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Epdemia causada pelo covid

Por:   •  30/3/2021  •  Bibliografia  •  924 Palavras (4 Páginas)  •  124 Visualizações

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A pandemia causada pela COVID-19 tem aumentado o número de casos de depressão e ansiedade de modo tal que preocupa diversos especialistas. A psicologia é uma das áreas da saúde que se interliga diretamente aos assuntos do escopo mental, atuando tanto no diagnóstico quanto nas medidas interventivas. Considerando os fundamentos históricos e conceituais da psicologia quanto aos seus primórdios, seus princípios, suas normas, regras, intervenções psicoterapêuticas e os pressupostos teóricos do funcionamento da mente humana; podemos pontuar uma diversidade de temas e assuntos que colaboram para o estabelecimento do estado de adoecimento mental dos indivíduos. A literatura psicanalítica (FREUD, 1973) relaciona o adoecer mental com a angustia. As interações humanas conflituosas, a insegurança, a solidão, a economia desestabilizada, o desemprego, o medo, a perda de um ente querido, a culpa e o ódio são elementos que isolados podem constituir suficientemente o favorecimento da angustia e por consequência o padecer mental. No entanto, todos esses elementos podem coexistir nos fenômenos sociais como a Peste Negra em meados do século XIV, a Grande depressão de 1929 e a pandemia da COVID-19 vivenciada no presente momento.

Segundo dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (2015 apud OPAS, 2017) entre 2005 e 2015, foram registrados um aumento de mais de 18% do número de pessoas com depressão. Em 2000, as perturbações mentais e neurológicas foram responsáveis por 12% do total de pessoas diagnosticadas incapazes ao trabalho (OMS, 2002). Esse mesmo relatório afirmou nesse mesmo ano que 450 milhões de pessoas vivas sofreram de perturbações mentais ou neurológicas, e que a depressão é atualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo. A doença que a cada ano atinge maior número de adultos, também afeta as crianças. Segundo Santini (2014) a taxa do suicídio para adolescentes aumentou mais do que 200% na última década. A autora informa que os estudos recentes mostram que mais de 20% dos adolescentes na população geral tenha problemas emocionais e um terço dos adolescentes que procuram clínicas psiquiátricas sofrem de depressão. Observe-se que esses dados se referem a períodos de normalidade do cotidiano no qual está isento de um quadro pandêmico.

Segundo a psicóloga Marina Franco (2020)

Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio (UERJ) mostrou que os casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram e os de depressão tiveram um crescimento de 90% durante a pandemia. Com esses dados, vemos que os transtornos mentais estão aumentando e que, mesmo após a pandemia, os números devem continuar crescendo.

Para Yuaval Arari (2018) a depressão está para virar uma pandemia e se tornar problema econômico mundial, pois as pessoas deprimidas tendem a pararem de produzir. Para esse autor, em breve a depressão dependerá de novas politicas públicas e a felicidade será enfrentada como desafio politico econômico.

Segundo Giovanna Girardi et al (2020), a ONU emitiu um alerta, dizendo que como consequência da pandemia a situação pode desencadear uma grande crise de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

O Conselho Federal de Psicologia (2018) desde 2018, aprovou o uso da tecnologia e seus aparatos como instrumentos de aproximação e mediação psicoterapêutica, o que naturalmente contribui para os processos interventivos psicológicos que atendem os pré-requisitos de afastamento e isolamento social estabelecidos como medidas preventivas contra o novo cenário mundial provocado pela COVID-19.

A atuação dos profissionais da saúde mental, seja para fins de prognósticos, prevenção, levantamento de dados ou intervenções psicoterapêuticas, na atual conjuntura pandêmica, se restringe nas medidas estabelecidas mundialmente como meio de controle do vírus. Nesse víeis, as várias tecnologias se tornaram o único meio de atuação viável e permitida. Tais medidas podem ser desdobradas por meio de aplicativos, séries, plataformas de atendimentos, jogos online, central de atendimento telefônica, redes sociais exclusivas para interação psicoterapêutica ou mesmo startups que possam favorecer campanhas e ampliar a acessibilidade a informações e instruções que possam primeiramente atuar no processo sócio educativo

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