FISIOLOGIA SENSORIAL: A fisiologia e a psicologia da dor
Por: sofiaburni • 22/11/2018 • Trabalho acadêmico • 4.317 Palavras (18 Páginas) • 374 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Faculdade de Psicologia – FAPSI
Giovanna Lima de Guimarães Vargas
Júlia de Melo Primo
Sofia Burni Pereira Gomes
FISIOLOGIA SENSORIAL:
a fisiologia e a psicologia da dor
Belo Horizonte
2018
Giovanna Lima de Guimarães Vargas
Júlia de Melo Primo
Sofia Burni Pereira Gomes
FISIOLOGIA SENSORIAL:
a fisiologia e a psicologia da dor
Trabalho apresentado à disciplina Neurofisiologia, da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Orientador: Prof. Raul de Barros Neto
Belo Horizonte
2018
SUMÁRIO:
- INTRODUÇÃO........................................................................................4
- FISIOLOGIA DA DOR.............................................................................5
- Conceito............................................................................................5
- Classificação das dores...................................................................5
- Dores Crônicas.................................................................................7
- A Emoção e a Dor.............................................................................8
- PSICOLOGIA DA DOR...........................................................................9
- Aspectos cognitivo-comportamentais...........................................9
- Dor e ansiedade...............................................................................10
- Dor e depressão...............................................................................10
- Dor e estresse..................................................................................11
- Dor psicogenética............................................................................12
- Dor e cultura.....................................................................................13
- TRATAMENTO.........................................................................................14
- CONCLUSÃO...........................................................................................15
REFERÊNCIAS..............................................................................................16
- INTRODUÇÃO
O estudo de qualquer tipo de percepção sensorial no homem nos conduz imediatamente ao problema da subjetividade, aos estímulos sensoriais procedentes do meio ambiente e às respectivas reações dos nossos órgãos dos sentidos correspondem às informações do indivíduo relativas às suas sensações e percepções. Um ambiente carecido de estímulos sensoriais leva à instabilidade emocional e à doença psíquica (privação sensorial). Segundo o filósofo, historiador, ensaísta e diplomata escocês David Hume, “o homem nada mais é senão a soma das suas experiências”. Os sentidos fazem parte da nossa existência subjetiva e inclusive algumas escolas filosóficas chegaram a declarar que só existe o indivíduo e que o “ambiente” nada mais é senão um produto do seu espírito. A psicologia se insere diante de tal contexto pelo fato das ciências naturais ainda não serem capazes de resolucionar o “problema psicofísico”, portando ao lado dessa tarefa fundamental da fisiologia geral dos sentidos em introduzir os problemas das percepções sensoriais subjetivas, a psicologia agrega discussões sobre tal subjetividade, abordando a mente como principal objeto de estudo e assim analisando diversos distúrbios que tal apresenta e relaciona.
Este trabalho irá discutir, descrever e abordar questões relacionadas a fisiologia sensorial, mais especificamente o fenômeno da dor, tanto em aspectos fisiológicos quanto psicológicos. Há uma íntima correlação entre a fisiologia humana e a psicologia, nos permitindo assim tratar assuntos em ambas perspectivas e de maneira conjunta. Inicialmente serão descritos os aspectos fisiológicos da dor como a própria conceituação de tal, a caracterização dos diversos tipos, as dores crônicas e então fazendo uma ponte introdutória entre a emoção e a dor, para posteriormente apresentarmos as várias analogias e relações entre a psicologia e alguns elementos da dor. Em seguida serão estudados, considerando a psicologia da dor, os aspectos cognitivos-comportamentais, as associações entre dor e alguns construtos psicológicos, por exemplo, a ansiedade, a depressão e o estresse, além de abordar a dor psicogenética e os fatores culturais que podem influenciar algumas noções da dor. As discussões propostas ao longo do trabalho serão analisadas na conclusão do mesmo, expondo também algumas formas de tratamento da dor.
- FISIOLOGIA DA DOR
- Conceito
A dor nos anuncia sobre os perigos que ameaçam o nosso organismo, ela é propiciada pelos estímulos que se associam a lesão dos tecidos, ou seja, os agentes nocivos. Diante disso, a dor é imprescindível para a vida normal, visto que ela nos defende contra as lesões permanentes. Além de que tal ação do agente nocivo, considerando o ponto de vista médico, é de extrema importância, pois tal leva o paciente ao médico. A dor é uma experiência generalizada e cotidiana, que apesar de ser percebida subjetivamente, a descrição verbal de mesma é apta de conceder ao médico relevantes dados para a identificação do processo patológico em causa. A dor é conceituada como uma “experiência sensorial e emocional desagradável que está associada ou é descrita em termos de lesões teciduais”, segundo os neurologistas. É complexa e pode ser alterada por aspectos sociais, culturais, etários, raciais, mentais e sexuais dos indivíduos. Em 1979, a Associação Internacional para o estudo da dor (Iaasp) determinou a dor como
“(...) uma experiência desagradável, sensitiva e emocional, associada com lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos dessa lesão”.
- Classificação das dores
A dor pode decorrer da estimulação das vias nociceptivas periféricas ou da hipofunção do sistema supressor da dor, que é classificada como dor central ou por desaferentação ou na simultaneidade de ambos os mecanismos. Além disso, a dor pode ser um integrante de doenças mentais. Os receptores nervosos sensíveis aos estímulos produzidos por agentes nocivos são os nociceptores. A dor por nocicepção, dessa forma,
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