Enfrentar a burguesia em qualquer campo da luta de classes
Por: rochaepaula • 4/5/2015 • Artigo • 1.052 Palavras (5 Páginas) • 257 Visualizações
“Enfrentar a burguesia em qualquer
campo da luta de classes”
XX Plenário do Partido Comunista da Venezuela (PCV)
O PCV rejeita as práticas de exclusão e, revolucionariamente,
apela à sua superação
Caracas, 2 de maio de 2014, Tribuna Popular TP/FGV - O 20.º Plenário do
Comité Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV ) reuniu-se, em 25, 26 e 27
de abril, com a participação das e dos membros do órgão máximo de direção – entre
cada Congresso –, os Secretários Políticos dos Comités Regionais e os membros
integrantes da Comissão Executiva Nacional da Juventude Comunista (JCV).
A direção política do Partido do Galo Vermelho1 analisou toda a situação política
nacional e internacional, os relatórios dos Comités Regionais sobre o início da
campanha ideológica "Pío Tamayo II", o processo do censo e recenseamento dos seus
membros e os relatórios das tarefas cumpridas; também de discutiram os materiais
de base para a discussão na 13 ª Conferência Nacional "Pedro Ortega Díaz", que se
realizará em agosto próximo.
O relatório central, que foi finalmente aprovado pelo plenário, esteve a cargo do
Secretário-Geral, Oscar Figuera, realçando que na permanente luta de classes em que
de vive – em todos os campos: político, económico, social, mediático e militar – há
momentos em que se agudiza e as classes dominantes impõem a sua violência
reacionária.
Neste sentido, realçou Figuera, o discurso genérico da "paz" pode levar à conciliação,
quando as forças genuinamente revolucionárias devem ser capazes de responder à
confrontação com a burguesia, no terreno em que esta se coloca.
1 O galo vermelho é um símbolo do PCV. – [NT]
2
Daí a importância dada pelo PCV aos slogans adotados: "Perante a conspiração
fascista, ampla unidade de classe popular" e "A paz conquista-se derrotando o
fascismo".
Assim, tem grande significado a materialização dos slogans, pelo que o PCV está a
avançar com ações concretas para formar um poderoso bloco popular e
revolucionário, para a necessária acumulação de força que aprofunde o processo
bolivariano, através de uma mudança na atual correlação de forças no nosso país .
Figuera sublinhou que não se deve esquecer que o plano geral da direita e do
imperialismo tem uma só estratégia (com várias táticas, que desenvolve de forma
simultânea): a derrota do projeto de libertação nacional, a fim de evitar a sua
progressão para objetivos superiores.
Daí, a importância do apelo do PCV para se criarem espaços coletivos e unitários para
a construção da política e a aplicação de correções aos erros e deficiências na gestão
do governo, porque o fascismo conseguiu ganhar setores da juventude e das camadas
médias.
Nem concessões nem impunidade
A direita fascista, a oligarquia e o imperialismo farão tudo para reverter o processo
popular, democrático e bolivariano em curso na Venezuela, incluindo a sua cínica
participação nas chamadas Conferências de Paz e Mesas de Diálogos.
Figuera observou que os mesmos que durante 40 anos de domínio do capital ao
serviço do imperialismo, que foi apresentado como forma de "democracia
representativa", nos tempos do "Pacto de Punto Fijo"2, são os que hoje atuam como
porta-vozes dos partidos ao serviço das oligarquias e do imperialismo, pretendendo
apresentar-se como a expressão superior e mais avançada do exercício da democracia
na Venezuela.
É por isso que o PCV exortou o povo venezuelano a auscultar retrospetivamente a
memória coletiva, a história do nosso povo, para ficar claro que aqueles que hoje se
apresentam como ovelhas mansas foram os predadores do povo venezuelano e dos
recursos da nação venezuelana.
Da mesma forma, o Partido do Galo Vermelho colocou a importância de avaliar o que
se está a passar nestas etapas de diálogo e na construção da paz; como estão a
decorrer; que dificuldades se apresentam e que omissões existem, que podem serlhes
prejudiciais, até mesmo ao esforço desenvolvido.
2 O Pacto de Punto Fijo foi um acordo político, firmado em 31 de outubro de 1958 (alguns meses
antes das eleições de dezembro do mesmo ano), entre os então três grandes partidos venezuelanos –
a Ação Democrática (AD), a União Republicana Democrática (URD) e o Comité de Organização
Política Eleitoral Independente (COPEI) – alegadamente para assegurar estabilidade do país, após a
derrota de Marcos Pérez Jiménez. – [NT]
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