FICHAMENTO DO LIVRO CONDOMINIO DO DIABO
Por: Lucas Coelho • 5/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.842 Palavras (8 Páginas) • 1.019 Visualizações
AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
FRANCISCO ALVES RAMOS
CONDOMÍNIO DO DIABO
Fichamento apresentado no curso de Psicologia, 3º período, da Faculdade AGES como um dos pré-requisitos para a obtenção de nota parcial na disciplina de Psicologia Comunitária, sob a orientação da Profª Suzana Almeida.
Paripiranga
Março de 2015
ZALUAR, Alba. Condomínio do diabo. Rio de Janeiro: Revan, 1994.
1. CREDENCIAIS DA AUTORA:
De acordo com pesquisa a autora é filha caçula de Achilles Emílio Zaluar e Biancolina Pinheiro Zaluar, Alba nasceu no Rio de Janeiro, onde estudou até completar a graduação em Ciências Sociais na Faculdade Nacional de Filosofia. Na FNFi a miltância política de seus estudantes fez fama, e neste período, Alba pertenceu ao Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes. Com o Golpe Militar de 1964 veio um período de perseguição política, marcado na FNFi pela instauração de um Inquérito Policial Militar. Com isto, Alba deixa o país em 1965 e vive no exterior até 1971, a maior parte do tempo na Inglaterra, onde estudou Antropologia e Sociologia Urbana. Ao retornar, dedicou-se participativamente à cultura popular, especialmente às escolas de samba e ao carnaval do Rio. Desta interação resultaram duas teses: a de mestrado no Museu Nacional e a de doutorado na Universidade de São Paulo. A primeira abordou as festas de santo no catolicismo popular - “Os Homens de Deus.” E a segunda versou sobre as organizações recreativas e políticas dos trabalhadores pobres da cidade do Rio de Janeiro - “A Máquina e a Revolta.” Atualmente, Alba é professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas e professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde coordena o Núcleo de Pesquisas das Violências (NUPEVI), localizado no Instituto de Medicina Social.
2. RESUMO DA OBRA:
Uma obra de tema altamente social, político e econômico traz para o debate o espaço urbano e suas mazelas sociais. Com riqueza de detalhes a autora trata sobre o espaço da cidade, segurança e participação popular, mediante ao crescimento e reestruturação urbana em que diversas cidades encontram-se atualmente. A obra faz diversas críticas alertando sobre a necessidade de políticas públicas mais eficazes e eficientes para diminuir a desigualdade social e as suas diferenças no atendimento aos serviços públicos.
3. CITAÇÕES DA OBRA:
Capítulo de 1
“Quando lemos diariamente estampadas nas manchetes dos jornais às consequências funestas e trágicas das batidas policiais, não é demais repisar o já dito sobre os aspectos sociais do aumento da criminalidade. Existem claros indícios de que o desemprego realmente aumentou nos últimos anos” (p.7-8).
“Mas o desemprego não se faz sentir na mesma intensidade em todas as faixas de idade nem para todas as categorias de trabalhadores. Ele é particularmente grave para os trabalhadores mais jovens e menos qualificados, isto é, parte substancial da população economicamente ativa” (p.8).
Neste primeiro capítulo a autora aborda sobre a criminalidade e as possíveis causas dessa questão social. Muitos acreditam que a violência deve ser atacada, em suas raízes, entendidas como sendo a miséria, a pobreza, a má distribuição de renda e o desemprego, e que investir em policiamento e repressão ao crime só serviria para gerar mais violência.
Capítulos de 2
“Ser bandido é pertencer a esta categoria de pessoas que carregam um estigma e uma indiscutível fonte de poder: a arma de fogo” (p.15).
A classe social a que pertencemos, o local onde moramos, o jornal que lemos, o programa a que assistimos, o local onde a imagem que estes nos dão de nossa classe social e do local onde moramos, constituem e compõe o modo como vivenciamos e pensamos essa violência. Foi exatamente este aspecto da questão que mais me chamou a atenção à medida em que procurava entrar num bairro que não é habilitado por pessoas de minha condição social e que, provavelmente por isso mesmo, é considerado um antro de banditismo (p.13).
Compreende que existem alguns fatores que acabaram gerando desemprego e muitas vítimas de uma sociedade corrupta e de poucas políticas públicas que atendam as suas necessidades. O que se viu foi um enorme índice de população sem condições de vida.
Capítulos de 3
“Mas o desinteresse em dirigir-se aos que podem tomar medidas as públicas na solução do problema não significa passividade em seu local de moradia” (p.39).
“Não se trata de simplificar a questão afirmando que a fome cria o criminoso ou mesmo que exista uma correlação entre pobreza e criminalidade [...]” (p.39)
Relata o fato do desemprego, que atualmente vem sendo umas das “justificativas” de entrar no mundo do crime.
Capítulo de 4
“Se nunca liderou movimentos sociais contra a ordem constituída nem mobilizou a vigilância permanente, violenta e cruel contra seus supostos agentes, nem por isso o diabo esteve totalmente ausente.” (p.43)
“Os bandidos assumidos, que carregam arma na cintura e vivem do rendoso comercio de drogas (há muitos consumidores ricos), cuidam-se. [...]” (p.45)
Aborda a guerra policias x bandidos, presenciadas pela população pobre, que vivem em favelas, onde corpos crivados de balas são deixados expostos em calçadas.
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