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Psicologia - Fisiologia

Por:   •  21/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.368 Palavras (10 Páginas)  •  614 Visualizações

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Introdução

O estudo do comportamento é importante para a humanidade desde os seus primórdios. Mas foi somente na segunda década do século XX que ele ganhou força na área da psicologia com a necessidade de manter o status de ciência pura. Desde então, vários foram os estudos, experimentos e teorias a respeito do comportamento, desde o comportamento animal até o comportamento humano e como um influenciava o que sabíamos do outro. O movimento, que ficou conhecido como Behaviorismo, ganhou força a partir dos estudos de Edward Thorndike (1874-1949), Ivan Pavlov (1849-1936), John Watson (1878-1958) e B. F. Skinner (1904-1990), que com seus estudos revolucionaram o campo do estudo do comportamento.

Com Skinner, a ciência do comportamento ganhou grande destaque. Ele construiu a caixa de condicionamento operante, ou Caixa de Skinner, onde podia realizar experimentos com animais em um ambiente controlado, estudando assim todas as variáveis possíveis, trazendo grandes avanços e contribuições para a área da Psicologia.

Atualmente, com as novas leis de ética, a Caixa de Skinner ganhou uma versão virtual, o programa Sniff, amplamente utilizadas por alunos do curso de Psicologia para estudar a análise do comportamento.

No experimento aqui relatado, essa versão virtual da Caixa de Skinner é a base de todo o trabalho. Através dela, pudemos analisar e comprovar várias das teorias comportamentais. Reproduzimos esquemas de modelagem, de reforço contínuo e extinção, complementando o conteúdo teórico visto em sala.

Para melhor compreensão do assunto, serão discutidos brevemente alguns termos e conceitos que são amplamente utilizados ao longo do trabalho.

Um termo bastante conhecido na área comportamental é o chamado reforço. O reforço é um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de determinado comportamento voltar ou não a acontecer. Um exemplo simples de entender é quando uma criança “faz birra” para conseguir determinado objeto. Se ela “faz birra” e seus pais atendem, eles estão reforçando o comportamento de “fazer birra” da criança, então, na próxima vez que ela quiser algo, as chances dela “fazer birra” são maiores.

O conceito de nível operante diz respeito à forma como o sujeito age sobre o ambiente antes de ter qualquer manipulação sobre seu comportamento.

Outro termo que é amplamente utilizado na ciência comportamental é o termo modelagem. Ele diz respeito aos passos, ou comportamentos que devemos selecionar e reforçar para chegar a um comportamento final desejado. Por exemplo, se o comportamento desejado é ensinar um cão a pular, podemos ir modelando seus comportamentos reforçando ações como levantar a cabeça, se apoiar apenas nas duas patas traseiras, e finalmente pular.

O termo extinção também necessita de uma breve explicação. Quando suspendemos o reforço de um determinado comportamento, podemos observar que o mesmo diminui ate voltar ao seu nível operante.

Um último conceito que também vale apena mencionar é o de reforço continuo (CRF). Quando um novo comportamento é aprendido pelo esquema de modelagem, ele precisa ser fortalecido, ou reforçado continuamente para que ele seja consolidado. No CRF, toda vez que o comportamento desejado for realizado, ele será reforçado para fortalecer o comportamento, fazendo com que ele ocorra mais vezes.

 São inúmeros os trabalhos e pesquisas feitos sobre a análise do comportamento. Um estudo parecido é o de Edward Thorndike e sua caixa-problema. Seu experimento consistia em colocar um gato faminto em uma caixa feita de madeira, e deixava a comida do lado de fora. O gato tinha então que puxar uma corda ou alavanca para conseguir escapar da caixa e receber o premio. No início, o gato apresentava comportamentos aleatórios, como limpar-se, farejar, arranhar, até executar o comportamento correto. No início, o comportamento ocorria sem querer. Mas nas tentativas seguintes, os comportamentos aleatórios se mostravam menos frequentes, até que a aprendizagem fosse completa e o gato passava a mostrar o comportamento correto logo quando colocado na caixa.

Esse experimento assemelha-se bastante ao realizado na Caixa de Skinner, tanto nos métodos quanto nas respostas obtidas.

Apesar dos inúmeros trabalhos e pesquisas feitos, ainda há muitas questões que não foram resolvidas. Uma delas é o fato de que a maioria dos experimentos para análise do comportamento, principalmente os realizados em laboratório, são feitos com animais e seus resultados são empregados nos estudos de pessoas. Obviamente, as leis da ética não permitem esses estudos que envolvem privação (seja de água, alimento, ou de qualquer outro aspecto) ou punições (como choques, por exemplo) sejam realizados com humanos, e atualmente, nem em animais esses estudos são permitidos, levando os pesquisadores ou estudantes do tema a recorrerem a alternativas, como o programa virtual no caso.

Outro problema que vale a pena ser mencionado é a pequena quantidade de pesquisas e estudos realizados sobre o comportamento que chegam a maior parte da população. A falta de divulgação dessas pesquisas em meios de comunicação mais conhecidos e acessíveis faz com que eles causem pouco impacto.

O objetivo deste trabalho foi compreender os aspectos do comportamento a partir do programa virtual Sniff; entender os processos de aprendizagem e extinção de um comportamento; e por último, analisar os dados obtidos, comparando-os com os resultados de experimentos diferentes, e aplica-los ao nosso acervo de conhecimento para uso acadêmico e, posteriormente, profissional.


Metodologia

Sujeito

        Foi utilizado no experimento um rato virtual (programa Sniff), sem experiência prévia com o experimento em questão, e inicialmente, privado de alimento.

Ambiente, materiais e instrumentos

        O experimento foi realizado no laboratório de informática da instituição, juntamente com outros alunos da disciplina. O espaço continha mesas, cadeiras, uma lousa, e computadores com o programa Sniff rato virtual instalado. Durante o experimento, a sala apresentava uma média de 30 alunos, todos em duplas dividindo um computador. O experimento com o rato virtual foi realizado em uma caixa operante, e a cada etapa concluída, o desempenho era salvo em um pen drive. Também foram utilizadas folhas de registro para cada uma das etapas, assim como caneta e relógio para cronometrar o tempo.

Procedimento

        Primeiramente, foi feito um registro do nível operante do rato virtual, discriminando quantas vezes ele apresentou determinado comportamento como levantar, farejar, tocar a barra, pressionar a barra e limpar-se, durante um período de 20 minutos. Após coletar esses dados, fizemos a somatória dos comportamentos apresentados e anotamos na ficha de registro, e iniciamos o procedimento de treino ao comedouro, que começou quando liberamos uma bola de alimento para o rato que estava em privação de alimento. Quando ele comeu o alimento, o procedimento foi repetido inúmeras vezes até que ele associasse o som do dispositivo que liberava alimento com a presença do mesmo. Para ter certeza se o procedimento estava sendo feito corretamente, contamos com o auxílio de um gráfico disponibilizado pelo próprio programa que acompanhava o processo de aprendizagem do rato.

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