Evolucao cientifica
Por: paulodalaga123 • 8/4/2015 • Projeto de pesquisa • 481 Palavras (2 Páginas) • 196 Visualizações
NEUTRALIDADE EM QUESTÃO
Guattari e Roenik: Não entendemos o sujeito e o objeto da pesquisa como essenciais fixas e estruturadas, mas sim que a conscientização do sujeito se produza como efeito de construções sociais (relações com o mundo e com suas apreensões da experiência de existir). Produção de subjetividade nada mais é que a produção de modos de relação consigo mesmo e com o mundo (produção da forma de pensar, agir).
O sujeito não existe como essência, mas sim como processos (desejar, sentir, escolher, experimentar) ... Cada sujeito possui sua singularidade ainda que de forma comum a outros pelas produções culturais e sociais das quais faz parte.
Castrup: esse campo de subjetividade é indispensável a existência do sujeito, ele se produz permanentemente.
Castrup e Barros: (os fenômenos de produção da subjetividade possui como característica o movimento, a transformação, a processualidade).
Dessa forma não há neutralidade do pesquisador, já que somente há escolhas feitas por ele com relação ao objeto de estudo e o método de pesquisa.
Quando o pesquisador recebe uma encomenda de estudos, os meios que ele aposta, como as produções, estão associadas a seus afetos, tensões, desejos.
O pesquisador - campo se constitui em relação em processos de invenção de si mesmo e do mundo.
Apostamos que a fusão pesquisador-campo não remete a falhas ou a um problema a ser resolvido, ao contrário essa fusão pode ser transformada em potência.
O pesquisador precisa coloca em analise suas aversões com o processo de pesquisa.
Bacca, Pey e Sá (2004): Os pesquisadores não são neutros mas sim sujeitos mergulhados no mundo atravessados por sua história e seu presente, e envolvidos (ou não) com os efeitos de sua produção de conhecimento no mundo.
ERRO E ERRÂNCIA COMO EFEITOS
Os dispositivos produzem efeitos que vão além de previsões, mesmo sendo uma estratégia, aqui e ali, novas formas e forças se engendram, efeitos esperados e inesperados passam a se relacionar com a estratégia do dispositivo, e através de associações e contradições, exigem sua reconfiguração.
Apostando em dispositivos como potência para fazer ver e falar forças que operam na invisibilidade do campo de pesquisa, concluímos que trabalhar a imprevisibilidade do acontecimento é um ponto interessante para dar continuidade à nossa questão.
A ciência moderna considerou erro como aquilo que deveria ser corrigido, superado, excluído, uma vez que o conhecimento se dá a partir de categorias previamente estabelecidas.
O erro é visto como positividade, como sinônimo de errância.
Na errância a inventividade constitui a produção de normas temporárias, instáveis e locais. Erro e errância são aqui analisados como efeitos do ato pesquisar devido à aposta de sua potência na produção de devir-nomadismo-invenção (Moraes, 2003)
O erro entendido como errância está em conexão com uma pratica hibrida, que ultrapassa limites por todos os lados.
Como define Deleuze em Diferença e Repetição, a errância sugere potência de pensamento, do ser,’’ por ser sem cerca nem medida..., ultrapassa limites, indo até o extremo daquilo que pode, seja qual for o grau.’’
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