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Fichamento do Livro "Nunca lhe prometi um jardim de rosas".

Por:   •  12/2/2019  •  Resenha  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  409 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 

Curso de Psicologia 

Livro: Nunca lhe Prometi um Jardim de Rosas

Aluna: Vanessa dos Santos Porto RA: C10651-8 Turma: PS8Q17

1. Quem é a personagem Deborah?

Deborah é uma garota de 16 anos, de origem judia, que foi levada pelos pais, Esther e Jacob, para um hospital psiquiátrico, que por fugir da realidade gradativamente foi diagnosticada com esquizofrenia. O mundo externo é representado por sua família, na qual ela não se sente efetivamente como parte integrante, sentindo impossibilidade de participar da mesma devido aos conflitos decorrentes dos relacionamentos que foram estabelecidos com base em preconceitos arcaicos, tanto com a família (por exemplo, seu avô que não gostava de mulheres quanto com os amigos da escola e dos acompanhamentos que frequentava (que a hostilizavam por ser judia). Já em seu mundo interno no qual ela se refugia, povoado por seres místicos, cósmicos e extraordinários, ela vivencia a possibilidade de se opor à realidade de seu mundo externo que para ela é custosa para se viver.

2. Oque você e Deborah tem em comum?

Algumas vezes, assim como a Deborah, me questiono em relação aos motivos pelos quais sinto algo incomodando dentro de mim. Por vezes sou tomada pela angustia, por não saber lidar com estes sentimentos, sensações, medos, vazios, perdas, mas consigo seguir em frente e quase sempre sou capaz de supera-las. A diferença é que nós sem alguma patologia conseguimos nos libertar desta aparente “loucura”, fato que não ocorre com as pessoas que tem esquizofrenia. Elas lutam, sofrem, compreendem ou não, melhoram, mas estão constantemente frágeis ao retorno dos sintomas. E nisso se percebem diferentes dos outros.

3. Em sua leitura, você fez relação entre a estória e a Disciplina Psicopatologia?

Este tipo de conduta de internação em locais psiquiátricos, era uma pratica constante até bem pouco tempo, resistindo e sendo gradativamente desfeita na década de 80. Antes, tudo ou quase tudo era caso de esquizofrenia. O Autismo, a depressão, os problemas cognitivos sem fatores determinados, isso tudo e muito mais, eram tidos como esquizofrenia e pessoas que hoje são vistas como de múltiplas inteligências (que seria o caso de Deborah, uma pessoa muito imaginativa.) eram reprimidos, suprimidos e, de verdade enlouquecidos nestes locais. O livro tem me auxiliado na compreensão do que vem antes e se sobrepõe à doença, o ser humano. O contato com a realidade na RT 2 de Votorantim, me possibilitou uma aprendizagem muito rica e com o auxílio do livro consegui descontruir por completo a imagem tradicional relacionada à loucura, percebi que não existe muito distanciamento entre o “normal” e o patológico. Me dei conta de que se faz necessário um envolvimento profundo com o ser humano em sofrimento, considerando como ser biopsicossocial, ou seja, levando em conta tanto o biológico quanto sua história de vida e contexto social.

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