Estudo de Caso
Por: elizgurgel • 27/9/2018 • Resenha • 920 Palavras (4 Páginas) • 172 Visualizações
Faculdade Pitágoras São Luis
Curso de Psicologia - 5º Período Noturno
Estudo de caso - Grupo 2
Elisson Cardoso
Geysa Costa
Isabella Barros
Jéssica Alhadeff
Karina
Rachel Christine
Talita Gouveia
Caso 3
Dados pessoais:
Nome: Miss Lucy R.
Idade: 30 anos
Nacionalidade: Inglesa
Trabalho: Vivia como governanta na casa do diretor-gerente de uma fábrica nos arredores de Viena e cuidava de duas crianças órfãs de mãe.
Sintomas:
- Cárie do osso etmóide.
- Perda de sentido de olfato.
- Perseguida por uma ou duas sensações olfativas subjetivas que lhe eram muito aflitivas.
- Desânimo e fatiga, peso sobre a cabeça, perda de apetite e queda na eficiência laboral.
- Depressão.
- Sintomas histéricos: analgesia geral, o interior de seu nariz era inteiramente analgésico e sem reflexo, sensibilidade a pressão e tato no local.
- Alucinações recorrentes.
- Rinite Supurativa.
- Representação intencionalmente recalcada da consciência.
- Cheiro de fumaça de charuto.
Tratamento:
O ponto de partida da análise foi o cheiro do pudim queimado que Miss Lucy R relatava sentir. O que deveria ter sido uma única sessão estendeu-se por várias. As tentativas de hipnose em Miss Lucy R. não produziram sonambulismo, ela simplesmente ficava deitada, quieta num estado acessível a um discreto grau de influencia com os olhos fechados o tempo todo, as feições um pouco rígidas e sem mexer nem as mãos nem os pés. Foi pedido então que Miss Lucy se concentrasse e sob a pressão da mão do terapeuta obteve-se resultado onde as suas lembranças foram emergindo. Podemos ver as mesmas surgindo na seguinte parte: Entretanto, não hesitei em dedicar-me à tarefa de eliminar esse novo símbolo mnêmico através da análise. Mas dessa vez ela não sabia de onde provinha a sensação objetiva “Todos os dias as pessoas fumam em nossa casa,” disse “e realmente não sei se o cheiro que sinto se refere a alguma ocasião especial.” Insisti então em que ela tentasse recordar sob a pressão de minha mão. Suas lembranças possuíam a qualidade de uma nitidez plástica, que ela era um tipo “visual”. E de fato por insistência minha um quadro surgiu gradativamente diante dela, a princípio de maneira hesitante e fragmentada.
Observações:
Observações no relato do caso:
- 1° contato de Freud com o hipnotismo. Em 1889 Freud visita as clinicas de Nancy e escuta o Dr. Liébeault, o doyen (decano) do hipnotismo. Visita também a clinica de Bernheim e afirma que lá chegava quase a parecer que essa arte realmente existia e que era possível aprendê-la com Bernheim. Porém ao começar a praticá-la percebeu que seus poderes estavam sujeitos a limitações.
“Mas logo que tentei praticá-la com meus próprios pacientes, descobri que pelo menos meus poderes estavam sujeitos a graves limitações e que, quando o sonambulismo não era provocado num paciente nas três primeiras tentativas, eu não tinha nenhum meio de induzi-lo.” (pág. 135, 136)
- Freud se viu defrontado com a opção de abandonar o método catártico na maioria dos casos que lhe seriam apropriados. Logo depois, ele abandona a prática de fazer testes para indicar o grau de hipnose alcançado, visto que num bom número de casos isso provocava a resistência dos pacientes e abalava a confiança nele, da qual ele necessitava para executar o trabalho psíquico mais importante. (pág. 136)
- Método da “concentração”.
“Quando, portanto, minha primeira tentativa não me conduzia nem ao sonambulismo nem a um grau de hipnose que acarretasse modificações físicas marcantes, eu abandonava de modo ostensivo a hipnose e pedia apenas “concentração”; e ordenava ao paciente que se deitasse e deliberadamente fechasse os olhos como meio de alcançar essa “concentração”.” (pág. 136)
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