternagem, esses movimentos vão ganhando significados, por enquanto, são significantes.

Poderíamos dizer então que significado é o conceito e significante é o nome. Isso pode ser observado em relação aos objetos que têm nomes diferentes em culturas diferentes, mas com o mesmo significado.

No nascimento há uma relação simbiótica entre mãe e filho, a criança não se percebe, não consegue distinguir o que é ela e o que é o outro, ela acha, por exemplo, que o seio materno é parte dela.

Muitas mães acham que podem diferenciar o choro de seu filho mesmo ele tendo vários significados. Lacan diz que a criança não tem um tipo de choro para cada um dos significados (fome, sono, sede e dor). Ele diz que a mãe é que dá significado aos diversos choros da criança, incutindo nela o significado que aquele choro vai ter, inconscientemente, através do seu desejo de se comunicar e atender seu filho repete ações fazendo com que o choro da criança fique o mesmo para cada situação.

Esse mapeamento que a mãe vai fazendo na criança, em seu corpo, em sua imagem, vai inscrevendo nela, as primeiras impressões dela mesmo.

Movimentos, risos, expressões faciais, são outros significantes emitidos pela criança, com seu corpo, além do choro, e que a mãe vai dando significado, nessa relação de desejo a esses significantes. Além da mãe, o pai, os avós, quem se relaciona com essa criança, também contribuem, têm essa possibilidade de mapear as partes do corpo dessa criança, através do afeto, do desejo, do carinho. Com isso vai sendo formada a imagem corporal do sujeito.

Devido a culturas muito diferentes, o corpo não é mapeado da mesma forma. As tendências motoras, a sensibilidade, o afeto, são diferentes.

A cultura influencia os comportamentos motores, a anatomia e a genética, o corpo vai ganhando uma organização cinética de acordo com as significações que vai recebendo e administrando, da família e posteriormente da cultura, do outro e dos objetos dessa cultura.

A imagem se forma através do outro, não pode ser medida ou quantificada, é inconsciente.

Ela tem características SUBJETIVAS:

• É a dimensão afetiva existencial onde se constrói o sentimento do corpo e do ego corporal;

• É a síntese viva de nossas experiências emocionais;

• É o resultado significativo das experiências sensório-motoras com a mãe, nos primeiros meses de vida;

• Constrói-se a nível fisiológico, relacional e ligado as zonas erógenas.

ETAPAS - PROCESSOS

IDENTIFICAÇÃO - A criança coloca a roupa do pai ou da mãe;

PROJEÇÃO - Projetar no outro alguma coisa que seria seu;

INTROJEÇÃO - Introjetar a imagem do outro. Introjeção de massa por um ídolo.

“Se você tratar o aluno como ele é, esse aluno continuará como está, mas se você o tratar da melhor maneira, esse aluno se sentirá incentivado e certamente crescerá e se tornará muito, muito melhor”. (Jesus Martim Pérce)

Precisamos pensar que um olhar, apenas um olhar, inscreve uma marca no outro de forma inevitável, um olhar toca o outro, muitas vezes, no intocável desse sujeito, imaginem uma palavra, um juízo, um diagnóstico, uma avaliação.

Que reforço negativo ou positivo pode ser ativado numa comunicação ? Que imagem corporal se forja em alguém, sob a tutela de um preconceito ou uma crença esquizofrênica de um outro ?

Em relação aos nossos pais, por exemplo, somos verdadeiramente os seus pequenos e dogmáticos desejos, e somos capazes de conduzirmos isso em cadeia cíclica de gerações a gerações.

Na adolescência há uma grande modificação

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