ESTUDO DE CASO - GRUPOS NO CREAS
Por: ROSANA1994 • 3/11/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 627 Palavras (3 Páginas) • 1.825 Visualizações
Estudo de caso - CREAS
A atuação do psicólogo no CREAS visa principalmente a escuta, o acolhimento, estudo social, encaminhamento para a rede de serviços locais, construção do plano de atendimento individual, familiar e grupal de atendimento, orientação sócio-familiar, atendimento psicossocial, entre outros. Junto a equipe multidisciplinar, o psicólogo pode contribuir positivamente no tratamento de um usuário deste sistema de forma individual e pessoal, quando se tratar de atendimento psicológico e abordagem de um problema particular e específico, ou então, pode atuar de forma grupal, onde são formados pequenos grupos com interesses e características em comum, tendo como principal objetivo a troca de experiências, bem como a problematização e reflexão crítica sobre a vulnerabilidades sociais vivenciadas por este grupo.
Localizamos um estudo de caso baseado na atuação de psicólogos no CREAS, voltados ao atendimento a famílias que passaram por alguma situação de abuso sexual de um dos membros. O trabalho de atendimento à estas famílias aconteceu em 5 semanas, onde os encontros aconteciam uma vez por semana. Cada encontro, possuía uma pauta, ou seja, um assunto central a ser abordado, entretanto, os integrantes mediados pelo coordenador do grupo podiam livremente interagir as ideias expostas. As pautas eram: A)Proteção, B) União para Proteção, C)Auto Proteção, D) Transgeracionalidade, E) Projeto nova vida.
Participaram do grupo ao todo, quatro famílias, totalizando oito pessoas, com membros distintos, contendo homens, mulheres, adolescentes e crianças (pais, mães, avós e filhos).
O grupo multidisciplinar de profissionais montou uma tabela programática contendo as dinâmicas a serem executadas e discutidas, conforme quadro abaixo:[pic 1]
O primeiro encontro tinha como tema proteção e seu objetivo era abordar com as famílias o que é a proteção e como garanti-la a seus membros. É importante auxiliar os participantes na compreensão da visão de família como um lugar onde é exercida a proteção de seus membros.
O segundo encontro, era intitulado de união para proteção, onde foi discutido em grupo qual era o papel de cada um na garantia de proteção e também tinha como intenção divulgar os órgãos públicos que poderiam auxiliar nesta proteção, tais como CREAS, conselho tutelar, delegacias do direito da criança e do adolescente, etc. Através de um teatro proposto pelo coordenador foi possível identificar a percepção destes serviços pelos participantes, desmistificando cada um deles e expondo os serviços prestados por cada um. Foi passada a orientação aos participantes de Omo se dava a atuação destes órgãos e como aciona-los, visando garantir o direito a proteção do seu núcleo familiar.
No terceiro encontro, o tema era autoproteção. Foi trabalhado de forma separada com os membros, formando subgrupos de crianças, adolescentes e adultos. O objetivo era reforçar o autoconhecimento como forma de proteção.
Durante o quarto encontro onde o tema era transgeracionalidade, foi discutido com os membros as relações que foram estabelecidas pelas gerações passadas das famílias relacionadas a violência e a traumas. Foi abordado o uso da violência física e psicológica, violência sexual e os vícios dos membros, tais como uso abusivo de álcool e drogas e as formas encontradas para lidar com estas questões.
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